As duas matérias abaixo expõem bem a práxis da
Igreja Católica: alia-se aos poderosos e controla as massas, doutrinado-a
“espiritualmente”. Não é à toa que que a marcha que decretou o fim da
democracia brasileira, a longa noite de 21 anos, chamamos-se marcha por DEUS e
pela família. A ação deplorável e vergonhosa da Igreja em Honduras não é
diferente daquela da Venezuela, do que foi a nossa, salvo honrosas e corajosas exceções.
Mas o problema não é só com a Igreja Católica, cuja
posição anti-humana contra o aborto, pesquisa genética, casamento entre
homossexuais, pílula anticoncepcional, sexo fora do casamento, suas posições
contra a ciência, contra o prazer é bem conhecido. Tudo isso é sabido: a Igreja
Católica se opõe a tudo que é novo, moderno e bonito, são
conhecidos também seu machismo, seu apoio descarado aos poderosos,
aos opressores, aos exploradores, seu histórico cruel, sangrento e vergonhoso.
Mas a Igreja Católica não é uma excrescência do
cristianismo, mas apenas seu exemplo mais bem acabado. Os evangélicos e sua
“teologia da prosperidade” a roubar dízimos e ofertas da grande massa de
incautos, os ortodoxos e suas ligações umbilicais com os estados em que
predominam, os protestantes e sua hipocrisia (que o digam a Igreja Africâncer e
os cristãos estadunidenses), tudo isso também é CRISTIANISMO.
Mas será mesmo? Cristo realmente quereria realmente
essas coisas para lhe suceder e levar seu nome e sua mensagem? Tendo
fortemente a crer que não. O Cristianismo é uma doença de Paulo de Tarso, o
inimigo da humanidade. Sim, a religião deveria se chamar paulinismo, em
homenagem ao mais desprezível ser humano que já habitou por sobre o planeta.
Veja o que os padres e pastores leem nas missas:
10% dos Evangelhos, mas 70% das malfadadas “cartas” da besta humana.
Nessas cartas, Paulo de Tarso cria uma religião e seus pilares: o ódio ao
conhecimento, à beleza, ao prazer, a nobreza, a honra, a independência e a
inteligência. Ele é contra as mulheres, contra os inteligentes, os nobres, os
fortes, os HUMANOS.
Só o Cristo que ele inventou e o Deus que ele matou
deveriam ser adorados. O mistério da Cruz…
Que mistério?
Ele morreu na cruz.
Grande coisa: em um só dia, na Sardenha, crucificaram 70 mil dos seguidores de Spártaco. Jesus sofreu e morreu por nós. Mas acaso, as maiorias dos 40 milhões de russos que morreram na Segunda Grande Guerra também, não morreram?
Estivessem eles vivos e Hitler teria vencido.
Quantos não morreram por causas muito mais nobres do que…
Por que Jesus morreu?
Por que os romanos o condenaram?
Por que ele se levantou contra o poder do Império e por que os judeus o acusaram. Como ele não era uma grande ameaça, o mais provável que tenham sido as intrigas do clero judaico que acabaram por conduzi-lo à morte.
Aí, vem Paulo de Tarso e diz: “Ele morreu por amor aos homens“. Que seja verdade. Se ele morreu por amor aos homens, quem deu a Paulo o direito de cobrar isso?
Quem deu a Igreja o direito de cobrar por este amor?
Se for amor cobrado, é prostituição, salvo engano.
Se ele morreu por amor, louvada seja a Sua memória. Mas amor não se compra não se vende não se cobra.
E é por não entender isso, que a Igreja que Paulo
erigiu depois dele vem sendo um monumento ao ódio pela humanidade.
No fundo, Paulo de Tarso, que tanta inveja tinha dos homens, e tanto desprezo e ódio nutria por eles, não suportou que um homem os pudesse amar. E, sobretudo, morrer por isso. O Cristianismo, neste sentido, foi a vingança de Paulo pelo amor que Jesus tinha pela humanidade.
P.S.: Há seitas cristãs que tem um pensamento semelhante sobre o Maldito, só que em uma visão religiosa, como aqui.
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