SAÚDE - O mito da Hipertensão
Texto de Katherine Czapp
Uma crítica ao livro:
The High Blood Pressure Hoax de Sherry A. Rogers, MD (Sand Key Company, 2005)
A primeira coisa que precisa ser dita sobre o livro “The High Blood
Pressure Hoax” (O mito da hipertensão) é que a autora não considera a
pressão alta propriamente dita não como algo que possa ser
desconsiderado, mas sim um sintoma muito concreto e sério de deficiência
orgânica vascular que pode estar associado com inúmeras enfermidades
como a diabete, a doença cardíaca ou a doença de Alzheimer. Como um
marcador de que algo está em desequilíbrio no corpo, a pressão alta não
pode ser ignorada, A dra. Rogers enfatiza, na verdade endossa, a
recente redefinição de “pressão sangüínea normal” para a medição de
120/70, associado à nova designação sintomática de “pré-hipertensão”,
também conhecida como a medida normal há bem tempo, a leitura de 140/90.
No aspecto de elevar o ponto de alarme associado às leituras da pressão
arterial, a Dra. Rogers inicialmente faz companhia a vários pensadores
médicos de ambas, a escola tradicional e das perspectivas alternativas. O
dr. William Campbell Douglass, por exemplo, fornece bons argumentos
para deixar a hipertensão moderada em paz, observando que na ausência de
outros sintomas, a hipertensão sem tratamento pode ser pouco
preocupante, enquanto que o tratamento com as classes conhecidas de
medicações antihipertensivos, inevitavelmente, resulta em sérios efeitos
colaterais prejudiciais, que tendem a piorar o tratamento a longo
prazo. Mesmo com o controle medicamentoso, praticamente a metade dos
pacientes hipertensos não obtém adequada estabilização da pressão, além
de se sentirem, de algum modo, um pouco piores usando tais drogas.
O Dr. Tom Cowan, em seu livro “The Fourfold Path to Healing” (O Caminho
Quádruplo para a Cura), esboça uma abordagem para normalizar a pressão
sangüínea através da dieta, de suplementos, atividade e meditação. Seu
entendimento das leituras da pressão sangüínea é semelhante ao Dr.
William Campbell Douglass, onde ambos recordam que era ensinado na
escola médica que a pressão sangüínea normal era um cálculo que somava a
idade da pessoa mais 100 por 90; uma doutrina que seria considerada
irresponsável na prática moderna. Porém, manter-se tranqüilo sobre
estes números pode ser um camimho na direção da redução da hipertensão
em um paciente, ou ao leitor, uma vez, é claro, que o ímpacto real
imediato do remanejo da pressão sangüínea “normal” é a criação de mais
consumidores para as companhias farmacêuticas.
Mas não entenda mal: a Dra. Rogers está completamente ciente de que as
companhias farmacêuticas são “frios vendedores” de suas mercadorias e
não são de confiança para com a saúde e ao bem-estar dos pacientes.
Adicionalmente, ela não entende ser a hipertensão uma doença por si só, e
repudia a tendência médica atual para tratar isto como tal e medicar
agressivamente essa condição sem a compreensão do significado de sua
presença em relação à saúde global de um indivíduo ao lutar contra isto.
Ela descreve os mecanismos de cada uma das classes mais importantes das
drogas antihipertensivas e seus efeitos prejudiciais no organismo,
normalmente piorando em muito a condição que eles teriam sido projetados
em beneficiar, e por outro lado, colocando o indivíduo num maior risco
maior de doenças cardiovasculares e outras mais. Estas drogas fazem com
que “o doente fique mais doente e mais rápido”, ela repetidamente
adverte.
A dra. Rogers tem mais de 35 anos de experiência como uma prática de
medicina ambiental, e enxerga a saúde humana na perspectiva de uma
nutrição precária associada aos incontáveis tóxicos presentes em nossa
água, comida e ar. Uma vez que ela considera a maioria de americanos
estarem sob risco, por serem mal nutridos e intoxicados – de forma
alguma uma perspectiva inverossímel – esses aspectos podem ser a razão
para sua aceitação de uma pressão sangüínea “normal” mais baixa em
pessoas mais jovens do que septuagenários. (A dra. Rogers entende que a
vertigem, a fraqueza e a mente “envoada” freqüentemente é resultado de
uma redução excesiva da pressão arterial para pessoas com mais de 70
anos.) Em outras palavras, é mais prudente agir no primeiro sinal de
desarmonia no corpo uma vez que coisas piores podem estar vindo em
“passo acelerado.” Mas por favor, dra. Rogers enfatiza, não creia que
você só têm os remédios como uma solução.
O tamanho do “Mito da pressão alta” é uma compilação de estratégias que
Sherry Rogers sente que pode fornecer respostas reais para aqueles que
estão buscando normalizar sua pressão sangüínea naturalmente. Alguns de
seus pontos são muito básicos, mas não esquece de certas prospecções,
como os exames dos níveis de potássio e de magnésio nas células
vermelhas do sangue (hemáceas). Deficiências destes dois minerais –
comuns ente os americanos – podem originar hipertensão em certas
pessoas, e uma vez que entre os medicamentos se incluem diuréticos
(freqüentemente a primeira classe de drogas antihipertensivas a ser
prescrita) que efetivamente levam estes minerais a serem perdidos na
urina, o que promove mais elevação da pressão sangüínea e a inevitável
prescrição de mais drogas. Dra. Rogers conduz o leitor para o tipo exato
de exame de sangue que o médico deve solicitar para revelar
precisamente os níveis minerais, adverte o que evitar, e finalmente
recomenda fontes respeitáveis de suplementação. Cada um dos capítulos é
acompanhado por uma seção de referência de estudos colaboradores, como
também para laboratórios e recursos que auxiliam os leitores a ajudarem a
si mesmos.
Dra. Rogers explica resumidamente os vários mecanismos de controle da
pressão arterial normal e as muitas condições que podem surgir no corpo
para confundir o processo de auto-regulação, além das recomendações que
corrigem tal condição, normalmente através de suplementos com
nutrientes.
Dra. Rogers recomenda energicamente uma “mudança de óleo” como uma
primeira linha de defesa, orientando o leitor para evitar gorduras
trans, como também as gorduras hidrogenadas, os óleos poliiunsaturados e
as gorduras fraudulentas como a Olestra (produto derivado de glicidios,
utilizado para produção de algumas frituras embaladas como batatas
fritas). Ela recomenda a gordura de coco e o óleo de fígado de bacalhau
como lipídeos reparadores, explicando que as membranas celulares devem
ser constiruídas por gorduras saudáveis para a adequada
inter-comunicação prosseguir no nível celulares. Os óleos vegetais
tóxicos trans e rançosos, danificam as células que armazenam o cálcio e
os canais de potássio e podem conduzir à hipertensão como resultado. O
óleo de fígado de bacalhau pode consertar este dano, junto com uma
abstinência completa de qualquer lipídeo prejudicial. A dra. Rogers
observa adicionalmente que como alguma elevação da pressão pode ser o
resultado de uma “silenciosa” infecção viral ou bacteriana dos vasos
sangüíneo, a gordura de coco, com seu alto teor de monolaurina, que
desarma membranas de células infectantes, é a resposta mais segura para
tais infecções.
Outra advertência importante da Dra. Rogers no que diz respeito à
hábitos alimentares é a conexão entre os níveis de insulina e a
hipertensão, assim como o consumo de açúcar e derivados de farinhas
refinadas, a quem ela chama de “serial killers”. A maior parte dos
biscoitos, cereais matinais frios e outros produtos à base de
carboidratos refinados também contêm gorduras danificadoras (entenda-se
gordura vegetal hidrogenada, ou simplesmente gordura vegetal, NT), logo,
evitá-los é por óbvio duplamente recompensador. Large as comidas
mumificadas, desvitalizadas, Dra. Rogers exorta, e os substituam por
alimentos integrais, e recentemente vivos. No livro da Dra. Rogers, isto
significa comer muitos legumes crus, inclusive cogumelos crus e
crucíferas (couve-flor e brócolis) alimentos de digestão árdua, além de
nozes, que Dra. Rogers recomenda que você deixe de molho durante a noite
junto com, digamos, aveia, e ingira no café da manhã com iogurte e
fruta. Se você achou isto difícil para o estômago, você é orientado a
curar seu intestino e então tentar novamente. Claro que nem todo mundo
vai achar que essas “sementes para passarinho comer” são atraentes ou
digestíveis, e não necessariamente por causa de algum problema
gastrintestinal. A dra. Rogers não complica no cuidado da elaboração de
nozes e sementes ou em quaisquer outras comidas que exigem algum tempo
para preparação adequada de forma que elas sejam melhores assimiladas.
Ela freqüentemente sugere aos leitores os seus livros antigos, onde
estas orientações talvez possam ser encontradas. Embora ela recomende
alimentos densamente nutrientes como ovos, queijo, kefir, e peixe e
galinha caipira, ela não chega a mencionar manteiga, miúdos, carnes ou
caldos de osso como alimentos curativos e restauradores, ou como fonte
dos muitos nutrientes que fazem falta aos americanos. Ela só faz apenas
uma referência à gordura saturada, dizendo que não é pior que as
gorduras trans, o que não chega a ser um elogio. Isto é uma lástima, uma
vez que ela implica as quedas de taxas hormonais, da vitamina D e as
deficiências de Coenzima Q10, além da deficiência da tiróide entre as
causas ou pioras da hipertensão – todas condições que podem ser
melhoradas pelo emprego das Tradições Nutricionais, uma abordagem de
dieta e cura. (O que inclui os alimentos que ela não citou. NT)
Dra. Rogers dedica bastante sua discussão para as causas da hipertensão
que são relacionadas aos efeitos tóxicos ambientais. Estes incluem o
envenenamento da água, metais pesados, ftalatos e plásticos, a
contaminação pelo flúor da comida e da água, agrotóxicos e muitos
outros. O amplo protocolo para desintoxicar inclui qualquer coisa como a
sauna infra-vermelha, a quelação* oral e os enemas intestinais, o que
pode ser o aspecto mais pertutador de suas opções terapêuticas. A
terapia de quelação corre o risco de causar depleção em excesso de
minerias além de estresse orgânico, e os outros métodos de
desintoxicação exigem técnicos treinados e monitoração cuidadosa. É
difícil negar o fato de que o excesso de toxinas são destruidores da
saúde, e que os procedimentos como a quelação pode ser indicada para
alguns casos desesperados, o que podem ser encorajado a alguns leitores
desse livro. Fornecer informações sobre estratégias dietéticas
protetoras teriam sido úteis também, mas a dra. Rogers confina seus
conselhos principalmente aos suplementos. Ela cita que os ftalatos (ou
plastificantes) compõe o fardo tóxico mais oneroso ao organismo, e uma
rota metabólica chamada glicuronidação seria o meio primário do corpo de
eliminá-los. Dra. Rogeres aponta que as crucíferas como repolho,
brocolis e couve-flor contribuem com nutrientes necessários para
auxiliar essa rota funiconar. Outro remédio não mencionado pela dra.
Rogers seria o uso regular do chá de cogumelo (kombucha), que pesquisas
recentes demonstraram inibir o desarranjo enzimático do ácido
glucurônico conjugado (moléculas de escolta de resíduos) e assim
acelerar a remoção de resíduos e de toxinas do corpo aumentando a
habilidade desintoxicante do fígado. Uma ênfase em outros alimentos –
como a manteiga – que dá suporte e proteção à função do fígado teria
sido útil assinalar nessa questão também.
A poderosa influência da psique e das emoções na saúde física e portanto
na hipertensão é exposta pela dra. Rogers, mas sua abordagem pessoal
para saúde mental e espiritual, que envolve uma dedicação religiosa
muito particular dentro do seu entendimento, não é para todo mundo, de
modo que pode fornecer um auxilio bastante restrito a melhor das
hipóteses. Isto é compreensível, naturalmente, uma vez que na área da
mente e da alma, cada pessoa deve criar seu próprio caminho e lutar à
sua própria maneira com “os milhares choques naturais que das quais a
carne é herdeira.”
“A circulação é realmente o campo biológico onde a alma vive sua vida,”
escreve Dr. Cowan no The Fourfold Path to Healing, (obra já citada) e
essa sumária declaração deve provocar muita reflexão sobre as lutas da
mente refletindo no corpo.
Em 250 páginas concisas, “O mito da hipetensão” reune uma enorme
quantidade de informações e recursos, que poderão ser bem recebidos
pelos leitores já acostumados com a responsabilidade de assumir
plenamente sua saúde, mas que pode facilmente subjugar um leitor menos
preparado. Esse não seria um livro indicado para alguém já não bastante
“desapegado” da medicina convencional, por exemplo. Uma dificuldade da
apresentação das informações no livro é a sensação que se tem de que a
dra. Rogers estava ditando o conteúdo enquanto ela estava correndo para
pegar um táxi para o aeroporto. Não obstante, O Mito da Hipertensão
fornece muitas sugestões úteis em torno das múltiplas abordagens sem
medicação para normalizar condições cardiovasculares e outras condições
de saúde relacionadas, e dessa forma, deve receber uma nota bem
positiva. Ao escrever este livro a dra. Rogers claramente quiz
re-colocar o poder e o conhecimento da cura nas mãos, no coração, no
íntimo do individuo comum, e nós devemos ser muito gratos com suas
contribuições em direção a esse nobre propósito!
Nota: (*) Quelação – Consiste num protocolo de administração de
agentes queladores, produtos capazes de se agregarem a minerais tóxicos e
excretá-los do organismo através das fezes e urina.
Sobre o Revisor:
Katherine Czapp cresceu em uma fazenda auto-suficiente, polivalente,
famíliar, de três gerações, na zona rural de Michigan. Depois de
estudar o idioma e a literatura russa na Universidade de Michigan, ela
sentiu-se deleitda em descobrir as habilidades e experiências de sua
educação anacrônica como ferramentas úteis no século 21. Ela trabalha
independentemente como uma jardineira orgânica, sendo membra editora da
WAPF(Fundação Weston A. Price). Ela e ela marido, Garrick, vivem uma
“slow life”(vida devagar) em Ann Arbor, Michigan.
http://www.ivandeliosanctus.com.br/o-mito-da-hipertensao/
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