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sábado, 5 de abril de 2014

RELIGIÃO - BÍBLIA - ESTUDOS - FRAUDE

FRAUDE
Jarlos Josis Ramos Junior
Podemos conceituar o termo de duas maneiras distintas: objetiva e subjetivamente.

De maneira objetiva, trata-se de um subterfúgio para alcançar um fim ilícito; ou ainda, engano dolosamente provocado; o malicioso induzimento ao erro ou aproveitamento de pré-existente erro alheio, para o fim de obter-se qualquer tipo de vantagem.

Já, definindo subjetivamente, fraude pode ser considerado como a obtenção ou uso de um produto/serviço de telecomunicações com a pré-disposição de não realizar o pagamento integral do produto/serviço utilizado ou ainda gerar cobrança indevida a terceiros.

Considerando as várias formas de suas definições, percebemos o caráter 'dolo' em todas elas. A fraude decorre da vontade individual. É necessário o querer realizar, o querer fraudar, o querer levar vantagem, o querer enganar.

Em outras palavras, e de forma bem resumida, podemos concluir que fraude significa deturpar, enganar, agir ilicitamente, falsidade. 

Ora, você pode estar questionando, “mas, por que eu deveria saber dessas coisas?”

Eu diria à você que mais importante e valoroso não é somente deixar de ser uma pessoa ‘fraudulenta’, mas sim, deixar de ser uma pessoa ‘falsa’, deixar de ser uma ‘fraude’ em si mesma. 

Eu sou uma Fraude = Eu sou uma mentira

Uma das coisas que mais Jesus atacou é a hipocrisia. 

Tem-se por hipócrita a pessoa que por si mesma, é uma fraude, uma farsa, uma mentira.

Percebam que, como dito anteriormente, ser uma fraude em si mesmo é viver uma vida de engano e mentira, criando assim oposição à santidade, sem a qual, ninguém verá a Deus.

Agora, com todas essas definições conhecidas e assimiladas, podemos ter uma melhor compreensão do que as Escrituras dizem a respeito.

Vejamos o que está escrito em Zacarias 8:16-17
“Eis as coisas que deveis fazer: Falai a verdade cada um com o seu próximo, executai juízo nas vossas portas, segundo a verdade, em favor da paz; nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ame o juramento falso, PORQUE A TODAS ESTAS COISAS, eu aborreço, diz o Senhor.” 

Percebam quão sério e quão importantes são nossas atitudes e pensamentos aos olhos do Senhor. Está explicito no texto a impossibilidade da aceitação por parte de Deus de quaisquer atitudes hipócritas e mentirosas para com seu próximo. 

Em Salmos 40:4 a Bíblia nos orienta a não reverenciarmos ao mentiroso!

O Apóstolo Paulo é enfático na Carta aos Efésios, quando diz: “Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com seu próximo, ...” Ef 4:25. Temos aqui uma exortação à santidade. Se você vive uma vida de santidade, então, certamente você é verdadeiro para com seu próximo.

Existiu um homem, que ousou buscar de Deus um julgamento acerca de sua integridade. Este homem foi Jó. No livro de Jó, capítulo 31, versículos 5 e 6, Jó diz ao Senhor: “Se andei com falsidade, e se o meu pé se apressou para o engano, pese-me Deus em balanças fiéis e conhecerás a minha integridade.” Sinceramente, diante de tamanha confiança que Jó tinha da aprovação do Senhor frente às suas atitudes, eu começo a me questionar: “Tenho sido verdadeiro perante Deus? Tenho refletido à santidade do Senhor às pessoas à minha volta de forma íntegra? Ou minhas atitudes refletem tão somente uma fraude, uma máscara, um estilo hipócrita e medíocre que faz com que meus olhos diante do espelho reflitam um sentimento de vergonha e de temor (...)”

Em Salmos 32:2, lemos:Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade e em cujo coração não há dolo.” Poderíamos resumir, sem perder o contexto, da seguinte forma: ‘Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui atitudes hipócritas, mentirosas e fraudulentas’. Percebam a palavra ‘dolo’ no versículo. A mesma advém da vontade e não da culpa. A pessoa a quem o Senhor atribui iniquidade teve a intenção, o desejo e a vontade de ser iníquo.

“Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, EMPENHAI-VOS por serdes achados por ele em paz, SEM MÁCULA e IRREPREENSÍVEIS...” 2 Pedro 3:14 

Paulo, novamente aos Efésios, exorta dizendo: “Isso, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza. Mas não foi assim que aprendestes a Cristo, se é que de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus, no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.” Efésios 4:17-18.

Para que haja entendimento e um melhor aproveitamento do texto lido, prossigamos em analisar o seguinte: o apóstolo Pedro foi questionado por Jesus três vezes com a mesma pergunta: “Pedro, tu me amas?”Jo 21:15-17 – No livro de João, capítulo 14, versículo 21, lemos: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; (...)”. Paulo, aos Efésios, lança um questionamento duro: “Mas não foi assim que aprendestes a Cristo, se é que de fato, o tendes ouvido...” “Temos, de fato, ouvido a Jesus?” – Ora, se amamos a Jesus e se realmente vivemos aquilo que dizemos ser, então, de fato não ficamos constrangidos perante o espelho, à sós, no final de um dia inteiro de ações e manifestações e expressões no convívio com os que diante de nós se apresentam. Mas, se a fraude se instaurou em nosso ser, a ponto de nos adjetivar como mentirosos em nosso estilo de vida, só existirá uma única possibilidade para este caso: não estamos amando a Jesus com nossas ações. E isso precisa ficar claro, latente em nosso coração. Se estamos sendo falsos a ponto de enganarmos a nós mesmos, o caso é grave!

Em Hebreus 10:19-25, lemos assim: “Tendo, pois, irmãos, “intrepidez” para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura. Guardemos firmes a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregarmos, como é costume de alguns, antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.” 

O que chama a atenção neste texto é que para se chegar à presença de Deus, é preciso uma vida de sinceridade, transparência, e acima de tudo, uma vida de santidade. Estar na presença de Deus é privilégio somente dos santos! “... aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura.” Podemos, nisso, fazer outro questionamento: “Temos realmente tido essa ‘intrepidez’ de entrar no Santo dos Santos?” “Assim como Jó, podemos pedir a Deus para que julgue nossa integridade?”

Lembrem-se, somente com santidade é possível ter acesso à presença de Deus!

“Segue a paz com todos, e a SANTIFICAÇÃO, sem a qual ninguém verá o Senhor.” Hb 12:14

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