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sábado, 5 de abril de 2014

RELIGIÃO - BÍBLIA - HISTÓRIA - PESQUISAS - PAULO DE TARSO


PAULO DE TARSO

Saulo de Tarso, um judeu que se converteu ao cristianismo e que adotou o nome de Paulo de Tarso, é o único apóstolo que se refere ao tema "homossexualidade", mas de modo nada explícito.
Alguns autores recentes especulam que Paulo de Tarso (ou Saulo) era homossexual, mas escondia sua orientação sexual e vivia em conflito entre seus desejos e a sua fé judia.
Apesar da afirmação não poder ser comprovada, é uma interessante teoria para se explicar a exacerbada hostilidade de Paulo com relação aos relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo, o qual reagia de forma muito exagerada e que revelava, implicitamente, algum medo interior.
É ponto pacífico entre terapeutas que a maioria das pessoas que condenam a homossexualidade de forma radical possui um medo inconsciente de serem elas próprias homossexuais e diante do ato de condenação procurar disfarçar esta tendência ou orientação sexual.
As cartas de Paulo, com toda a certeza, não podem fornecer qualquer resposta específica aos anseios dos fundamentalistas que tentam justificar sua aversão à homossexualidade com bases bíblicas.
Nos escritos de Paulo, nem a prática homossexual nem a promiscuidade heterossexual nem sequer outro vício específico é identificado como pecado.
Na sua visão do pecado fundamental, por exemplo, do qual todos os males particulares derivam, a idolatria é uma adoração que vem antes do Criador, pois admite que para se adorar um deus é necessário adorar sua imagem material.
À primeira vista, Paulo parece condenar a atividade homossexual.
Paulo critica a atividade sexual que vai contra a natureza ou disposição da pessoa.
Na sociedade grega daquela época, a homossexualidade e a bissexualidade eram vistas como uma atividade natural para algumas pessoas.
Assim, Paulo poderia estar criticando heterossexuais que praticavam atos homossexuais, contra sua natureza.
Entretanto, Paulo era judeu e também poderia estar ridicularizando a rebelião religiosa pagã, dizendo que os pagãos conheceram Deus, mas adoraram ídolos ao invés de Deus.
Ele se refere à práticas típicas de cultos de fertilidade envolvendo sexo entre sacerdotisas e entre homens e eunucos prostitutos como os que serviam à Afrodite, em Corinto, de onde ele escreveu a carta para os Romanos.
Seus ritos de auto-castração resultavam numa "penalidade corpórea".
Naquele período, de acordo com historiadores, os homens usavam véus e cabelos compridos como sinal de sua dedicação à deusa, enquanto que mulheres não usavam véus e aparavam os cabelos para indicar sua devoção.
Os homens se mascaravam como mulheres e, numa rara pintura de um vaso de Corinto, uma mulher está vestida em calças "equipadas" com o órgão sexual masculino.
Em seguida, ela aparece dançando diante de Dionísio, uma divindade que tinha sido criada como menina e chamava-se a si mesma de "macho-fêmea".
A troca de sexo que caracteriza os cultos de tais deusas como Cibele, Afrodite, Artemis de Éfeso etc., eram mais assustadores, pois homens se auto-castravam voluntariamente e assumiam trajes de mulheres.
Uma antiga gravura romana mostra um sacerdote de Cibele o qual está castrado, usando véu, colares, brincos e roupas femininas, tendo "trocado" sua identidade sexual e se tornado uma "sacerdotisa".
Como tal, estes prostitutos religiosos se engajavam em orgias envolvendo o mesmo sexo nos templos pagãos por onde passavam as viagens missionárias de Paulo.
A concepção de Paulo da homossexualidade foi afetada pela atmosfera cultural do paganismo grego.
A homossexualidade em si não é o tópico da discussão, mas sim a prática de um ato contra a natureza própria do ser.
Assim, é contra a natureza de um homossexual viver o estilo de vida heterossexual e vice-versa.
O ponto da passagem não é estigmatizar o comportamento sexual de qualquer forma, mas condenar os gentios por sua infidelidade.
O que é mais importante é que as pessoas que Paulo condena não são manifestamente homossexuais.
O que ele derroga são atos homossexuais cometidos por pessoas aparentemente heterossexuais.
Paulo está estigmatizando pessoas que têm ido além de sua própria natureza pessoal para cometer atos homossexuais.
Especificamente, Paulo se refere a todos os atos sexuais entre pessoas e possivelmente animais, assim como no contexto de adoração de ídolos de falsos deuses.
Muitos se avançam em dizer que o verso 27 está se referindo à AIDS, sendo a presunção de Deus para o homem onde se lê "e eles receberam a devida pena pela sua perversão". Se isto é desta forma, então nós podemos usar a mesma lógica "boba" para dizer que a sífilis é a punição de Deus para os heterossexuais.
Na verdade, o argumento é muito ignorante. Paulo é claro referindo-se ao templo de prostituição e adoração de ídolos, especialmente dos deuses da fertilidade.
Para alguns estudiosos, Paulo não estaria se referindo aqui à violação das leis da natureza de um modo geral, mas sim à violência contra a natureza própria de cada um.
 Neste sentido, seria o mesmo que um heterossexual se envolver em relações homossexuais por mero prazer ou mesmo violência, ou um homossexual se envolver em paixões heterossexuais, indo contra a natureza particular.
Novamente, aqui se faz necessária uma observação maior do contexto histórico-cultural do tempo em que o texto bíblico foi escrito.
O texto é dirigido ao povo romano que, notoriamente, antes da conversão ao cristianismo, devotava adorações à inúmeros outros deuses, como Júpiter, Netuno, Diana etc.
Em meio a isso, realizavam inúmeras festas pagãs, inclusive orgias sexuais visando a satisfação de seus deuses.
Estas festas eram promovidas pelos imperadores romanos e envolviam também a prática de rituais sexuais por meio de violência, envolvendo tanto a prática de relações heterossexuais quanto homossexuais entre pessoas com estas orientações sexuais.
Assim, homossexuais e heterossexuais tinham a obrigação de praticar sexo com indivíduos do sexo oposto para agradar aos deuses.
Observa-se, aqui, a alusão de Paulo, um judeu convertido, que viveu grande parte de sua vida sob a lei Mosaica, referindo-se unicamente à idolatria.
Não queremos aqui justificar ou defender a prática dos rituais sexuais da Roma Antiga. Mas apenas demonstrar que toda forma de interpretação dos textos bíblicos deve ser cautelosa e levar em conta, também, o contexto histórico, social e cultural da época em que foi escrito.
Perto de Corinto havia um monte onde ficava o templo de Afrodite, a deusa do amor. Aqui, não menos do que mil garotas escravas serviam como escravas sagradas ligadas ao serviço do templo e dos adoradores que utilizavam seus serviços em orgias de adoração.
Corinto era largamente conhecida como uma cidade de prazer e vício.
A cidade recebeu este nome na língua grega através da expressão "korinthia kore", que significa "prostituta", e "korinthtazesthat" (divertir-se com a garota de Corinto) o que significava visitar uma casa de prostituição. Corinto era bem conhecida por seus bordéis, tanto masculinos, quanto femininos.
Não é difícil perceber nesta passagem a mesma tendência de Paulo em escrever baseado em suas reminiscências judias.
Corinto era uma cidade grega que praticava a idolatria, o paganismo e a prostituição visando agradar aos deuses.
É importante notar que as palavras contidas nos versos tentam condenar tanto homossexuais quanto heterossexuais, pois tanto um quanto o outro é capaz de praticar bebedices, roubos e outras iniqüidades. Não ocorre a condenação dos homossexuais, mas sim de todos aqueles que praticam o mal. Mas, antes de tudo, é importante não nos esquecermos do contexto histórico e cultural daquele tempo.
A atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo que Paulo teria encontrado durante suas visitas missionárias estariam associadas à idolatria, pederastia ou prostituição.
 Muitas das uniões que eram comuns em Corinto eram também de natureza adúltera.
Muitos dos homens que tinham jovens amantes do sexo masculino ou que praticavam atividades sexuais com pessoas do mesmo sexo nos templos tinham mulheres e filhos em casa.
Estas práticas sexuais, frequentemente, também envolviam escravidão.
Inúmeros garotos eram comprados através do comércio de escravos e castrados para preservarem sua aparência juvenil para o prazer de seus mestres.
Para alguns autores, na época de Paulo havia somente um modelo básico de homossexualidade masculina no mundo greco-romano, o qual era a pederastia, a atividade sexual envolvendo um homem adulto e um garoto.
Estes meninos eram sexualmente explorados pelos seus proprietários adultos.
Os garotos desejados eram imberbes ou pelo menos sem barbas, assim se pareciam com "fêmeas".
Estes homens tinham esposas, procriavam e tinham herdeiros. É provável que, ao se referir à homossexualidade masculina, Paulo pudesse estar se referindo à pederastia porque era o único modelo além das atividades nos templos.
A Bíblia não diz nada específico sobre a homossexualidade como tal, sobre relacionamentos baseados em amor e respeito mútuos. Mas a Bíblia tem muito a nos dizer sobre a graça de Deus a todas as pessoas e o Seu clamor por justiça e misericórdia.
Jesus sumarizou a lei de Deus nestas palavras:
(MT 22:37) "E Jesus disse-lhe:
 “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento." (MT 22:38)
"Este é o primeiro e grande mandamento." (MT 22:39)
E o segundo, semelhante a este, é:
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo."
É nisto que devemos acreditar: Deus como Pai, não como um déspota, e o próximo como um irmão, não um criminoso.

http://homossexualidade.sites.uol.com.br/index1.htm

A LEI DE LEVÍTICUS

A passagem de Levíticus parece condenar o comportamento homossexual, mas uma análise mais profunda nos traz outras informações mais acuradas. Em primeiro lugar, os cristãos de nossos dias não seguem as determinações e rituais que se encontram em Levíticus, os quais formam o código de preceitos judeus, ou a Lei Mosaica.
Um bom exemplo de como não podemos mais seguir as determinações de um contexto sócio-cultural de pouco mais de 4.000 anos atrás está na leitura do texto "Carta a um Fundamentalista".


(LV 18:22) "Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é;"

Em segundo lugar, os preceitos deste livro aparecem apenas no código sagrado de Levíticus, um manual de rituais dirigidos aos sacerdotes de Israel. Para uma melhor compreensão destes preceitos, é necessário analisar o contexto histórico e cultural do povo hebreu. Sua religião era baseada na adoração de um Deus único, na não-adoração de outros deuses ou ídolos, e na condenação de festas pagãs que promoviam orgias e prostituição feminina e masculina, tal qual ocorria com os cananeus, onde estas práticas eram comuns e abominadas pelos hebreus. Esta passagem é reforçada em Deuteronômio 23:17:

(DT 23:17) "Não haverá prostituta dentre as filhas de Israel; nem haverá sodomita dentre os filhos de Israel."
O termo qadesh ou kedesh, literalmente, significa "abençoado" ou "sagrado". Não há derivativo hebreu da palavra "sodomita" nesta passagem, tendo sofrido uma adaptação quando da tradução original, onde qadesh significava “templo de prostituição masculina”, locais que se ocupavam de rituais sexuais, sendo mau-traduzida e mal-interpretada nesta passagem como “sodomita” (de Sodoma) ou “homossexual”, em algumas versões. O termo qadeshaw tem o sentido de “templo de prostituição feminina”, o qual detinha a mesma finalidade. Freqüentemente é mal-traduzida como “meretriz” ou “prostituta”.
Segundo alguns autores, as palavras hebraicas aqui referidas dizem respeito à "fêmea sagrada" e à "prostitutos eunucos" que participavam de cultos à fertilidade cananita, dos quais Israel não tomava parte. Os autores bíblicos fizeram silêncio sobre a tema da homossexualidade em si, bem como a tradição do Novo Testamento deixada por Jesus. Na verdade, um silêncio muito significativo.
A idolatria praticada pelos cananeus não era bem vista pelos hebreus, a qual se caracterizava, inclusive, pela prática da prostituição tanto masculina quanto feminina, em homenagem a deuses e ídolos. Observando-se o contexto histórico, social e cultural, não é difícil perceber que o texto bíblico é uma condenação sutil às práticas religiosas dos cananeus. Mesmo assim, é importante ressaltar a necessidade de uma análise mais apurada das traduções envolvendo os textos bíblicos, onde uma palavra mal traduzida pode levar a graves erros de interpretação. Interpretações estas que acarretam, acima de tudo, ódio, preconceito e sofrimento num mundo onde Jesus veio pregar o amor universal.
A palavra “abominação”, por exemplo, aparece nas Escrituras como se referindo à inúmeras coisas. Em Isaías 1:13, Deus diz:
 
(IS 1:13) "Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e as luas novas, e os sábados, e a convocação das assembléias; não posso suportar iniqüidade, nem mesmo a reunião solene."
 

Interpretando o real sentido da passagem, Deus detesta incenso. Já em Ezequiel 16:

(EZ 16:2) "Filho do homem, faze conhecer a Jerusalém as suas abominações."
 
No prosseguimento da passagem, fica claro que as “abominações” de Jerusalém são sua infidelidade para com Deus e a prática de sacrifícios de crianças, assassinatos e adultérios. Nesta passagem encontramos, inclusive, a descrição do pecado de Sodoma:

(EZ 16:49) "Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: Soberba, fartura de pão, e abundância de ociosidade teve ela e suas filhas; mas nunca fortaleceu a mão do pobre e do necessitado."
           
Este pecado é, novamente, descrito em Isaías 1:10-17, 3:9 e Jeremias 23:14.
Para uma elucidação maior acerca desta passagem, leia o referente à “abominação” descrita na Bíblia no link citado.
 
(1RS 14:24) "Havia também sodomitas na terra; fizeram conforme a todas as abominações dos povos que o SENHOR tinha expulsado de diante dos filhos de Israel."
 
Em I Reis 14:24, novamente surge o termo “sodomita”, mas de acordo com os estudiosos, esta passagem, originariamente, se referia ao templo de prostituição. A palavra original qadesh está mal traduzida como “sodomita” na versão atual da Bíblia, mas significa “prostituto masculino”, “culto de prostitutos masculinos” ou “santuário de prostitutos masculinos”. O texto nada diz sobre relacionamentos homossexuais consentidos.
Em suma:
A atividade de prostituição, tanto heterossexual quanto homossexual praticada nos templos por prostitutos masculinos e prostituas femininas está claramente proibida pelas Escrituras (Velho Testamento). Era o repúdio dos hebreus à idolatria (adoração de outros deuses que não o Deus de Israel).
É importante observar que a Lei Mosaica descrita em Levíticus não se aplica aos cristãos:

(GL 3:22) "Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes."
(GL 3:23) "Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar."
(GL 3:24) "De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados."
(GL 3:25) "Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio."

A fé nos liga à Cristo e não o Livro de Levíticus. Cristo trouxe para o homem a certeza de que o Amor é o caminho para se estar com Deus, falando sempre em justiça, perdão, fé e misericórdia.
A mesma passagem bíblica (Levíticus) cita outras condenações anunciadas por Deus:
- comer carne de porco (Levíticus 11:07)
- comer alguns frutos do mar (Levíticus 11:12)
- comer fruta de um árvore com menos de 05 anos (Levíticus 19:23)
- fazer cruzamento de raças de animais (Levíticus 19:19)
- cultivar duas plantas diferentes num mesmo jardim (Levíticus 19:19)
- usar uma vestimenta tecida com fios diferentes (Levíticus 19:19)
- ler o horóscopo, por exemplo, ou consultar uma cartomante (Levíticus 19:26)
- cortar o cabelo (Levíticus 19:27)
- raspar a barba (Levíticus 19:27)
- ser tatuado (Levíticus 19:28)
- semear a terra mais do que sete anos (Levíticus 25:04)
- nutrir mágoa de alguém (Levíticus 19:17)
- etc.
 
Muitas destas regras que aparecem em Levíticus e que se referem ao estado de pureza do homem deve ser interpretado à luz do tempo e do contexto no qual foram estabelecidos. O relacionamento homossexual era visto como algo fora do padrão aceito por aquela cultura, mas ressalte-se que sempre estava associado à prática da idolatria e à violência. Hoje, com exceção de alguns judeus ortodoxos, muitos estudioso tratam estas questões como interessantes dados históricos que já não fazem sentido quando literalmente aplicados em uma cultura científica e socialmente mais adiantada, conforme nossos dias.
Infelizmente, o erro maior dos fundamentalistas bíblicos está na inobservância do contexto cultural do tempo da criação da lei de Levíticus. O texto não explica porque é lícito comer peixe, mas é pecado comer carne de porco. O mesmo Levíticus não nos diz porque é proibido cortar o cabelo "arredondando os cantos da cabeça" ou raspar a barba, visto que não demonstra de onde adveio esta noção de proibidade. Se a barba é natural ao ser humano, sua sujeira também assim o é, devendo ser proibido, da mesma forma, o ato de se banhar e retirar o suor da pele. Se ao homem é lícito comer carne de carneiro por quê não pode comer carne de lebre? Existe a proibição, mas Deus não explica o porquê desta aversão à carne que Ele próprio colocou no mundo. é estranho descobrir um Deus que amaldiçoa sua própria Obra.
Curiosamente, o que se observa hoje é que todas estas proibições, com exceção da expressão da homossexualidade, foi esquecida. Corta-se o cabelo, faz-se a barba e come-se carne de porco ou lebre como se jamais tivessem sido estas práticas proibidas em Levíticus. Porém, a prática homossexual continua a ser apontada como impura perante os olhos de Deus porque é condenada em Levíticus, não importando as outras proibições, como se estas tivessem sido "revogadas" por Deus. Os textos bíblicos, entretanto, não especificam onde e de que maneira esta revogação supostamente aconteceu. Infelizmente, nem os próprios fundamentalistas sabem explicar isto. Não existe uma razão para se manter a proibição específica à homossexualidade e, por outro lado, desconsiderar as demais.
A questão principal é: aquele que não cumpre estas determinações de Deus já estaria condenado como pecador? Parece difícil, ou então, mais da metade da população da Terra estaria condenada, pois, dificilmente, nos dias de hoje, alguém abstém-se de cortar os cabelos por causa da Bíblia.
Grande parte das igrejas cristãs não utilizam o código judeu porque este não está mais ligado ao Cristianismo moderno. Hoje, cristãos que vão à missa, por exemplo, usam tatuagens, comem camarão ou carne de porco, usam roupas confeccionadas com algodão e poliéster etc. Porém, mesmo estando obsoleto para os cristãos, muitos clérigos ainda se utilizam das passagens deste código para atacar a homossexualidade, conforme suas interpretações pessoais.
Vamos colocar este texto sob o contexto da Bíblia como um todo. Não se pretende destacar um verso fora do contexto apenas, pois cada verso é uma parte de um grupo de centenas de regras e regulamentos chamados de “Lei”. Toda “lei” deve ser cumprida em sua íntegra, não sendo permitido cumprir “parte da lei”. Pelo menos é o que se pretende em relação às leis humanas. Acredita-se que com Deus não pode ser o contrário, pois então não seria infinitamente justo e bom.
Com relação à Levíticus, seu contexto está dentro dos seguintes capítulos:
01. Capítulos 1-7: regras sobre os diferentes tipos de oferendas e sacrifícios que deveriam ser feitos em preparação para a adoração a Deus.
02. Capítulos 8-10: regras para os sacerdotes com relação a oferendas e sacrifícios e outros deveres sacerdotais.
03. Capítulo 11: regras sobre comidas (alimentos) puros e impuros, sendo proibido comer carne de porco, camarão, e permitido comer escaravelhos gafanhotos e grilos.
04. Capítulo 12: regras sobre purificação de uma mulher depois do nascimento de uma criança e circuncisão de meninos como um dever.
05. Capítulo 13-14: regras relacionadas à desordens da pele, desde lepra até sarna, caspa, eczemas e manchas.
06. Capítulo 15: regras sobre purificação de mulheres depois de seu período menstrual e para homens com produção de prurido seminal.
07. Capítulo 16: mais regras sacerdotais
08. Capítulo 17: regras sobre não comer sangue
09. Capítulo 18: regras sobre sexo
10. Capítulo 19: regras sobre comportamento razoável com outros, não-cruzamento de animais ou mistura de frutos (enxertos são um pecado), não mistura de tecidos (poliéster ou algodão misturados, por exemplo), impedimento de corte de cabelos ou barba, entre outros.
11. Capítulo 20: regras sobre sexo: se um homem pratica sexo com uma mulher no seu período menstrual, ambos devem ser isolados do meio social, e se um casal comete adultério devem receber a pena capital.
12. Capítulo 25: regras sobre o uso da terra.
 
De acordo com os liberais, enquanto Jesus estava na Terra, a Lei ainda imperava. Entretanto, no momento em que ele cumpriu sua missão terrena, a Lei foi revogada. Depois de sua morte, a cortina que causava a separação entre Deus e homem foi aberta.
 
(RM 2:12) "Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados."
 
Assim, todo aquele que usar a lei, também a ela deverá obediência, bem como promover todos aqueles preceitos anteriormente citados, como adoração num tabernáculo, comer besouros e gafanhotos ao invés de camarão e carne de porco, por exemplo.
Parece ser um tanto difícil, hoje, com exceção dos judeus ortodoxos, encontrar algum cristão que pratique os preceitos de Levíticus em sua íntegra. Ao contrário, o que se vê é a utilização destes preceitos para condenar e julgar. Infelizmente, é o lado imperfeito do homem julgando o seu próximo.
Aquele que tentar justificar a proibição da homossexualidade através de Levíticus e outras passagens similares, está preso à necessidade de aderir toda a lei do Velho Testamento. Paulo deixa isso claro:
 
(GL 5:3) "E de novo protesto a todo o homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei."

Paulo lembra que quem quer que deseje seguir qualquer "parte" da Lei é um "devedor" de toda a lei.
A verdade maior do cristianismo está em Cristo, o qual preencheu a lei mosaica. A única lei que se deve seguir, agora, é a lei do Amor:

(RM 13:8) "A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei."
(RM 13:9) "Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo."
(RM 13:10) "O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor."


http://homossexualidade.sites.uol.com.br/index1.htm 


6. Ló fica bêbado e faz sexo em uma caverna. Com suas filhas

Gênesis, 19 versículos 30-36

“30 E subiu Ló de Zoar, e habitou no monte, e as suas duas filhas com ele; porque temia habitar em Zoar; e habitou numa caverna, ele e as suas duas filhas.
31 Então a primogênita disse à menor: Nosso pai já é velho, e não há homem na terra que entre a nós, segundo o costume de toda a terra;
32 Vem, demos de beber vinho a nosso pai, e deitemo-nos com ele, para que em vida conservemos a descendência de nosso pai.
33 E deram de beber vinho a seu pai naquela noite; e veio a primogênita e deitou-se com seu pai, e não sentiu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou.
34 E sucedeu, no outro dia, que a primogênita disse à menor: Vês aqui, eu já ontem à noite me deitei com meu pai; demos-lhe de beber vinho também esta noite, e então entra tu, deita-te com ele, para que em vida conservemos a descendência de nosso pai.
35 E deram de beber vinho a seu pai também naquela noite; e levantou-se a menor, e deitou-se com ele; e não sentiu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou.
36 E conceberam as duas filhas de Ló de seu pai.”

Quanto vinho um sujeito precisa beber para não ter noção de que suas filhas “deitaram-se” com ele? Quanto vinho tem que beber para não ter noção de que está fazendo sexo com alguém? Como recriminar sexo antes do casamento? Nota para os gays: Usem essa! Digam: “Pelo menos eu não faço sexo com meus pais como as filhas de Ló no Gênesis!”.

As Viagens de Paulo




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