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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

MEDICINA ANTIGA - Ventosas nas nádegas e outras curas ancestrais

Ventosas nas nádegas e outras curas ancestrais

Atualizado em  23 de janeiro, 2014 - 09:53 (Brasília) 11:53 GMT
O tratamento acima foi citado pela primeira vez em um documento médico chamado "Exercitationes practicae", publicado em 1694. A caricatura mostra a "ventosaterapia", um tratamento ancestral por meio do qual vasos quentes são colocados sobre a pele. Aqueles que recorriam – e recorrem - a este tratamento asseguram que a prática combate uma grande variedade de males, de problemas musculares a celulites. Em 2004, a atriz americana Gwyneth Paltrow apareceu em um evento com as costas com sinais da terapia. (Crédito: Wellcome Library)

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Nesta gravura de Robert Cruikshank, publicada en 1832, um paciente com cólera experimenta uma variedade de remédios inúteis. George, tal qual seu irmão Robert, foi ilustrador e cartunista. Naquele ano, houve uma pandemia de cólera em Londres que matou mais de 50 mil pessoas na Grã-Bretanha. A crença popular era de que a doença surgiu pelo “mau ar”. Quase duas décadas depois, o especialista de saúde pública John Snow comprovou que a água contaminada era a causa da enfermidade. (Crédito: Wellcome Library)
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A gravura acima, de James Gillray, publicada em 1799, retrata um homem obeso com gota e consumindo álcool junto com dois amigos. Na ilustração, o homem está mergulhando suas pernas em um ponche, junto a uma mulher que sofre de cálculo renal e outro homem com tosse. A probabilidade de que esse tratamento ajudasse a melhorar a condição dos doentes é mínima. (Crédito: Wellcome Library)
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Atualizado em  23 de janeiro, 2014 - 09:53 (Brasília) 11:53 GMT
A imagem de George Cruikshank (1826) retrata uma consulta com um frenologista. Mais tarde, o especialista foi identificado como sendo J De Ville, que mantinha um consultoria em Londres nessa época. A frenologia era uma pseudociência estranha, mas popular, que se baseava nas medidas do cérebro do paciente. (Crédito: Wellcome Library)

Atualizado em  23 de janeiro, 2014 - 09:53 (Brasília) 11:53 GMT
A gota é conhecida como uma das doenças mais dolorosas. Nesta ilustração de HW Bunbury (1785), o diabo está ocupado com o pé de um oficial aposentado da Marinha. Mas o seu nariz vermelho e o vinho à mesa sugerem que a causa de seu mal é menos prosaica. (Crédito: Wellcome Library)


Atualizado em  23 de janeiro, 2014 - 09:53 (Brasília) 11:53 GMT
A imagem acima retrata um homem a ponto de espirrar após inalar tabaco. O título que acompanha a gravura é "Uma pitada de cefálico", dando a entender que o tabaco funcionara como um estimulante para o cérebro. (Crédito: Wellcome Library)

Atualizado em  23 de janeiro, 2014 - 09:53 (Brasília) 11:53 GMT
A mulher nesta gravura de George Cruikshank (1819) sofre de cálculo e sua dor é ilustrada por demônios esticando uma corda ao redor de seu estômago. O sistema de saúde pública do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês) descreve a doença como uma "dor repentina e severa que normalmente dura de uma a cinco horas". Hoje em dia, os pacientes podem recorrer a analgésicos, ou mesmo cirurgia para retirar as pedras. (Crédito: Wellcome Library)

Atualizado em  23 de janeiro, 2014 - 09:53 (Brasília) 11:53 GMT
A imagem acima mostra uma forte dor de cabeça e foi publicada em 1835. (Crédito: Wellcome Library)


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Publicada em 1802, a maravilhosa caricatura acima retrata o médico Edward Jenner no hospital de St Pancras, em Londres. A imagem estampa o medo e o ceticismo inicial de muitos sobre a perspectiva de serem inoculados com varíola bovina para proteger-se de uma doença muito mais séria, a varíola. O termo "vacina" deriva do latim 'vacca' (vaca). (Crédito: Wellcome Library)


Recentemente, a Wellcome Library, a maior biblioteca da história médica do mundo, sediada em Londres, colocou à disposição do público mais de 100 mil imagens, desde manuscritos ancentrais a trabalhos de artistas como Goya (1746-1828) e Van Gogh (1853-1890).
Na imensa coletânea, destaca-se uma extensa seleção de gravações satíricas que ilustra a precariedade do serviço sanitário nos finais do século 18 e nos princípios do 19.
O diretor da Wellcome Simon Chaplin afirmou que a coleção "equivale a um registro visual de séculos da cultura humana e nossa intenção de entender o corpo, a mente e a saúde por meio da arte e da observação."
Confira na nossa galeria parte desse importante acervo visual.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2014/01/140122_galeria_caricaturas_medicina_lgb.shtml

MEDICINA - NEUROCIÊNCIA - SEXUALIDADE - Livro polêmico afirma que homossexualidade pode ser definida na gravidez

Livro polêmico afirma que homossexualidade pode ser definida na gravidez

Atualizado em  22 de janeiro, 2014 - 09:32 (Brasília) 11:32 GMT

Neurologista diz que fumar na gravidez pode aumentar chances de filho se tornar homossexual

Um livro recém-lançado por um neurologista sugere que o estresse na gravidez elevaria as chances de uma criança nascer gay.
Segundo o holandês Dick Frans Swaab, autor de We are our Brains(Spiegel & Grau, 448 páginas) ("Nós somos os nossos cérebros", em tradução livre), a homossexualidade estaria ligada a uma mudança na composição hormonal e na formação do cérebro.
Nesse sentido, o neurologista acredita que fumar ou ingerir drogas na gravidez pode influenciar na formação da sexualidade do feto.
"Mulheres grávidas que sofram de estresse tem maior chance de darem a luz a bebês homossexuais, porque os níveis elevados do hormônio de estresse cortisol afeta a produção de hormônios sexuais fetais", escreve Swaab.
A abordagem de Swaab, professor emérito de neurobiologia da Universidade de Amsterdã, parte do pressuposto de que a sexualidade é determinada no útero e não pode ser alterada, contrariando uma visão partilhada por outros especialistas de que a orientação sexual é uma escolha individual.
"Embora seja frequente ouvirmos que o desenvolvimento após o nascimento também afete a orientação sexual, não há absolutamente nenhuma prova científica disso", vaticina Swaab.
Para exemplificar sua tese, Swaab cita o caso de uma droga prescrita a 2 milhões de mulheres para evitar abortos nas décadas de 40 e 50 que, segundo ele, aumentou as chances de bissexualidade e homossexualidade nos recém-nascidos.
"A exposição à nicotina e à anfetamina durante a gravidez eleva as chances de a mãe gerar uma filha lésbica", afirma o holandês.
O neurocientista também acredita que as chances de que um bebê se torne homossexual são maiores quando a mãe já gerou filhos homens antes.
"Isso se deve à resposta imunológica da mãe às substâncias masculinas produzidas por bebês do sexo masculino no útero. Essa reação se torna cada vez mais forte durante cada gravidez", acrescenta Swaab.
Controvérsia
Filhos de pais gays não teriam necessariamente maior propensão à homossexualidade
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Há mais de cinco décadas pesquisando a anatomia e a fisiologia do cérebro, o holandês, que coleciona diversos prêmios em seu currículo, é um crítico voraz do chamado "livre-arbítrio" humano e muitas de suas teses têm causado polêmica.
O neurologista acredita que o cérebro é pré-programado durante a gravidez, influenciando as decisões de um indivíduo durante toda a sua vida, desde suas experiências emocionais às suas preferências religiosas.
A sua primeira investida no campo da orientação sexual ocorreu na década de 80 e, desde então, Swaab vem provocando reações acaloradas de grupos de defesa dos direitos gays, que afirmam que suas descobertas enquadram a homossexualidade como um "problema médico".
O neurologista holandês, entretanto, discorda das críticas e afirma que sua tese desconstrói o argumento de entidades ultra-conservadoras que acreditam na chamada "cura gay".
Além disso, como afirma que a homossexualidade é definida durante a gravidez, Swaab descarta a hipótese de que filhos de pais homossexuais tenham maior chance de se tornarem gays.
"Crianças que cresçam em famílias de pais gays ou lésbicas não têm mais chances de ser homossexuais. Não há qualquer evidência de que a homossexualidade seja um escolha de vida", afirma.
A tese de Swaab, entretanto, não é inédita. No 21º Encontro da Sociedade Europeia de Neurologia, realizado em 2011, o professor Jerome Goldstein, do Centro de Investigação Clínica de São Francisco, nos Estados Unidos, apresentou dados baseados em tomografias computadorizadas que mostraram a diferença dos cérebros entre homossexuais e heterossexuais.


Novo livro de Dick Swaab afirma que sexualidade é determinada no útero
Segundo Goldstein, "a orientação sexual não é uma opção, ela é essencialmente neurobiológica ao nascimento".
Cérebro
Mas essa não é a única polêmica do livro de Swaab. Na obra, o neurologista também afirma que o comportamento "irritante" dos adolescentes seria uma evolução natural para evitar o incesto e que partos difíceis seriam, na prática, resultantes da predisposição, nos recém-nascidos, a transtornos mentais como esquizofrenia, autismo ou anorexia.
Além disso, o holandês também defende outras teses, como a de que pessoas inteligentes costumam ser ateias, de que crianças bilíngues tem menos chance de desenvolver Alzheimer ou de que uma desilusão amorosa tem a mesma reação no cérebro do que a abstinência de um viciado.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/01/140121_estresse_gravidez_homossexualidade_lgb.shtml