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sábado, 5 de abril de 2014

BÍBLIA - RELIGIÃO - Sobre a religião de Paulo





As duas matérias abaixo expõem bem a práxis da Igreja Católica: alia-se aos poderosos e controla as massas, doutrinado-a “espiritualmente”. Não é à toa que que a marcha que decretou o fim da democracia brasileira, a longa noite de 21 anos, chamamos-se marcha por DEUS e pela família. A ação deplorável e vergonhosa da Igreja em Honduras não é diferente daquela da Venezuela, do que foi a nossa, salvo honrosas e corajosas exceções.

Mas o problema não é só com a Igreja Católica, cuja posição anti-humana contra o aborto, pesquisa genética, casamento entre homossexuais, pílula anticoncepcional, sexo fora do casamento, suas posições contra a ciência, contra o prazer é bem conhecido. Tudo isso é sabido: a Igreja Católica se opõe a tudo que é novo, moderno e bonito,  são conhecidos  também  seu machismo, seu apoio descarado aos poderosos, aos opressores, aos exploradores, seu histórico cruel, sangrento e vergonhoso.

Mas a Igreja Católica não é uma excrescência do cristianismo, mas apenas seu exemplo mais bem acabado. Os evangélicos e sua “teologia da prosperidade” a roubar dízimos e ofertas da grande massa de incautos, os ortodoxos e suas ligações umbilicais com os estados em que predominam, os protestantes e sua hipocrisia (que o digam a Igreja Africâncer e os cristãos estadunidenses), tudo isso também é CRISTIANISMO.

Mas será mesmo? Cristo realmente quereria realmente essas coisas  para lhe suceder e levar seu nome e sua mensagem? Tendo fortemente a crer que não. O Cristianismo é uma doença de Paulo de Tarso, o inimigo da humanidade. Sim, a religião deveria se chamar paulinismo, em homenagem ao mais desprezível ser humano que já habitou por sobre o planeta.

Veja o que os padres e pastores leem nas missas: 10% dos Evangelhos, mas 70% das malfadadas  “cartas” da besta humana. Nessas cartas, Paulo de Tarso cria uma religião e seus pilares: o ódio ao conhecimento, à beleza, ao prazer, a nobreza, a honra, a independência e a inteligência. Ele é contra as mulheres, contra os inteligentes, os nobres, os fortes, os HUMANOS.

Só o Cristo que ele inventou e o Deus que ele matou deveriam ser adorados. O mistério da Cruz…

Que mistério?

Ele morreu na cruz.

Grande coisa: em um só dia, na Sardenha, crucificaram 70 mil dos seguidores de Spártaco. Jesus sofreu e morreu por nós. Mas acaso, as maiorias dos 40 milhões de russos que morreram na Segunda Grande Guerra também, não morreram?

Estivessem eles vivos e Hitler teria vencido. Quantos não morreram por causas muito mais nobres do que…
Por que Jesus morreu?

Por que os romanos o condenaram? 

Por que ele  se levantou contra o poder do Império e por que os judeus o acusaram. Como ele não era uma grande ameaça, o mais provável que tenham sido as intrigas do clero judaico que acabaram por conduzi-lo à morte.

Aí, vem Paulo de Tarso e diz: “Ele morreu por amor aos homens“. Que seja verdade. Se ele morreu por amor aos homens, quem deu a Paulo o direito de cobrar isso?

Quem deu a Igreja o direito de cobrar por este amor?

Se for amor cobrado, é prostituição, salvo engano.

Se ele morreu por amor, louvada seja a Sua memória. Mas amor não se compra não se vende não se cobra.
E é por não entender isso, que a Igreja que Paulo erigiu depois dele vem sendo um monumento ao ódio pela humanidade.

No fundo, Paulo de Tarso, que tanta inveja tinha dos homens, e tanto desprezo e ódio nutria por eles, não suportou que um homem os pudesse amar. E, sobretudo, morrer por isso. O Cristianismo, neste sentido, foi a vingança de Paulo pelo amor que Jesus tinha pela humanidade.

P.S.: Há seitas cristãs que tem um pensamento semelhante sobre o Maldito, só que em uma visão religiosa, como aqui.

RELIGIÃO - PAGANISMO - INFLUÊNCIAS NOS DIAS DE HOJE


QUEM É ESSA MULHER?






Semiramis, homenageada nas cédulas de todas as notas de reais e na moeda de 1 real, eles acreditam que desta forma "nós" estamos adorando a sua deusa pagã, pois todos "nós" seguramos e de certa forma "lutamos" diariamente por este dinheiro.
Para quem naum conhece, ela foi a deusa babilonica, mãe e esposa de ninrode, ninrode que matou o seu pai cuxe (este era filho de cam que era filho de Noé, o construtor da arca) para se casar com sua mãe, semiramis (ashtaroth na lingua babilonica)..

 ninrode e semiramis tiveram um filho, cujo nome era tamuz (baal). Ninrode foi morto pelo seu tio SEM (avô do profeta Abraão).




observe que a cédula é nova, mas a homenagem a semiramis continuou
Semiramis atribuiu a morte de seu filho e marido como "a salvação da humanidade", pois ela ainda estava com seu filho tamuz no ventre e quando este nasceu ela declarou que era a "reencarnação" de ninrode.



Tamuz foi morto enquanto caçava e sua mãe semiramis (ashtaroth) juntamente com todas as mulheres que serviam a sua religião choraram e jejuaram por 40 dias, no final dos quais, como diz a lenda babilonica, tamuz foi declarado deus sol e juntamente com sua mãe semiramis (asthtaroth) e passaram a ser adorados com o titulo de "deus sol" e "rainha dos céus" ou 
"deusa mãe"



Ninrod foi adorado como um verdadeiro messias Tamuz foi adorado como baal (deus sol) Semiramis adorada como rainha dos céus Ninrod foi a primeira tentativa de satanás de formar um ditador mundial, foi o primeiro tipo deanti-cristo



Fundou um reino em oposição ao REINO DE DEUS e chefiou a construção da torre de babel  Neste reino criado por ele originou todo o sistema anti-DEUS e onde teve origens todas as falsas religiões do mundo Apocalipse 17:5  de acordo com o dominio das cidades daquela época, o culto a estes falsos deuses foram se espalhando (mudando apenas de nome) até chegar em roma do ano 312 depois de CRISTO. Ashtaroth e baal = Fenicia Ishtar e inanna = Assíria Isis e osiris = Egito Afrodite e Eros = Grécia Venus e cupido = Roma Neste ano Constantino que se tornou Imperador, pois teve apoio dos Cristãos, e devido a isso oficializou o Cristianismo a religião oficial o império. Nesta época, muitos se tornaram Cristãos apenas para agradar ao imperador, e isso deu inicio ao sincretismo religioso entre o Cristianismo e o paganismo, e as imagens pagãs foram reintroduzidas com nomes cristãos. Venus e cupido que eram as imagens de Roma passaram a se chamar "Maria e o menino Jesus" e ainda passou a ser honrada como "rainha dos céus" e se tornou mediadora entre deus e os homens, exatamente como era na religião babilônica.
Veja o que a bíblia fala sobre Semiramis (rainha do céu) e Tamuz.
Ezequiel 8:14-18 
  
E levou-me à entrada da porta da casa do SENHOR, que está do lado norte, e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando a Tamuz.
E disse-me: Vês isto, filho do homem? Ainda tornarás a ver abominações maiores do que estas.
E levou-me para o átrio interior da casa do SENHOR, e eis que estavam à entrada do templo do SENHOR, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do SENHOR, e com os rostos para o oriente; e eles, virados para o oriente adoravam o sol.
Então me disse: Vês isto, filho do homem? Há porventura coisa mais leviana para a casa de Judá, do que tais abominações, que fazem aqui? Havendo enchido a terra de violência, tornam a irritar-me; e ei-los a chegar o ramo ao seu nariz.
Jeremias 44:15-19

Então responderam a Jeremias todos os homens que sabiam que suas mulheres queimavam incenso a deuses estranhos, e todas as mulheres que estavam presentes em grande multidão, como também todo o povo que habitava na terra do Egito, em Patros, dizendo:
Quanto à palavra que nos anunciaste em nome do SENHOR, não obedeceremos a ti;
Mas certamente cumpriremos toda a palavra que saiu da nossa boca, queimando incenso à rainha dos céus, e oferecendo-lhe libações, como nós e nossos pais, nossos reis e nossos príncipes, temos feito, nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém; e então tínhamos fartura de pão, e andávamos alegres, e não víamos mal algum.
Mas desde que cessamos de queimar incenso à rainha dos céus, e de lhe oferecer libações, tivemos falta de tudo, e fomos consumidos pela espada e pela fome.
E quando nós queimávamos incenso à rainha dos céus, e lhe oferecíamos libações, acaso lhe fizemos bolos, para a adorar, e oferecemos-lhe libações sem nossos maridos?





Semiramis homenageada também na estátua da liberdade, segurando o símbolo dos illuminatis, a tocha representando eles, os illuminados.
MEU  BLOG  CRIADO  PARA DENUNCIAR ESSA PRATICA

http://paganismoxsionismo.blogspot.com/2011/04/paganismo-do-seculo-21.html
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RELIGIÃO - BÍBLIA - Versos Trinitários

Versos Trinitários

Descrição: Uma discussão das várias passagens nas quais os cristãos buscam provar a natureza trinitária de Deus.  Parte 1: Isaías 9:6.

Existem vários versos chaves que os cristãos usam para provar a origem bíblica da Trindade.  Analisando esses versos pode-se claramente ver que eles não provam a Trindade, mas sim a mesma mensagem monoteísta de Deus.  Uma das passagens mais freqüentemente citada da Bíblia é Isaías 9:6-7, a partir da qual os cristãos concluem que o Messias deve ser Deus encarnado.  A passagem afirma:

“...um menino nos nascerá, um filho nos será dado; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz.  Do aumento do seu governo e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o estabelecer e o fortificar em retidão e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos exércitos fará isso.”

Que Isaías 9:6 foi mal-interpretado pode se ver pelo fato de Jesus não ser chamado de “Pai Eterno” em nenhum outro lugar na Bíblia.  Uma vez que a doutrina trinitária ensina que os cristãos não devem “confundir as Pessoas nem dividir a Substância” (Credo Atanasiano), como os trinitaristas aceitam que Jesus seja o “Pai Eterno”? Vamos considerar fatos adicionais de forma imparcial.

Primeiro, todas as formas verbais hebraicas em Isaías 9:6 estão no passado.   Por exemplo, a palavra que a Bíblia cristã traduz como “seu nome será chamado” são as duas palavras ‘vayikra shemo,’ que adequadamente traduzidas devem ser lidas como “seu nome foi chamado.”  A palavra “vayikra” é a primeira palavra a aparecer no livro de Levítico (1:1) e está traduzida corretamente lá – no passado.  Além disso, a Versão do Rei James traduz os mesmos verbos no passado em outros lugares em Gênesis 4:26 e Isaías 5:25. Somente em Isaías 9:6-7 esses verbos são traduzidos no futuro!

Note que ele diz “uma criança NASCEU para nós.”  Esse é um evento que acabou de acontecer, não um evento futuro.  Isaías não está fazendo uma profecia, mas contando uma história.  Um evento futuro diria uma criança nos nascerá, mas NÃO é isso que o verso diz.  As traduções cristãs colocam em maiúscula a palavra ‘filho’ supondo que essa seja uma profecia messiânica e os nomes de um filho divino.

Segundo, a palavra “é”, geralmente não é declarada em hebraico.  Ao contrário, “é” fica subentendida.  Por exemplo, as palavras “hakelev” (o cachorro) e “gadol” (grande), quando reunidas em uma frase - hakelev gadol - significam “o cachorro É grande,” mesmo que nenhuma palavra hebraica naquela frase represente a palavra “é”. Uma tradução mais apurada do nome daquela criança, então, seria “Um maravilhoso conselheiro é o Deus poderoso, o pai eterno...”  Esse nome descreve Deus, não a pessoa que carrega o nome.  O próprio nome Isaías significa “Deus é salvação,” mas, ninguém acredita que o próprio profeta seja Deus em um corpo humano!

Terceiro, a frase “Deus Poderoso” é uma tradução pobre de acordo com alguns eruditos bíblicos.  Embora o português faça a distinção clara entre “Deus” e “deus”, a língua hebraica, que tem apenas letras maiúsculas, não faz.  A palavra hebraica “Deus” tem uma aplicação muito mais ampla do que tem em português.  Alguns sugerem uma tradução melhor para o leitor em português que seria “herói poderoso,” ou “herói divino.”  Tanto Martim Lutero quanto James Moffatt traduziram a frase como “herói divino” em suas Bíblias.

Quarto, de acordo com o Novo Testamento, Jesus nunca foi chamado de quaisquer desses nomes durante a sua vida.

Quinto, se Isaías 9:6 for adotado como se referindo a Jesus, então Jesus é o Pai!  E isso vai contra a doutrina trinitária.
Sexto, o fato de que o Novo Testamento não cita essa passagem mostra que até os autores do Novo Testamento não tomaram esse verso como sendo em referência a Jesus.

Sétimo, a passagem está falando sobre as maravilhas realizadas pelo Senhor para Ezequias, rei de Judá.  Os versos precedentes em Isaías 9 falam de um grande triunfo militar de Israel sobre seus inimigos.  Na época que se diz que Isaías escreveu essa passagem, Deus tinha acabado de libertar o rei Ezequias e Jerusalém de um cerco imposto pelos assírios sob o comando do general Senaqueribe.  Diz-se que a libertação foi realizada de forma espetacular: um anjo foi para o campo assírio e matou 185.000 soldados enquanto dormiam.   Quando Senaqueribe acordou e encontrou seu exército dizimado, ele e os soldados remanescentes fugiram, quando então ele foi assassinado por seus próprios filhos (Isaías 37:36-38). Os capítulos 36 e 37 contam como Ezequias se manteve firme em face do vasto exército de Senaqueribe e suas palavras blasfemas contra Deus.  Quando tudo parecia perdido, Ezequias continuou a confiar no Senhor, e por isso foi recompensado com uma vitória milagrosa.  É interessante notar que a afirmação, “o zelo do Senhor dos exércitos fará isso,” encontrado no final de Isaías 9:7 é encontrada em apenas dois outros lugares na Bíblia: Isaías 37:32 e 2 Reis 19:31.  Ambas as passagens discutem a libertação milagrosa de Ezequias por Deus.  Sendo assim, em luz do que foi exposto, Isaías está contando a defesa de Jerusalém por Deus durante o cerco assírio.  Além disso, o comentário de Soncino diz que o capítulo é sobre a queda da Assíria e o anúncio do nascimento de Ezequias, o filho de Acaz.


Descrição: Uma discussão das várias passagens nas quais os cristãos buscam provar a natureza trinitária de Deus.  Parte 2: O nome Emanuel é uma prova de que Jesus é Deus?

O nome hebraico “Emanuel” pode ser traduzido como “Deus conosco” ou “Deus está conosco.” Algumas pessoas acreditam, baseadas em Isaías 7:14, que porque Jesus seria chamado de “Emanuel”, ele devia ser Deus encarnado.  Isaías 7:14 e Mateus 1:23 são lidos com freqüência por volta do Natal.  Eles são lidos como se segue:
Isaías 7:14 “Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.”
Mateus 1:23 “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado Emanuel, que traduzido é Deus conosco.”

Primeiro, a profecia afirma que seu nome será Emanuel.”
Não diz que “ele será Emanuel.”

Segundo, Maria nunca chamou seu filho de “Emanuel” como requerido pela profecia.  De acordo com a Bíblia, ela deu ao seu filho o nome de Jesus, seguindo instruções do anjo de Deus.
Mateus 1:25 “e a manteve virgem enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de Jesus.”
Lucas 1:30-31 “Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois achaste graça diante de Deus.  Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus.”

Terceiro, quando lemos no contexto, o nascimento e o nome da criança Emanuel era para ser um sinal para o rei Acaz de que Deus estava com seu povo que estava prestes a ser invadido por dois reinos rivais (Isaías 7:10-16). A promessa foi cumprida por Deus (2 Reis 16:9). O nome “Deus está conosco,” significa que Deus nos apoiará.[1]  O nome faz pleno sentido se o nome da criança era para indicar ao rei Acaz que Deus estava do seu lado.

Isaías 7:10-16 “De novo falou o Senhor com Acaz, dizendo: ‘Pede para ti ao Senhor teu Deus um sinal; pede-o ou em baixo nas profundezas ou em cima nas alturas.’ Acaz, porém, respondeu: ‘Não o pedirei nem porei à prova o Senhor.’ Então disse Isaías: ‘Ouvi agora, ó casa de Davi: Pouco vos é afadigardes os homens, que ainda afadigareis também ao meu Deus?  Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.  Manteiga e mel comerá, quando ele souber rejeitar o mal e escolher o bem.  Pois antes que o menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, será desolada a terra dos dois reis perante os quais tu tremes de medo.”
2 Reis 16:9 E o rei da Assíria lhe deu ouvidos e, subindo contra Damasco, tomou-a, levou cativo o povo para Quir, e matou Rezim.

Quarto, Isaías 7:14 em hebraico não diz que uma virgem daria à luz mas que uma jovem mulher conceberia.  A palavra hebraica almah, usada em Isaías 7:14 significa mulher jovem ou donzela, não uma virgem.  A palavra hebraica para virgem é b’tulah.  A Bíblia em inglês, Revised Standard Version, é uma das poucas Bíblias cristãs que usou a tradução ‘jovem mulher’ ao invés de substituí-la pela palavra ‘virgem.’
Isaías 7:14 Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma jovem mulher conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Eman’u-el.

Quinto, quando algo é “chamado” por um certo nome, não significa que a coisa seja literalmente o que é chamada.  Nomes simbólicos são usados com freqüência pelos hebreus na Bíblia.  Muitos nome causariam grandes problemas se adotados literalmente.  Jerusalém é chamada “o Senhor, nossa Virtude,” e Jerusalém obviamente não é Deus (Jer. 33:16).  Em Gênesis 32:30 nos é dito que Jacó chamou um pedaço de terra de “Face de Deus.”  Abraão chamou a montanha na qual ele estava prestes a sacrificar Ismael de “o Senhor proverá,” e ainda assim ninguém acreditava que a montanha era Deus.  De forma semelhante, ninguém acreditava que um altar fosse Deus, mesmo que Moisés o chamasse assim:  “Pelo que Moisés edificou um altar, ao qual chamou ‘Jeová-Níssi.’” (Êxodo 17:15).  Os cristãos acreditariam que Elias era “Deus Jeová” ou que Bitia, uma filha do Faraó, era a irmã de Jesus porque seu nome significa “filha de Jeová?”  Os cristãos acreditam que Dibri, não Jesus, foi a “Promessa de Jeová,” ou que Elias era o Messias real uma vez que seu nome significa “Meu Deus (é meu) pai?”  Da mesma forma, eles diriam que Jesus Barrabás, que evitou a crucificação ao ser solto (Mateus 27:15-26)[2], era o filho de Deus porque seu nome significava “Jesus, filho de seu Pai”?  Claro que não.

Podemos concluir que a leitura de Jesus como a realização de uma profecia em Isaías é devida apenas a Mateus citar a profecia, ao invés de ser porque as pessoas chamavam Jesus de Emanuel durante sua vida.  Além disso, mesmo se seu nome fosse Emanuel, o nome não reflete necessariamente o fato, como pode ser visto por outros nomes ligados a Deus (nas formas hebraicas de El ou Yah) pertencentes a outras pessoas.  Fazer a alegação de que Emanuel significa Jesus Deus em carne entre Seu povo é, portanto, meramente um exemplo de como a doutrina trinitária da encarnação foi imposta sobre a mensagem de Jesus por profecias “tendenciosas”.


Footnotes:
[1] “O nome Emanuel pode significar ‘Deus esteja conosco’ no sentido de ‘Deus nos ajude.’” Interpreter’s dictionary of the Bible (Dicionário do Intérprete da Bíblia, em tradução livre), vol.2, p. 686
[2] Variantes gregas da New Revised Standard Version (Nova Versão Revisada) da Bíblia de Westcott-Hort




Descrição: Uma discussão das várias passagens nas quais os cristãos buscam provar a natureza trinitária de Deus.  Parte 3: Quem é Alfa e Ômega, Deus, Jesus ou ambos?

Algumas pessoas dizem que uma vez que os mesmos títulos – Alfa e Ômega – são usados tanto para Deus quanto para Jesus, isso prova que eles são um e o mesmo.  Também é alegado que essas expressões significam a eternidade do Pai e do Filho.  Analisando, vemos que essa noção levanta vários problemas.
Isaías 44:6 “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus.”
Apocalipse 1:8 “Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.”
Apocalipse 1:11 “Dizendo, eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último:”
Apocalipse 22:13 “Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro, o princípio e o fim.”

Primeiro, o Apocalipse não é um livro confiável.  Os cristãos primitivos e os anciãos da Igreja – Marcião, Caio de Roma, Dionísio de Alexandria, Anfilócio de Icônio, Gregório de Nazianzo, Cirilo de Jerusalém, Sínodo de Laodicéia em 360 EC – o contestaram.[1]  O autor do Apocalipse se identifica como um João desconhecido, mas provavelmente não o apóstolo João porque o estilo do livro é completamente diferente do Evangelho de João.[2]  Além do seu nome, pouco se sabe sobre ele.  Martim Lutero criticou seu livro.  Ele escreveu no prefácio de Apocalipse:

Sobre esse livro Apocalipse de João, eu deixo todos livres para terem suas próprias opiniões.  Eu não quero ninguém preso à minha opinião ou julgamento.  Eu digo o que sinto.  Eu acho que faltam algumas coisas nesse livro, o que me faz considerá-lo nem apostólico e nem profético...Muitos dos pais também rejeitaram esse livro muito tempo atrás...Para mim isso é razão suficiente para não tê-lo em alta consideração: Cristo nem é ensinado nem conhecido nele.”[3]
Até hoje, os sábios luteranos colocam o Apocalipse de João em uma categoria separada de livros contestados.

Segundo, Alfa e Ômega são a primeira e última letras do alfabeto grego.  Os eruditos bíblicos não estão completamente certos do que a frase “o Alfa e o Ômega” significa.  Não pode ser estritamente literal, porque nem Deus nem Jesus são uma letra grega.  É como dizer que Deus é ‘A’ e ‘Z’.  Lenski conclui: “É infrutífero buscar na literatura judaica e pagão pela fonte de algo que se assemelhe a esse nome Alfa e Ômega.  Em nenhum lugar uma pessoa, quanto mais uma Pessoa divina, é chamada ‘Alfa e Ômega’, ou em hebraico, ‘Alef e Tau’.”[4]  Embora não haja evidência de fontes históricas de alguém chamado “o Alfa e o Ômega,” Bullinger diz que a frase “é um hebraísmo, de uso comum dos comentadores judaicos antigos para designar o todo de algo do início ao fim; ex.: ‘Adão transgrediu toda a lei de Alef a Tau’.”[5]  As melhores mentes eruditas concluíram que a frase tem algo a ver com começar e terminar algo, ou a totalidade de algo.

Terceiro, a doutrina de Alfa e Ômega é um exemplo triste e desafortunado da humanidade adulterando a Palavra de Deus.  Mostra como a doutrina é ajustada pelos homens para justificar crenças falsas.  A frase “Dizendo, eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último” (Apocalipse 1:11) que é encontrada na versão do Rei Jaime (e na versão em português de 1994 da Almeida Corrigida e Revisada Fiel apresentada abaixo)N.T não estava nos textos gregos originais.  Portanto, a frase Alfa Ômega não é encontrada em textos antigos, nem é mencionada, até mesmo como nota de rodapé, em qualquer tradução moderna!
Apocalipse 1:10-11
Almeida Corrigida e Revisada Fiel (ed. 1994): “Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro;”
Almeida Revisada Imprensa Bíblica (ed. 1967): “que dizia: O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas:”
Sociedade Bíblica Britânica: “que dizia: O que vês, escreve-o em um livro e envia-o às sete igrejas:”
Almeida  Revista e Atualizada (ed. 1993): “dizendo: O que vês, escreve em um livro e manda às sete igrejas:”
Bíblia Católica: “que dizia: O que vês, escreve-o num livro e manda-o às sete igrejas:”


Footnotes:
[1] Bible Research (Pesquisa da Bíblia), recurso da internet mantido por Michael D. Marlowe. (http://www.bible-researcher.com/canon5.html)
[2] A Critical and Exegetical Commentary on The Revelation of St. John (Um Comentário Crítico e Exegético sobre o Apocalipse de São João, em tradução livre) de R. H. Charles. T. & T. Clark, 1920
[3] Luther’s Works (Palavras de Lutero, em tradução livre), vol 35 (St. Louis: Concórdia, 1963), pp. 395-399.
[4] R.C.H. Lenski, The Interpretation of St. John’s Revelation (A Interpretação do Apocalipse de São João, em tradução livre) (Augsburg Pub. House, Mineápolis, MN 1963), p. 51.
[5] E. W. Bullinger, Commentary on Revelation (Comentário sobre Apocalipse, em tradução livre) (Kregel Pub., Grand Rapids, MI, 1984), pp. 147 e 148.
N.T Nota da Tradutora.




Descrição: Uma discussão das várias passagens nas quais os cristãos buscam provar a natureza trinitária de Deus.  Parte 4: Quem é Alfa e Ômega, Deus, Jesus ou ambos?

Quarto, em Apocalipse 1:8 a versão do Rei James deixa implícito que Jesus disse que ele era o Alfa e o Ômega.  Uma vez que Deus diz que Ele é Alfa e Ômega em Isaías 44:6, Jesus, de acordo com os cristãos, está aqui reivindicando divindade.  Entretanto, o uso das palavras em Rei Jaime é impreciso.  Não apenas todas as traduções modernas esclarecem que foi Deus quem disse isso, não Jesus, mas o transmissor das palavras é um dos anjos de Deus.

Apocalipse 1:1-3
“A revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe concedeu para manifestar aos seus servos as coisas que cedo devem acontecer, as quais ele, enviando-as por intermédio do seu anjo, significou ao seu servo João, que testificou a palavra de Deus, e o testemunho de Jesus Cristo, sim tudo quanto viu. Bem-aventurado o que lê e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas; pois o tempo está próximo.”

Com essas correções, se torna evidente que essa foi uma afirmação de Deus e não uma afirmação de Jesus, o Profeta de Deus.
Apocalipse 1:8
Rei James “Eu sou o Alfa e o Ômega, o começo e o fim, diz o Senhor Deus, aquele que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.”
Nova Versão Internacional “Eu sou o Alfa e o Ômega,” diz o Senhor Deus, “aquele que é, aquele que era e aquele que está por vir, o Todo-Poderoso.”

Quinto, Apocalipse 22:13 é parte da visão de um João desconhecido (não o autor do evangelho) na qual ele alega ter sido visitado por um anjo, mencionado em Apocalipse 21:9.
“Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, cheias das sete últimas pragas e falou comigo: Vem cá, e mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro.”
O anjo está falando de Apocalipse 22:10-13:

“Disse-me também: Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo. Quem faz injustiça, faça-a ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, justifique-se ainda; e quem é santo, santifique-se ainda. Eis que venho à pressa; e está comigo a minha recompensa para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro, o princípio e o fim.”
Jesus não disse aquelas palavras, nem existe qualquer indicação de que se refiram a ele. Então a passagem continua nos versos 14 e 15.

“Bem-aventurados os que lavam as suas vestiduras, para que tenham o direito de se chegarem à árvore da vida, e para que entrem pelas portas na cidade. Fora acham-se os cães, os feiticeiros, os fornicários, os homicidas, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira.”
Isso não parece ser Jesus Cristo falando porque o aparecimento do pronome da primeira pessoa do singular em 22:16 sinaliza uma mudança no narrador.  Portanto, Alfa e Ômega na passagem se referem ao próprio Deus, falando através do anjo. Isso começa em Apocalipse 21:5-7, que diz:

“Disse aquele que estava sentado sobre o trono: Eis que faço novas todas as coisas. Disse-me ele também: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.  Disse-me ainda: Tudo está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. Àquele que tem sede, eu lhe darei a beber gratuitamente da fonte da água da vida.  O vencedor herdará estas coisas; eu serei o seu Deus, e ele será meu filho.”
O que é relatado que Jesus diz é:

Apocalipse 22:16: “Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas a favor das igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a estrela brilhante, e da manhã.”
Portanto, em nome do argumento, a frase “Eu sou o Alfa e o Ômega” não devia pertencer a outro que não Jesus? Alguém pode jogar a salvação pessoal em uma visão reivindicada por um autor cuja identidade não é clara, e cujo livro é contestado como um cânone confiável?

Sexto, o que é significativo não é tanto o uso desse nome, mas o fato de que Deus é sempre superior a Jesus quando a Bíblia descreve a relação entre Deus e Jesus como explicado em outros lugares.
Podemos ver dessa análise que esses versos que os cristãos usam para provar que Jesus é o filho de Deus não podem ser usados na prova da Trindade.  Ao contrário, um exame da história do desenvolvimento teológico na filosofia da igreja revelará que a Trindade foi um conceito desenvolvido muito posteriormente no Cristianismo devido a vários fatores sócio-políticos, que os cristãos das gerações seguintes tentaram justificar através de várias passagens da Bíblia.


Pesquisado por:

Bill Brasil
Dourado

RELIGIÃO - CRISTIANISMO - ISLAMISMO - Paulo de Tarso e o Conceito de Salvação no Cristianismo


Paulo de Tarso e o Conceito de Salvação no Cristianismo

Descrição: Os efeitos que Paulo de Tarso e crenças pagãs teve na formação da idéia da salvação no Cristianismo, quando na realidade a menção da salvação de Cristo era diferente daquela na qual se acredita hoje.

Salvação pode ser definida como libertação do pecado e suas punições; o caminho para salvação, entretanto, varia de uma religião para outra.

No Cristianismo, a salvação é obtida através da doutrina da Expiação Vicária.  Uma vez que no Cristianismo a natureza humana é considerada desobediente e pecadora, essa doutrina afirma que Jesus “prestou satisfação plena” a Deus pelos pecados do homem através de sua morte e ressurreição.  Em resumo, Jesus tomou nosso lugar e sua morte nos absolveu de nossos pecados.

Isso contraria o que é encontrado no Torá, onde Deus diz: “... cada qual morrerá por seu próprio pecado.” (Deuteronômio 24:16)
A questão de Jesus, como salvador da humanidade, é refutada no Alcorão, onde Deus diz que Ele
“... obliterou-lhes os corações, por causa de suas perfídias... E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado...” (Alcorão 4: 155-157)

Salvação de Acordo com Jesus

Em nenhum lugar nos quatro evangelhos Jesus afirmou explicitamente que morreria para salvar a humanidade do pecado.  Quando foi abordado por um homem que perguntou o que ele poderia fazer para obter vida eterna, Jesus disse a ele para manter os Mandamentos (Mateus 19:16,17); em outras palavras, obedecer a Lei de Deus. A uma pergunta semelhante feita por um advogado, como registrado no evangelho de Lucas, Jesus disse para amar a Deus e ao próximo (Lucas 10:25-28).
O papel de Jesus é deixado claro no Alcorão onde Deus diz:
“O Messias, filho de Maria, não é mais do que um mensageiro, do nível dos mensageiros que o precederam; ...Observa como lhes elucidamos os versículos e observa como se desviam da verdade.” (Alcorão 5: 75)
A missão de Jesus não era, portanto, estabelecer um método novo de obter a salvação, menos ainda fundar um novo sistema de crença; como até a Bíblia destaca, Jesus buscava apenas remover dos judeus a ênfase no ritual e levá-los de volta à virtude (Mateus 6:1-8).

Paulo de Tarso

Para a origem da doutrina da expiação, não se deve ir aos ensinamentos de Jesus, mas sim às palavras de Paulo, o verdadeiro fundador do Cristianismo; em ensinamentos dos atuais termos e práticas cristãos.
Como muitos judeus, Paulo não estava acostumado aos ensinamentos de Jesus, e ele próprio perseguiu os seguidores de Jesus por suas crenças não convencionais.  Esse perseguidor zeloso se tornou um pregador ardente, entretanto, através de uma conversão repentina por volta de 35 EC.  Paulo alegou que um Jesus ressuscitado apareceu para ele em uma visão, escolhendo Paulo como instrumento para levar seus ensinamentos aos gentios (Gálatas 1:11, 12: 15, 16).
A credibilidade de Paulo em qualquer âmbito é questionável, entretanto, quando consideramos que: (1) existem quatro versões contraditórias de sua suposta “conversão” (Atos 9:3-8; 22: 6-10; 26: 13-18; Gálatas 1:15-17); (2) a Bíblia diz em passagens como Números 12:6, Deuteronômio 18:20 e Ezequiel 13:8-9, que revelações vêm SOMENTE de Deus e (3) relatos de numerosos desentendimentos entre os outros discípulos e Paulo com relação aos ensinamentos, como registrado em Atos.
Experiência e observação ensinaram a Paulo que pregar entre os judeus não era viável; ele, portanto, escolheu os não-judeus.  Ao fazê-lo, entretanto, Paulo desconsiderou um comando direto de Jesus contra pregar para outros que não os judeus (Mateus 10:5-6). Em resumo, Paulo colocou de lado os ensinamentos verdadeiros de Jesus em seu desejo de ser um sucesso.

A Influência Pagã

Entre os pagãos do tempo de Paulo havia uma grande variedade de deuses.  Embora esses deuses tivessem nomes diferentes e fossem adotados por povos de diferentes áreas do mundo – Adônis da Síria, Dionísio da Trácia, Átis da Frígia, por exemplo – o conceito básico em cada culto era o mesmo: esses filhos de deuses morreram de mortes violentas e ressurgiram para salvar seu povo.
Uma vez que os pagãos tinham um salvador tangível – deuses em suas antigas religiões, eles não queriam menos da nova; eles não eram capazes de aceitar qualquer tipo de divindade invisível.  Paulo fez muitas acomodações, pregando que um salvador chamado Jesus Cristo, o filho de Deus, morreu e ressuscitou para salvar a humanidade do pecado (Romanos 5:8-11; 6:8-9).
A própria Bíblia aponta o erro do pensamento de Paulo.  Embora cada um dos quatro evangelhos contenha um relato da crucificação de Jesus, esses relatos são estritamente boatos; nenhum dos discípulos de Jesus foi testemunha, porque o abandonaram no Jardim (Marcos 14:50).
No Torá, Deus diz que aquele que é “pendurado em uma árvore” - crucificado – é “amaldiçoado” (Deuteronômio 21:23). Paulo contornou isso dizendo que Jesus se tornou amaldiçoado para assumir os pecados do homem (Gálatas 3:13); ao fazê-lo, entretanto, Paulo deixou de lado a própria Lei de Deus.
A ressurreição, na qual Paulo diz que Jesus “superou” a morte e os pecados para a humanidade (Romanos 6: 9-10), desempenha um papel tão importante que aquele que não acredita nela não é considerado um bom cristão (1 Coríntios 15:14).
Aqui, também, a Bíblia oferece pouco suporte às noções de Paulo; primeiro, além de não existirem testemunhas para a ressurreição, todos os relatos pós-ressurreição são contraditórios sobre quem foi ao túmulo, o que aconteceu lá e até sobre onde e para quem Jesus apareceu (Mateus 28; Marcos 16; Lucas 24; João 20).
Segundo, embora o Cristianismo afirme que o corpo depois da ressurreição estará em uma forma espiritual (1 Coríntios 15:44), Jesus obviamente não havia mudado, porque ele comeu com seus discípulos (Lucas 24:30, 41-43) e permitiu que eles tocassem suas feridas (João 20:27). Finalmente, como o filho divino de Deus no Cristianismo, é dito que Jesus compartilha dos atributos de Deus; ninguém pode deixar de se admirar, entretanto, com a possibilidade de Deus morrer...
Em seu desejo de ganhar almas entre os pagãos, Paulo simplesmente retrabalhou uma variedade de crenças pagãs principais para montar o esquema cristão de salvação.  Nenhum profeta – incluindo o próprio Jesus – ensinou esses conceitos; eles são de inteira autoria de Paulo.


Descrição: Um olhar sobre como antigas crenças pagãs se inseriram no Cristianismo através de Paulo de Tarso. Incluída, também, a menção da história do pecado original e salvação a partir de uma perspectiva islâmica.

O Sacrifício Supremo

Acostumados por muito tempo a fazerem sacrifícios aos seus deuses, os pagãos compreenderam facilmente a noção de Paulo de que Jesus foi o “sacrifício supremo” cujo sangue lavou os pecados.   Uma cerimônia comum durante essa época em vários cultos do Oriente Médio, como os de Átis e Mitras, era a do “taurobólio”: uma pessoa descia em um poço coberto com uma grelha sobre o qual um touro (ou carneiro), dito como representando a própria divindade pagã, era então abatida cerimonialmente. Ao cobrir-se com o sangue, dizia-se que a pessoa no poço havia “renascido” com seus próprios pecados lavados.
Vale mencionar que os judeus tinham aberto mão de sacrifícios em 590 antes da Era Comum, depois da destruição de seu Templo.  As noções de Paulo, conseqüentemente, estavam em contradição direta tanto com os ensinamentos do Velho Testamento (Oséias 6:6) quanto com os ensinamentos do próprio Jesus (Mateus 9:13), que enfatizou como Deus desejava boas virtudes, não sacrifícios.
Embora Paulo enfatizasse que o “amor” de Deus estava por trás do sacrifício de Jesus (Romanos 5:8), a Doutrina da Expiação mostra uma divindade rígida que só se satisfaz com o assassinato de seu filho inocente. Paulo estava completamente sem base aqui, porque o Velho Testamento está cheio de referências ao amor e misericórdia de Deus em relação ao homem (Salmos 36:5, Salmos 103:8-17) revelado através de Seu perdão (Êxodos 34: 6,7; Salmos 86:5-7), do qual até Jesus falou (Mateus 6:12).
A influência pagã no Cristianismo se estende até seu símbolo sagrado.  Embora Paulo chame a cruz de Jesus de “o poder de Deus” (1 Coríntios 1:18), trabalhos de referência como a Enciclopédia Britânica, o Dicionário de Símbolos, A Cruz em Ritual, Arquitetura e Arte destacam que a cruz era usada como um símbolo religioso séculos antes do nascimento de Jesus. Baco da Grécia, Tammuz de Tiro, Bel de Caldéia, e Odin da Noruega são apenas uns poucos exemplos de deuses pagãos antigos cujo símbolo sagrado era uma cruz.

Pecado Original

Central para a Doutrina da Expiação é a noção de Paulo de que a humanidade é uma raça de malfeitores, que herdou de Adão seu pecado em comer do fruto proibido.  Como resultado desse Pecado Original, o homem não pode servir como seu próprio redentor; boas obras não têm valor, diz Paulo, porque mesmo elas não podem satisfazer a justiça de Deus (Gálatas 2:16).
Como resultado do pecado de Adão, o homem está predestinado a morrer.  Através de sua morte, entretanto, Jesus recebeu a punição que era do homem; através de sua ressurreição Jesus venceu a morte, e a virtude foi restaurada.  Para obter a salvação um cristão só precisa ter fé na morte e ressurreição de Jesus (Romanos 6:23).
Apesar de sua posição proeminente no Cristianismo, a noção de um “pecado original” não é encontrada entre os ensinamentos de qualquer profeta, inclusive Jesus.  No Velho Testamento Deus diz: “...o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho, ...” (Ezequiel 18:20-22). A responsabilidade pessoal também é enfatizada no Alcorão, onde Deus diz: “De que nenhum pecador arcará com culpa alheia? De que o homem não obtém senão o fruto do seu proceder? (Alcorão 53:38-39)
A doutrina do pecado original deu a Paulo os meios para justificar influência pagã em seu esquema de salvação.  A irresponsabilidade se tornou a marca do Cristianismo através dessa doutrina, porque ao “transferir” os pecados para Jesus, os seguidores não assumem responsabilidade por suas ações.

Salvação no Islã

Por volta do século 7 as doutrinas concebidas por Paulo tinham sido embelezadas a ponto de o Cristianismo ser uma religião quase que inteiramente feita pelo homem.  Nesse momento Deus escolheu enviar Muhammad como Seu Mensageiro Final, para esclarecer as coisas de uma vez por todas para a humanidade.
Uma vez que Deus é Todo-Poderoso, Ele não precisa da charada inventada pelos cristãos para perdoar o homem.  No Alcorão Deus diz que todos nós somos criados em um estado de bondade (30:30); Ele não sobrecarregou o homem com qualquer “pecado original”, tendo perdoado Adão e Eva (2:36-38; 7:23,24) como Ele nos perdoou (11:90; 39:53-56).
Como somos todos pessoalmente responsáveis por nossas ações (2:286; 6:164), não existe necessidade de um salvador inventado pelo homem no Islã; a salvação vem de Deus somente (28:67).
Assim o Islã buscou restaurar o verdadeiro significado do monoteísmo, porque no Alcorão Deus pergunta:
“E quem melhor professa a religião do que quem se submete a Deus, é praticante do bem e segue a crença de Abraão, o monoteísta?” (Alcorão 4:125; 41:33)

A Religião de Homens

A evidência de que o conceito de salvação no Cristianismo – sua Doutrina da Expiação Vicária – não veio de Deus mas do homem, via rituais e crenças pagãos, é esmagadora.
Paulo efetivamente desviou o centro de adoração de Deus ao dizer que Jesus era o agente divino de sua salvação (Gálatas 2:20). Ao fazê-lo, entretanto, Paulo deixou de lado todos os ensinamentos dos profetas de Deus e até o conceito de monoteísmo em si, uma vez que Deus no Cristianismo precisa de Jesus para ser Seu “ajudante” divino.

Examine Melhor

Com a própria salvação em jogo, os cristãos deviam examinar melhor o que acreditam e por que.  Deus diz no Alcorão:
“Ó Povo do Livro! Não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Deus... sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto existe nos céus e na terra.  e Deus é mais do que suficiente Guardião.”  (Alcorão 4:171)



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