Translate

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

GNOSE - A Lei do Pêndulo

Fragmentos Gnósticos - A Lei do Pêndulo


É interessante ter um relógio de parede em casa, não só para saber as horas, mas, também para refletir um pouco. 

Sem o pêndulo o relógio não funciona. O movimento do pêndulo é profundamente significativo. 

Nos tempos antigos, o dogma da evolução não existia então os sábios entendiam que os processos históricos se desenvolvem sempre de acordo com a Lei do Pêndulo. 
Tudo flui e reflui, sobe e desce, cresce e decresce, vai e vem de acordo com esta lei maravilhosa. 

Nada tem de estranho que tudo oscile que tudo esteja submetido ao vai e vem do tempo, que tudo evolucione e involucione. 
Num extremo do pêndulo está a alegria e no outro a dor. Todas as nossas emoções, pensamentos, anelos, desejos oscilam com a Lei do Pêndulo. 

Esperança e desespero; pessimismo e otimismo; paixão e dor; triunfo e fracasso; lucro e perda correspondem certamente aos dois extremos do movimento pendular. 
Surgiu o Egito com todo seu poderio e senhorio às margens do rio sagrado mas, quando o pêndulo foi para o outro lado, quando se levantou pelo extremo oposto, caiu o país dos faraós e se levantou Jerusalém, a cidade querida dos profetas. 
Quando o pêndulo mudou de posição caiu Israel e surgiu, no outro extremo, o Império Romano. 

O movimento pendular levanta e derruba impérios; faz surgir poderosas civilizações e logo às destrói, etc. 
Podemos colocar no extremo direito do pêndulo as diversas escolas pseudo-esotéricas e pseudo-ocultistas, religiões e seitas. 

Podemos colocar no extremo esquerdo do movimento pendular todas as escolas materialistas, marxistas, ateístas, cépticas, etc. Antíteses de o movimento pendular, mutantes, sujeitas à permutação incessante. 

O fanático religioso, devido a qualquer acontecimento insólito ou decepção, pode ir ao outro extremo do pêndulo, converter-se em ateu, materialista, cético. 

O fanático materialista ateu, devido a qualquer fato inusitado, talvez um acontecimento metafísico transcendental ou um momento de terror indizível, pode ser levado ao extremo oposto do movimento pendular e converter-se num reacionário religioso insuportável. 

Exemplos: um sacerdote, vencido numa polêmica por um esoterista, desesperado, tornou-se incrédulo e materialista. 
Conhecemos o caso de uma senhora ateísta e incrédula que, devido a um fato metafísico concludente e definitivo, converteu-se numa expoente magnífica do esoterismo prático. 

Em nome da verdade, devemos declarar que o ateísta materialista verdadeiro e absoluto é uma farsa, não existe. 
Ante a proximidade de uma morte inevitável, em um instante de terror indizível, os inimigos do Eterno, os materialistas e incrédulos passam instantaneamente ao outro extremo do pêndulo e acabam orando, chorando e clamando com fé infinita e enorme devoção. 

O mesmo Karl Marx, autor do Materialismo Dialético, foi um fanático religioso judeu e, depois de sua morte, renderam-lhe honras fúnebres de grande rabino. 
Karl Marx elaborou sua Dialética Materialista com um só propósito: "criar uma arma para destruir todas as religiões do mundo por meio do ceticismo." 

É um caso típico dos ciúmes religiosos levados ao extremo. De modo algum Marx poderia aceitar a existência de outras religiões e preferiu destruí-las mediante sua Dialética. 

Karl Marx cumpriu com um dos protocolos de Sion que diz textualmente
"Não importa que enchamos o mundo de materialismo e de repugnante ateísmo; no dia em que triunfarmos, ensinaremos a religião de Moisés, devidamente codificada e em forma dialética, e não permitiremos nenhuma outra religião no mundo." 

É muito interessante que na antiga União Soviética as religiões eram (ou ainda são) perseguidas e ao povo se ensine dialética materialista, enquanto nas sinagogas se estuda o Talmud, a Bíblia e a religião, e trabalham livremente, sem problema algum. 

Os amos do governo russo são fanáticos religiosos da lei de Moisés; mas eles envenenam o povo com essa farsa do Materialismo Dialético. 

Jamais nos pronunciaríamos contra o povo de Israel; só estamos nos declarando contra certa elite de jogo duplo que, perseguindo fins inconfessáveis, envenena o povo com a Dialética Materialista enquanto pratica, em segredo, a religião de Moisés. 
Materialismo e espiritualismo, com toda sua seqüela de teorias, dogmas e preconceitos de toda espécie, processam-se na mente de acordo com a Lei do Pêndulo e mudam de moda de acordo com os tempos e os costumes. ]

Espírito e matéria são dois conceitos muito discutíveis e espinhosos, que ninguém entende. 

A mente nada sabe sobre o espírito, nada sabe sobre a matéria. 
Um conceito não é mais que isso: um conceito. A realidade não é um conceito, ainda que a mente possa forjar muitos conceitos sobre a realidade. 

O espírito é espírito (o Ser) e só a si mesmo pode conhecer. Escrito está: "O Ser é o Ser e a razão de ser do Ser é o mesmo Ser." 

Os fanáticos do deus matéria, os cientistas do Materialismo Dialético são cem por cento empíricos e absurdos. Falam sobre matéria com uma auto-suficiência deslumbrante e estúpida, quando realmente nada sabem sobre a mesma. 
Que é matéria?

Qual destes tontos cientistas o sabe? 
A tão cacarejada matéria é também um conceito demasiado discutível e bastante espinhoso. 

Qual é a matéria? O algodão? O ferro? A carne? O amido? Uma pedra? O cobre? Uma nuvem ou o que? Dizer que tudo isto é matéria seria tão empírico e absurdo como assegurar que todo o organismo humano é um fígado, um coração ou um rim. Obviamente, uma coisa é uma coisa e outra coisa‚ outra coisa; cada órgão é diferente e cada substância é distinta. Então, qual de todas estas substâncias é a tão cacarejada matéria? 

Muita gente joga com os conceitos do pêndulo; porém, em realidade, os conceitos não são a realidade. 

A mente só conhece formas ilusórias da natureza, porém nada sabe sobre a verdade contida em tais formas. 
As teorias passam de moda com o tempo e com os anos e o que aprendemos na escola depois já não serve.
Conclusão: ninguém sabe nada. 

Os conceitos da extrema direita ou da extrema esquerda do pêndulo passam como a moda das mulheres; todos esses são processos da mente; coisas que sucedem na superfície do entendimento; tolices, vaidades do intelecto.

A qualquer disciplina psicológica opõe-se outra disciplina; a qualquer processo psicológico logicamente estruturado opõe-se outro semelhante, e depois de tudo, o que resta? 

O que nos interessa é o Real, a Verdade; mas isto não é questão do pêndulo, não se encontra entre o vai e vem das teorias e crenças. 
A Verdade é o desconhecido de instante a instante, de momento a momento. 
A Verdade está no centro do pêndulo, não na extrema direita, nem tampouco na extrema esquerda. 

Quando perguntaram a Jesus:

"Que é a Verdade?"

Guardou profundo silêncio.

E, quando ao Buda fizeram a mesma pergunta, deu as costas e se retirou. 
A Verdade não é questão de opiniões, nem de teorias, nem sequer de preconceitos de extrema direita ou de extrema esquerda. 

O conceito que a mente possa forjar sobre verdade, jamais é a Verdade. 
A idéia que o entendimento tenha sobre a verdade, nunca é a Verdade. 
A opinião que tenhamos sobre a verdade, por muito respeitável que seja de modo algum é a Verdade. 

Nem as correntes espiritualistas, nem suas oponentes materialistas, podem jamais conduzir-nos à Verdade. 

A Verdade é algo que deve ser experimentado em forma direta, como quando colocamos o dedo no fogo e nos queimamos, ou como quando engolimos água e nos afogamos. 

O centro do pêndulo está dentro de nós mesmos e é ali onde devemos descobrir e experimentar, em forma direta, o Real, a Verdade. 

Nem as correntes espiritualistas, nem suas oponentes materialistas, podem jamais conduzir-nos à Verdade. 
A Verdade é algo que deve ser experimentado em forma direta, como quando colocamos o dedo no fogo e nos queimamos, ou como quando engolimos água e nos afogamos. 

O centro do pêndulo está dentro de nós mesmos e é ali onde devemos descobrir e experimentar, em forma direta, o Real, a Verdade. 
Necessitamos auto-explorar-nos diretamente para auto-descobir-nos e conhecermos profundamente a nós mesmos. 

A experiência da verdade só advém quando eliminamos os elementos indesejáveis que em seu conjunto constituem o mim mesmo. 
Só eliminando o erro, advém a verdade. Só desintegrando o eu mesmo, meus erros, meus preconceitos e temores, minhas paixões e desejos, crenças e fornicações, encastelamentos intelectuais e auto-suficiências de toda espécie, advém a nós a experiência do real. 

A verdade nada tem a ver com o que se tenha dito ou deixado de dizer; com o que se tenha escrito ou deixado de escrever; ela somente advém a nós quando o mim mesmo morreu. 

A mente não pode buscar a verdade, porque não a conhece.
A mente não pode reconhecer a verdade, porque jamais a conheceu.
A verdade advém a nós de forma espontânea, quando eliminamos todos os elementos indesejáveis que constituem o mim mesmo, o eu mesmo. 

Enquanto a Consciência continue engarrafada entre o eu mesmo, não poderá experimentar isso que é o Real, isso que não é do tempo, isso que está mais além do corpo, dos afetos e da mente, isso que é a Verdade. 
Quando o mim mesmo fica reduzido a poeira cósmica, a Consciência se libera para despertar definitivamente e experimentar, de forma direta, a Verdade. 
Com justa razão disse o Grande Kabir Jesus: "Conhecei a Verdade e ela vos fará livres." 

De que serve ao homem conhecer cinqüenta mil teorias se jamais experimentou a Verdade? 

O sistema intelectual de qualquer homem é muito respeitável, mas a qualquer sistema se opõe outro e nem um, nem outro é a verdade. 

Mais vale auto-explorar-nos para autoconhecer-nos e chegar a experimentar, um dia, em forma direta, o Real, a Verdade. 


A Grande Rebelião - Samael Aun Weor.



Nenhum comentário:

Postar um comentário