Divulgação de todos os conhecimentos estruturadores do universo nas áreas da ciência, arte, filosofia e religião. Modelo estruturador universal ao qual a ciência denomina de frameworks. Estes, ativados, constituem os pólos magnéticos que estruturam toda a sabedoria universal.
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sexta-feira, 18 de julho de 2014
RELIGIÃO - ISLAMISMO - Conceito da Oração
Conceito da Oração
No ofício islâmico, em congregação, não há reis e
súditos, nem pobres e ricos, nem brancos e negros; não há primeira ou
Segunda classe, nem assentos reservados ou públicos. Todos os crentes
ficam de pé e agem lado a lado, da maneira mais disciplinada e exemplar,
longe de qualquer consideração mundana. As orações prescritas ao
muçulmano são em número de cinco, se não há possibilidade de realizá-las
nas Mesquitas, podem ser efetuadas em qualquer lugar onde o fiel
estiver quando a oração está no seu horário preceituado. A oração é a
primeira das adorações instituídas por Deus no Islam. E tamanha é a sua
importância que foi a única que não foi transmitida ao profeta Muhammad,
através do arcanjo Gabriel aqui na terra. A sua transmissão se deu no
céu, feita diretamente por Deus ao Seu Mensageiro, nos eventos
conhecidos como Al Isrá (A viajem noturna) e Al Miráj (A ascensão).
A oração é citada no Alcorão mais de 117 vezes, a sua finalidade está expressa neste versículo.
“Sou Deus. Não há divindade além de Mim ! Adora-Me, pois, e observa a oração, para celebrar o Meu nome.” (Alcorão Sagrado 20:14)
Sou Deus. Não há divindade além de Mim ! Adora-Me, pois, e observa a oração, para celebrar o Meu nome.” (Alcorão Sagrado 20:14)
A forma de fazê-la nos foi passada pelo profeta Muhammad, através da Sunnah. Disse o profeta Muhammad:
“Orai como me vistes orando.”
A oração é considerada a base fundamental da religião. Disse o profeta Muhammad:
“Para o muçulmano cair na heresia e no ateísmo, basta somente que ele deixe de cumprir as orações.”
Deus instituiu cinco orações diárias obrigatórias, onde o
muçulmano estabelece um elo, uma ligação direta entre ele e Deus, sem a
necessidade de intermediários para isto, onde ele expressa a sua
gratidão e amor a Deus, fortificando, dessa forma, o coração, o corpo e o
espírito. A oração islâmica é um conjunto perfeito, onde o muçulmano
alcança diversos benefícios, na parte espiritual, ele alcança paz de
espírito elevando-o, na parte física, ele realiza um exercício diário,
através dos seus movimentos, beneficiando com isso o seu corpo e é um
estimulo à utilização da sua razão, a partir do momento em que tem que
saber o que diz na oração, raciocinando em cima dos versículos que são
recitados na oração.
Logo, o muçulmano que pratica as cinco orações diárias está
reforçando, cinco vezes ao dia, a crença sobre a qual repousa a sua fé,
pois a prática da oração é um dos maiores sinais de fé, e a prova mais
óbvia da gratidão a Deus pelas Suas incontáveis graças. Nesses momentos,
o muçulmano é relembrado de que Deus o esta observando e ao seu
comportamento diário, assim, ele procurarará afastar-se de tudo aquilo
que é ilícito e fazer tudo aquilo que agrada a Deus.
“Recita o que te foi revelado do Livro e observa a oração,
porque a oração preserva o (homem) da obscenidade e do ilícito; mas, na
verdade, a recordação de Deus é o mais importante. Sabei que Deus está
ciente de tudo quanto fazeis.” (Alcorão Sagrado 29:45)
“Amparai-vos na perseverança e na oração. Sabei que ela (a
oração) é carga pesada, salvo para os humildes, Que sabem que
encontrarão o seu Senhor e a Ele retornarão.” (Alcorão Sagrado 2:45-46)
A oração nos treina todas as virtudes que tornam possível o
desenvolvimento de uma pessoa feliz, proporcionando equilíbrio e paz
interior.
Logo, podemos verificar o estímulo à oração feita em grupo,
onde os muçulmanos ficam alinhados em fileiras, simbolizando com isso a
igualdade que prevalece entre todos quando estão diante de Deus, não
havendo diferenças entre o rico e o pobre, o negro e o branco, nem
privilégios do governante para o governado.
A obrigatoriedade da oração recai sobre:
1- Os muçulmanos; homens e mulheres;
2- os que atingiram a puberdade;
3- os que gozam de plenas faculdades mentais.
A PURIFICAÇÃO
(tanto do local aonde irá realizar-se a oração, como das
roupas com as quais nós iremos rezar, como do nosso corpo através da
ablução ou do banho).
Uma das condições para se efetuar as orações é que o local
onde iremos orar esteja sem vestígios de impurezas. Da mesma forma, as
roupas com as quais iremos orar, têm que estar sem os vestígios de
impurezas. E em relação ao nosso corpo, temos que fazer a ablução, que é
uma lavagem parcial do corpo como descrito no versículo a seguir
“Ó fiéis sempre que vos dispuserdes a observar a oração,
lavai o rosto, as mãos e os antebraços até aos cotovelos; esfregai a
cabeça, com as mãos molhadas e lavai os pés, até aos tornozelos…”
(Alcorão Sagrado 5:6)
E só terá que renová-la para a próxima oração caso a
quebre. Isso se dá em caso de necessidades biológicas, dormir, desmaio
ou perda da consciência.
Existem situações em que, ao invés da ablução, temos que
tomar um banho completo para realizar as orações. Isto se dá em caso da
ejaculação provocada ou involuntária, após as relações sexuais, ao
término da menstruação e do pós-parto.
A CONDIÇÃO DE ESTAR DENTRO DO HORÁRIO DA HORAÇÃO
Deus prescreveu aos muçulmanos cinco orações diárias e determinou os seus respectivos horários, que são:
1º- A oração da Alvorada (Que começa com o alvorecer do dia e termina ao nascer do sol).
2º- A oração do Meio-dia (Que começa quando o sol atinge
seu ponto culminante, com a sombra em zero graus e termina quando a
sombra estiver do mesmo tamanho do objeto).
3º- A oração da Tarde (Que começa quando a sombra do objeto
estiver igual ao seu tamanho e termina quando a sombra se tornar o
dobro do objeto).
4º- A oração do Pôr do Sol, ou do Ocaso, ou do Crepúsculo,
(Que começa com o pôr do sol e termina com o desaparecimento do
crepúsculo vermelho ou seja daquela luminosidade avermelhada).
5º- A oração da Noite (Que começa quando se extinguir a
última luz refletida do sol e termina com o raiar da aurora). Logo, não é
permitido ao muçulmano fazê-las antes da entrada do seus respectivos
horários.
A CONDIÇÃO DE ESTAR POSICIONADO
Os muçulmanos de todos os cantos do planeta, ao realizarem
as suas orações, se voltam em direção a Makka, simbolizando dessa forma a
sua unidade, e seguindo a determinação de Deus, o Altíssimo:
“Orienta teu rosto (ao cumprir a oração) para a Sagrada
Mesquita (de Makka)! E vós (crentes), onde quer que vos encontreis,
orientai vossos rostos até ela.” (Alcorão Sagrado 2:144)
Quem desconhecer a sua direção deverá, através da dedução, direcionar-se para aquela que lhe parecer a mais acertada.
A título de curiosidade, os muçulmanos no início rezavam
direcionados a Jerusalém. Somente no segundo ano da Hégira foi ordenado
ao profeta Muhammad, mudar o seu direcionamento para Makka.
A CONDIÇÃO DE ESTAR VESTIDO ADEQUADAMENTE
O homem deve cobrir-se no mínimo do umbigo até o joelho, e a
mulher o corpo todo com exceção do rosto, das mãos e dos pés. Ambos não
deverão usar roupas transparentes ou apertadas que marquem o corpo.
Os muçulmanos tem uma oração semanal obrigatória, que é a
oração da sexta-feira, para todos os homens e mulheres que tenham
alcançado a puberdade e sejam residentes em um povoado. Que é realizada
no horário da oração da tarde, em substituição da mesma, que é
acompanhada da realização de um sermão feito pelo Sheikh, que consiste
em ensinamentos, aconselhamentos e orientações ao tratar de problemas
que ocorreram neste meio tempo na sociedade, ou lições ligadas ao Islam.
https://ummahbrasil.com/wp/artigos/conceito-da-oracao/
RELIGIÃO - ISLAMISMO - Conceito de Adoração
Conceito de Adoração
O conceito de adoração no Islam é mal interpretado por
muita gente, inclusive por alguns muçulmanos. Comumente, considera-se
adoração como tendo o significado do desempenho de atos rituais, tais
como, as orações, o jejum, a caridade.
Essa compreensão limitada da adoração é apenas uma parte do
significado que a adoração tem no Islam. É por isso que a sua definição
tradicional é de grande alcance, pois inclui quase tudo que se
relaciona com as atividades de qualquer individuo. A definição segue
mais ou menos assim: “A adoração é um termo abrangente, que incluí tudo
aquilo que Deus ama relativo às ações e aos dizeres externos e internos
de uma pessoa.” Em outras palavras, adoração é tudo aquilo que um
sujeito diz ou faz para agradar a Deus. É claro que isso inclui tanto os
rituais como as crenças, as atividades sociais e as contribuições
pessoais para o bem-estar de seus semelhantes.
O Islam olha para o indivíduo como um todo. Ele é
solicitado a se submeter completamente a Deus, segundo o al-Qur´an
instruiu o Profeta Mohammad a fazer:
“Dize: Minhas orações, minhas devoções, minha vida e minha
morte pertencem a Deus, Senhor do Universo, Que não possui parceiros.
Tal me tem sido ordenado e eu sou um dos muçulmanos.” (6ª Surata,
versículos 162-163)
O resultado natural dessa submissão é que as atividades do
indivíduo devem estar em conformidade com as instruções d´Aquele a Quem
ele está submetido. Por ser o Islam um modo de vida, exige que os seus
seguidores modelem suas vidas de acordo com os ensinamentos dele em
todos os aspectos, quer sejam religiosos ou quaisquer outros. Isso pode
soar esquisito para algumas pessoas que pensam que religião é uma
relação entre o indivíduo e Deus, que não tenha nenhuma concernência nas
atividades do indivíduo fora dos rituais.
Na realidade, o Islam não leva em conta meros rituais,
quando são executados mecanicamente e não têm influência sobre a vida
interior do sujeito. O al-Qur´an dirige-se aos fiéis e seus vizinhos, o
povo do Livro, uma vez que estes estavam argüindo com eles sobre a
mudança da direção da Quibla(diretriz para a oração) nos seguintes
versículos:
“A virtude não consiste só em que orienteis vossos rostos
até o levante ou o poente. A verdadeira virtude é a de quem crê em Deus,
no Dia do Juízo Final, nos anjos, no Livro e nos profetas; de quem
distribui seus bens em caridade por amor a Deus, entre parentes, órfãos,
necessitados, viajantes mendigos e em resgate de cativos. Aqueles que
observam a oração, pagam o zakat, cumprem os compromissos contraídos,
são pacientes na miséria e na adversidade ou durante o combate, são os
verdadeiros fiéis e são os que temem a Deus.” (2ª Surata, versículo 177)
Os atos nos versículos acima são os da virtude e são apenas
uma parte da adoração. O Profeta nos informou sobre a fé, a base da
adoração, dizendo: Ela é constituída de sessenta e poucas ramificações, o
ápice das quais é a crença na Unicidade de Deus, isto é, que não há
outra divindade além de Deus, e a mais baixa na escola da adoração é a
remoção de obstáculos do caminho das pessoas.”
Um trabalho decente é considerado no Islam um tipo de
adoração. O Profeta disse: “Aquele que, ao anoitecer se encontre cansado
por ter trabalhado, Deus lhe perdoará os pecados.” A busca do saber é
um dos mais elevados tipos de adoração. O Profeta informou os seus
companheiros de que: “Procurar o conhecimento é dever de todo muçulmanos
e muçulmana.” Em outra oportunidade ele disse: “A busca do saber por
uma hora é melhor do que orar setenta anos”. A cortesia e cooperação
sociais fazem parte da adoração quando forem dedicadas a Deus, de acordo
com o que o Profeta disse: “Receber o amigo com um sorriso é um tipo de
caridade; ajudar uma pessoa a colocar a carga num animal é uma caridade
e colocar um pouco de água mo balde do vizinho é uma caridade.”
Vale a pena notar que até mesmo quando uma pessoa cumpre
com suas obrigações, isso é considerado uma forma de adoração. O Profeta
disse que qualquer gasto que a pessoa tem com a família é um tipo de
caridade. Ele será recompensado por isso, se ganhou o dinheiro por meios
legais. A amabilidade com os membros da própria família é um tipo de
adoração. Também colocar um pouco de alimento na boca da esposa, de
acordo com uma tradição do Profeta é um tipo de adoração. Não apenas
esses, mas, até mesmo os atos que nos proporcionam prazer, se forem
executados de acordo com as instruções do Profeta, são considerados atos
de adoração. O Profeta informou seus companheiros que eles serão
recompensados até mesmo por terem mantido relações sexuais com suas
esposas. Os companheiros ficaram abismados e perguntaram: Como poderemos
ser recompensados por fazermos algo que nos proporciona deleite?” O
Profeta lhes perguntou: Suponhamos que satisfizésseis vossos desejos
ilicitamente, vós não sereis punidos por isso?” Responderam: “Sim”.
“Portanto”, ele disse: “Por satisfazê-los, licitamente, com vossas
esposas sereis recompensados”. Isso significa que são atos de adorações.
Dessa maneira, o Islam não considera o sexo uma coisa suja,
que deve ser evitada. Ele é sujo e pecaminoso somente quando é
praticado fora da vida matrimonial.
Ficou claro da exposição precedente que o conceito de
adoração no Islam é amplo e inclui todas as atividades positivas do
indivíduo. Claro que isso está de acordo coma a natureza plenamente
abrangente do Islam como um modo de vida. Ele regula a vida humana em
todos os níveis, individual, social, econômico, político e espiritual. É
por isso que o Islam providencia a orientação para os menores detalhes
da vida do individuo em todos os níveis. Por conseguinte, seguir esses
detalhes é seguir as instruções Islâmicas nessa área específica. É um
elemento muito encorajador quando se fica sabendo que todas essas
atividades são consideradas por Deus atos de adoração. Isso deve motivar
o individuo a procurar agradar a Deus em suas ações e a tentar fazê-las
da melhor maneira possível, quer esteja a sós. Sempre há o Supervisor
Permanente que sabe de todas as coisas que, nomeadamente, é Deus.
Por haver tratado da adoração não ritual no Islam em
primeiro lugar, isto não significa uma subestimação da importância das
adorações rituais. Realmente, as adorações rituais, se forem cumpridas
num espírito verdadeiro, elevam o homem, moral e espiritualmente e lhe
possibilitam levar a cabo suas atividades em todas as jornadas da vida,
de acordo com a orientação de Deus. Entre as adorações rituais, a oração
ocupa a posição chave por duas razões: Em primeiro lugar, ela é a marca
que distingue o fiel. Em segundo lugar, ela impede o individuo de todos
os gêneros de abominação e vícios, providenciando-lhe chances de uma
comunicação direta com o seu Criador, cinco vezes ao dia, quando renova o
seu pacto com Deus e busca a Sua orientação repetidas vezes:
“Só a Ti adoramos e só de Ti imploramos ajuda. Guia-nos à senda reta.” (al-Qur´an Sagrado, 1ª Surata, versículos 4-5)
Na realidade, a oração é a primeira manifestação prática de
fé e, a primeiríssima das condições básicas para o sucesso dos fiéis:
“É certo que prosperarão os fiéis, que são humildes em suas orações.” (23ª Surata, versículos 1-2)
O mesmo fato foi enfatizado pelo Profeta, de uma maneira diferente. Ele disse:
“Aqueles que praticam a oração com grande atenção e
pontualidade, verificarão que ela é uma luz, uma prova de sua fé e a
causa de sua salvação no Dia do Juízo Final”.
Após a oração, o zakat(tributo) é um importante pilar do
Islam. No al-Qur´an, na maioria das vezes, oração e zakat têm sido
mencionados juntos. Como a oração, o zakat é uma manifestação de fé
afirma que Deus é o Único Senhor do Universo, e que aquilo que está nas
mãos do homem foi-lhe confiado por Deus, que o fez depositário dele,
como Ele dispôs no al-Qur´an Sagrado:
“Crede em Deus e em Seu mensageiro e fazei caridade daquilo que Ele vos fez depositários.” (57ª Surata, versículo 7)
A esse respeito, o zakat é um ato de devoção que, como a oração, traz o fiel para mais perto de seu Senhor.
À parte disso, o zakat é um meio de redistribuição da
riqueza, de uma maneira que reduz as diferenças entre as classes e os
grupos. Ele presta uma razoável contribuição para a estabilidade social.
Purgando as almas dos ricos do egoísmo e as almas dos pobres da inveja e
do ressentimento contra a sociedade, ele interrompe os canais que
conduzem ao ódio de classes e faz com que os mananciais de fraternidade e
solidariedade jorrem. Tal estabilidade não se acha meramente baseada
nos sentimentos pessoais dos ricos; apoia-se num direito firmemente
estabelecido que, se os ricos o negarem, será exigido pela força, se
necessário.
O jejum durante o mês de Ramadan é outro pilar do Islam. A
principal função do jejum é fazer o muçulmano puro “por dentro”, assim
como outros aspectos da chari´a (doutrina) o fazem puro “por fora”. Por
causa de tal pureza ele se corresponde com o que é verdadeiro e bom e se
afasta do que é falso e maligno. Isso é o que podemos compreender do
versículo alcorânico:
“Ó fiéis, está-vos prescrito o jejum, tal como foi
prescrito a vossos antepassados, para que temais a Deus.” (2ª Surata,
versículo 183)
Numa citação autêntica, o Profeta relatou que Deus disse:
“O homem suspende a sua alimentação, bebida e satisfação sexual por Minha causa”.
Portanto, a sua recompensa será de acordo com a grandiosa generosidade de Deus.
Além do mais, o jejum desperta a consciência do indivíduo e
lhe proporciona a oportunidade de se exercitar numa experiência
conjunta com toda a sociedade, ao mesmo tempo, acrescentando assim mais
força a cada indivíduo. Além disso, o jejum oferece descanso compulsório
cuja duração é de um mês inteiro para a sobrecarregada máquina humana.
Semelhantemente, o jejum relembra o indivíduo daqueles que estão
privados das necessidades da vida durante o ano ou por toda a vida. Ele
faz que o indivíduo se conscientize do sofrimento dos outros e dos
irmãos no Islam menos afortunados e, dessa maneira, promove nele um
sentimento de simpatia e generosidade em relação a eles.
Finalmente, chegamos à peregrinação (Hajj) para a Casa de
Deus em Makkah. Esse importantíssimo pilar do Islam é uma manifestação
de união excepcional que dissipa todas as espécies de diferenças.
Muçulmanos de todos os cantos do mundo, vestindo a mesma roupa,
respondem ao chamamento do Hajj, numa só voz e língua: Labbaika
allahumma labaik (Eis-me aqui ó Deus!). Na peregrinação há um ritual de
estrita autodisciplina e controle, onde não somente as coisas sagradas
são reverenciadas, mas até mesmo as vidas das plantas e dos pássaros são
tornadas invioláveis, para que tudo viva em segurança:
“Quanto àquele que enaltecer os ritos sagrados de Deus,
será melhor para ele aos olhos de seu Senhor.” (22ª Surata, versículo
30)
A peregrinação dá a oportunidade a todos os muçulmanos de
todos os grupos, de todas as classes de todas as organizações e aos
governos de todas as partes do mundo muçulmano para se encontrarem
anualmente num grande Congresso. O tempo e o lugar desse Congresso foi
estabelecido por seu Único Deus. O convite para participar dele é
franqueado a todo muçulmano. Ninguém tem poderes para barrar quem quer
que seja. Todo muçulmano que vier participar dele terá a sua segurança e
liberdade garantidos, enquanto ele próprio não violar a segurança do
Congresso.
Dessa forma, a adoração no Islam, quer seja ela ritual ou
não ritual, treina o indivíduo de uma tal maneira, que ele ama mais
ainda o seu Criador e , conseqüentemente, ganha uma vontade e um
espírito indômitos para extirpar toda a malignidade e opressão da
sociedade humana e para fazer que a palavra de Deus seja a dominante no
mundo.
O conceito de adoração no Islam é mal interpretado por
muita gente, inclusive por alguns muçulmanos. Comumente, considera-se
adoração como tendo o significado do desempenho de atos rituais, tais
como, as orações, o jejum, a caridade.
Essa compreensão limitada da adoração é apenas uma parte do
significado que a adoração tem no Islam. É por isso que a sua definição
tradicional é de grande alcance, pois inclui quase tudo que se
relaciona com as atividades de qualquer individuo. A definição segue
mais ou menos assim: “A adoração é um termo abrangente, que incluí tudo
aquilo que Deus ama relativo às ações e aos dizeres externos e internos
de uma pessoa.” Em outras palavras, adoração é tudo aquilo que um
sujeito diz ou faz para agradar a Deus. É claro que isso inclui tanto os
rituais como as crenças, as atividades sociais e as contribuições
pessoais para o bem-estar de seus semelhantes.
O Islam olha para o indivíduo como um todo. Ele é
solicitado a se submeter completamente a Deus, segundo o al-Qur´an
instruiu o Profeta Mohammad a fazer:
“Dize: Minhas orações, minhas devoções, minha vida e minha
morte pertencem a Deus, Senhor do Universo, Que não possui parceiros.
Tal me tem sido ordenado e eu sou um dos muçulmanos.” (6ª Surata,
versículos 162-163)
O resultado natural dessa submissão é que as atividades do
indivíduo devem estar em conformidade com as instruções d´Aquele a Quem
ele está submetido. Por ser o Islam um modo de vida, exige que os seus
seguidores modelem suas vidas de acordo com os ensinamentos dele em
todos os aspectos, quer sejam religiosos ou quaisquer outros. Isso pode
soar esquisito para algumas pessoas que pensam que religião é uma
relação entre o indivíduo e Deus, que não tenha nenhuma concernência nas
atividades do indivíduo fora dos rituais.
Na realidade, o Islam não leva em conta meros rituais,
quando são executados mecanicamente e não têm influência sobre a vida
interior do sujeito. O al-Qur´an dirige-se aos fiéis e seus vizinhos, o
povo do Livro, uma vez que estes estavam argüindo com eles sobre a
mudança da direção da Quibla(diretriz para a oração) nos seguintes
versículos:
“A virtude não consiste só em que orienteis vossos rostos
até o levante ou o poente. A verdadeira virtude é a de quem crê em Deus,
no Dia do Juízo Final, nos anjos, no Livro e nos profetas; de quem
distribui seus bens em caridade por amor a Deus, entre parentes, órfãos,
necessitados, viajantes mendigos e em resgate de cativos. Aqueles que
observam a oração, pagam o zakat, cumprem os compromissos contraídos,
são pacientes na miséria e na adversidade ou durante o combate, são os
verdadeiros fiéis e são os que temem a Deus.” (2ª Surata, versículo 177)
Os atos nos versículos acima são os da virtude e são apenas
uma parte da adoração. O Profeta nos informou sobre a fé, a base da
adoração, dizendo: Ela é constituída de sessenta e poucas ramificações, o
ápice das quais é a crença na Unicidade de Deus, isto é, que não há
outra divindade além de Deus, e a mais baixa na escola da adoração é a
remoção de obstáculos do caminho das pessoas.”
Um trabalho decente é considerado no Islam um tipo de
adoração. O Profeta disse: “Aquele que, ao anoitecer se encontre cansado
por ter trabalhado, Deus lhe perdoará os pecados.” A busca do saber é
um dos mais elevados tipos de adoração. O Profeta informou os seus
companheiros de que: “Procurar o conhecimento é dever de todo muçulmanos
e muçulmana.” Em outra oportunidade ele disse: “A busca do saber por
uma hora é melhor do que orar setenta anos”. A cortesia e cooperação
sociais fazem parte da adoração quando forem dedicadas a Deus, de acordo
com o que o Profeta disse: “Receber o amigo com um sorriso é um tipo de
caridade; ajudar uma pessoa a colocar a carga num animal é uma caridade
e colocar um pouco de água mo balde do vizinho é uma caridade.”
Vale a pena notar que até mesmo quando uma pessoa cumpre
com suas obrigações, isso é considerado uma forma de adoração. O Profeta
disse que qualquer gasto que a pessoa tem com a família é um tipo de
caridade. Ele será recompensado por isso, se ganhou o dinheiro por meios
legais. A amabilidade com os membros da própria família é um tipo de
adoração. Também colocar um pouco de alimento na boca da esposa, de
acordo com uma tradição do Profeta é um tipo de adoração. Não apenas
esses, mas, até mesmo os atos que nos proporcionam prazer, se forem
executados de acordo com as instruções do Profeta, são considerados atos
de adoração. O Profeta informou seus companheiros que eles serão
recompensados até mesmo por terem mantido relações sexuais com suas
esposas. Os companheiros ficaram abismados e perguntaram: Como poderemos
ser recompensados por fazermos algo que nos proporciona deleite?” O
Profeta lhes perguntou: Suponhamos que satisfizésseis vossos desejos
ilicitamente, vós não sereis punidos por isso?” Responderam: “Sim”.
“Portanto”, ele disse: “Por satisfazê-los, licitamente, com vossas
esposas sereis recompensados”. Isso significa que são atos de adorações.
Dessa maneira, o Islam não considera o sexo uma coisa suja,
que deve ser evitada. Ele é sujo e pecaminoso somente quando é
praticado fora da vida matrimonial.
Ficou claro da exposição precedente que o conceito de
adoração no Islam é amplo e inclui todas as atividades positivas do
indivíduo. Claro que isso está de acordo coma a natureza plenamente
abrangente do Islam como um modo de vida. Ele regula a vida humana em
todos os níveis, individual, social, econômico, político e espiritual. É
por isso que o Islam providencia a orientação para os menores detalhes
da vida do individuo em todos os níveis. Por conseguinte, seguir esses
detalhes é seguir as instruções Islâmicas nessa área específica. É um
elemento muito encorajador quando se fica sabendo que todas essas
atividades são consideradas por Deus atos de adoração. Isso deve motivar
o individuo a procurar agradar a Deus em suas ações e a tentar fazê-las
da melhor maneira possível, quer esteja a sós. Sempre há o Supervisor
Permanente que sabe de todas as coisas que, nomeadamente, é Deus.
Por haver tratado da adoração não ritual no Islam em
primeiro lugar, isto não significa uma subestimação da importância das
adorações rituais. Realmente, as adorações rituais, se forem cumpridas
num espírito verdadeiro, elevam o homem, moral e espiritualmente e lhe
possibilitam levar a cabo suas atividades em todas as jornadas da vida,
de acordo com a orientação de Deus. Entre as adorações rituais, a oração
ocupa a posição chave por duas razões: Em primeiro lugar, ela é a marca
que distingue o fiel. Em segundo lugar, ela impede o individuo de todos
os gêneros de abominação e vícios, providenciando-lhe chances de uma
comunicação direta com o seu Criador, cinco vezes ao dia, quando renova o
seu pacto com Deus e busca a Sua orientação repetidas vezes:
“Só a Ti adoramos e só de Ti imploramos ajuda. Guia-nos à senda reta.” (al-Qur´an Sagrado, 1ª Surata, versículos 4-5)
Na realidade, a oração é a primeira manifestação prática de
fé e, a primeiríssima das condições básicas para o sucesso dos fiéis:
“É certo que prosperarão os fiéis, que são humildes em suas orações.” (23ª Surata, versículos 1-2)
O mesmo fato foi enfatizado pelo Profeta, de uma maneira diferente. Ele disse:
“Aqueles que praticam a oração com grande atenção e
pontualidade, verificarão que ela é uma luz, uma prova de sua fé e a
causa de sua salvação no Dia do Juízo Final”.
Após a oração, o zakat(tributo) é um importante pilar do
Islam. No al-Qur´an, na maioria das vezes, oração e zakat têm sido
mencionados juntos. Como a oração, o zakat é uma manifestação de fé
afirma que Deus é o Único Senhor do Universo, e que aquilo que está nas
mãos do homem foi-lhe confiado por Deus, que o fez depositário dele,
como Ele dispôs no al-Qur´an Sagrado:
“Crede em Deus e em Seu mensageiro e fazei caridade daquilo que Ele vos fez depositários.” (57ª Surata, versículo 7)
A esse respeito, o zakat é um ato de devoção que, como a oração, traz o fiel para mais perto de seu Senhor.
À parte disso, o zakat é um meio de redistribuição da
riqueza, de uma maneira que reduz as diferenças entre as classes e os
grupos. Ele presta uma razoável contribuição para a estabilidade social.
Purgando as almas dos ricos do egoísmo e as almas dos pobres da inveja e
do ressentimento contra a sociedade, ele interrompe os canais que
conduzem ao ódio de classes e faz com que os mananciais de fraternidade e
solidariedade jorrem. Tal estabilidade não se acha meramente baseada
nos sentimentos pessoais dos ricos; apoia-se num direito firmemente
estabelecido que, se os ricos o negarem, será exigido pela força, se
necessário.
O jejum durante o mês de Ramadan é outro pilar do Islam. A
principal função do jejum é fazer o muçulmano puro “por dentro”, assim
como outros aspectos da chari´a (doutrina) o fazem puro “por fora”. Por
causa de tal pureza ele se corresponde com o que é verdadeiro e bom e se
afasta do que é falso e maligno. Isso é o que podemos compreender do
versículo alcorânico:
“Ó fiéis, está-vos prescrito o jejum, tal como foi
prescrito a vossos antepassados, para que temais a Deus.” (2ª Surata,
versículo 183)
Numa citação autêntica, o Profeta relatou que Deus disse:
“O homem suspende a sua alimentação, bebida e satisfação sexual por Minha causa”.
Portanto, a sua recompensa será de acordo com a grandiosa generosidade de Deus.
Além do mais, o jejum desperta a consciência do indivíduo e
lhe proporciona a oportunidade de se exercitar numa experiência
conjunta com toda a sociedade, ao mesmo tempo, acrescentando assim mais
força a cada indivíduo. Além disso, o jejum oferece descanso compulsório
cuja duração é de um mês inteiro para a sobrecarregada máquina humana.
Semelhantemente, o jejum relembra o indivíduo daqueles que estão
privados das necessidades da vida durante o ano ou por toda a vida. Ele
faz que o indivíduo se conscientize do sofrimento dos outros e dos
irmãos no Islam menos afortunados e, dessa maneira, promove nele um
sentimento de simpatia e generosidade em relação a eles.
Finalmente, chegamos à peregrinação (Hajj) para a Casa de
Deus em Makkah. Esse importantíssimo pilar do Islam é uma manifestação
de união excepcional que dissipa todas as espécies de diferenças.
Muçulmanos de todos os cantos do mundo, vestindo a mesma roupa,
respondem ao chamamento do Hajj, numa só voz e língua: Labbaika
allahumma labaik (Eis-me aqui ó Deus!). Na peregrinação há um ritual de
estrita autodisciplina e controle, onde não somente as coisas sagradas
são reverenciadas, mas até mesmo as vidas das plantas e dos pássaros são
tornadas invioláveis, para que tudo viva em segurança:
“Quanto àquele que enaltecer os ritos sagrados de Deus,
será melhor para ele aos olhos de seu Senhor.” (22ª Surata, versículo
30)
A peregrinação dá a oportunidade a todos os muçulmanos de
todos os grupos, de todas as classes de todas as organizações e aos
governos de todas as partes do mundo muçulmano para se encontrarem
anualmente num grande Congresso. O tempo e o lugar desse Congresso foi
estabelecido por seu Único Deus. O convite para participar dele é
franqueado a todo muçulmano. Ninguém tem poderes para barrar quem quer
que seja. Todo muçulmano que vier participar dele terá a sua segurança e
liberdade garantidos, enquanto ele próprio não violar a segurança do
Congresso.
Dessa forma, a adoração no Islam, quer seja ela ritual ou
não ritual, treina o indivíduo de uma tal maneira, que ele ama mais
ainda o seu Criador e , conseqüentemente, ganha uma vontade e um
espírito indômitos para extirpar toda a malignidade e opressão da
sociedade humana e para fazer que a palavra de Deus seja a dominante no
mundo.
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RELIGIÃO - ISLAMISMO - A Sunnah e o Muslim
A Sunnah e o Muslim
O Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, recebeu a
última Mensagem divina para a humanidade. Allah, Subhanahu wa Ta’Ala,
fez do Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, um ser humano
perfeito. Toda a estrutura religiosa, moral, social, econômica e
política encontra-se no Alcorão, como também na Sunna do Profeta
Muhammad, salalahu aleihi wa salam. Nesse aspecto, o muslim encontra na
pessoa do Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, um modelo perfeito
de ser humano, ou seja, muito do que um ser humano normal poderia fazer
ele fez, casou-se, teve filhos, perdeu entes queridos, guerreou,
governou, perdoou, chorou, enfim, um ser humano exemplo. Como dizem os
sábios, o Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, é a personificação
do Alcorão. Tudo o que ele disse ou fez encontra-se documentado e
compilado, ou seja, são os Ahadice.
Muitos desses ditos e práticas foram compilados pelos
colecionadores de ahadice de forma muito meticulosa. Alguns
colecionadores viajaram por terras distantes para colher um único
hadice, bem como também arriscaram suas vidas, não só na busca de novos
ditos, mas também para preservá-los dos inimigos do Islam. Podemos entao
afirmar que a Ummah recebeu este “tesouro da humanidade”, como dizia
Mahatma Ghandi ao se referir aos ahadice, do Profeta Muahammas, salalahu
aleihi wa salam, por intermédio dos colecionadores de ahadice.
Toda a vida do Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam,
foi dedicado ao serviço de Allah, Subhanahu wa Ta’Ala, que era
justamente admoestar a humanidade para a pureza dos versículos do
Alcorão, orientar a humanidade para que tivessem a “fórmula” certa para
uma vida terrena livre do ilícito e preparatória para a Outra Vida. Diz
Allah, Ta’Ala, no Alcorão: “..Bem-aventurado aquele que se purificar, e
mencionar o Nome do seu Senhor e orar! Entretanto, vós, preferis a vida
terrena, ainda que a Outra seja preferível, e mais duradoura!…”
(Alcorão, 87:14-17).
É uma pena a constatação de que alguns muçulmanos
absorveram a tendência ocidental de que é radical e extremista o
religioso que segue à risca a sua religião. No ocidente há a
diferenciação entre o sacerdote e o fiel das religiões, ou seja, o
sacerdote se dedica integralmente à causa de Allah, Ta’Ala, e o fiel
segue cegamente o que o sacerdote fala. Se pegarmos o exemplo da Igreja
Católica podemos nitidamente ver a diferença. O Padre vive pela causa de
Allah, Ta’Ala; estuda outras línguas para o contato com obras
teológicas, como, por exemplo, em latim ou em grego; usa roupas
diferentes para os ritos, enfim, aprofunda-se nas escrituras e no estudo
teológico. O muçulmano, teoricamente, não faz distinção de ser
sacerdote ou não; ele geralmente aprende o árabe para melhor estudar o
Islam, pode vir a usar roupas diferentes, assim como a túnica
recomendada pelo Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam; enfim, se
aprofunda nos estudos teológicos. Esse comparativo também podemos fazer
entre as freiras e as muçulmanas.
Contudo, essa tendência de que “somente deve seguir ao pé
da letra o sacerdote” já está no Islam, e principalmente na comunidade
árabe brasileira. Podemos constatar isso até nas afirmações do Sr. Ahmed
Aref, Presidente da Sociedade Beneficente Muçulmana do Brasil de que
quem faz as cinco orações obrigatórias é o muslim que segue ao pé da
letra. Nem seria necessário contestar essa informação, pois qualquer
muslim recém-revertido aprende que as cinco orações são um pilar do
Islam e não são opicionais. Uma afirmação dessa faz cair por terra todo o
sacrifício do Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, bem como de
seus companheiros, radia alahu ‘anhu, e dos colecionadores e
preservadores dos ahadice, em cumprir suas missões de divulgar e
preservar a Mensagem.
O Islam não precisa de um “terno e gravata” para se
apresentar ao Ocidente. O Islam não precisa só de uma divulgação
excessiva. A melhor forma de divulgação do Islam é praticá-lo
estritamente. E para praticá-lo devemos preservar os ensinamentos
originais do Islam. Nos dias atuais não há uma guerra específica e
aberta contra o Islam a fim de se destruir os ensinamentos islâmicos
matando os muçulmanos e queimando seus livros. Hoje em dia não
precisamos preservar os ensinamentos originais do Islam com nossas
próprias vidas, e sim devemos preservá-los praticando-os, observando as
nossas obrigações como muçulmanos. Li uma vez na internet um rapaz
dizendo que a melhor maneira de derrotar o Islam é perverter os
muçulmanos, é desviá-los dos ensinamentos, pois estes são o laço mais
forte entre o Islam e os muslims. Para travarmos essa guerra e sairmos
vitoriosos basta praticarmos o Islam. Isso não é ser radical ou
extremista, ou até pé da letra, como sugeriu o Sr. Ahmed Aref, isso é
dar o devido valor ao sangue dos muçulmanos que foi derramado em prol da
preservação do Islam.
Enfim, praticando os ensinamentos alcorânicos e a sunna o
muslim não só preserva a Palavra de Allah Ta’ Ala e os ensinamentos do
Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, como também acaba divulgando
o Islam.
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RELIGIÃO - ISLAMISMO - Islam, Um Código de Vida
Islam, Um Código de Vida
O Islam é uma linha de conduta para uma vida humana
real em todos os seus meandros, o que inclui a concepção de crença. Esta
concepção explica a natureza da existência e precisa o lugar do ser
humano dentro ela. Também estabelece o objetivo da existência e o que há
por trás dela. Inclui, ainda, os sistemas e controles tangíveis, que se
apoiam em tal concepção de crença. Por esse motivo, esta crença cresce
nos níveis alardeados pela imprensa, de que é exemplo a abordagem da
revista Veja da semana passada, que chama a atenção para a nova
colocação do Islam em um dado rank de competição entre ideologias e
religiões.
São as necessidades prementes humanas, clamando por
satisfação coerente de todos os aspectos da existênncia e que atendam
aos seus reais desejos e necessidades, que elegeram, após o conhecimento
de causa, a linha de conduta do Islam. É inconcebível para um
discernente haver um paraíso mais adiante, e onde quer que esteja,
dissociado de uma prática baseada na mudança no dia-a-dia das pessoas.
Quaisquer outras crenças carecem das qualidades acima
citadas, o que explica perfeitamente as tentativas de se limitar o Islam
a um círculo de relação intimista entre a criatura e o criador, e o seu
afastamento da participação nas atividades humanas. Os que abraçam o
Islam o fazem pela coerência de seus ensinamentos, em contrapartida a
outros colhidos aqui e acolá, nascidos de concepções díspares e adotados
para preenchimento de vazios das maneiras de ser, propostos para um ser
humano idealizado que não é senão acidental.
A humanidade, inquestionavelmente, necessita do Islam,
motivo pelo qual os corações atordoados aquietam-se tão-somente com o
bálsamo dos ensinamentos deste din (conduta na e para a vida). É das
qualidaddes deste din que extraímos as certezas de nosso papel neste
mundo e nesta existência, para os quais somos chamados, a despeito das
desqualificações alegadas por quem quer que seja.
A humanidade pode prosseguir com a adoção de experimentos
diversos, que resultam apenas na passagem de um ciclo para outro
naquilo, que muito agrada aos estudiosos classificar. O Islam não é um
ciclo histórico, nem tão pouco um estereótipo a ser adotado por um grupo
de pessoas: é um sistema fixo de vida revelado por Deus para a sempre
mutável vida humana.
Esse conjunto de conduta para a vida humana é uma verdade
da criação posta frente à humanidade, tal qual as leis físico-químicas
enunciadas nos alfarrábios dos cientistas.
Diante disso, as pessoas ou se encaminham numa sistemática
da Ignorância (jehiliát), ou conforme o din do Islam, que está de acordo
com as leis da criação, criada por um só criador.
Há uma verdade elementar, a ponto de passar imperceptível a
muitos. É a de que é inviável haver uma religião vinda de Deus que
trate tão-somente do além, ou das relações intimistas da criatura com o
seu criador, coexistindo com outra que não é de Deus, e que trate das
outras relações da vida dos seres humanos. É hilária tal concepção, a
despeito de ser a que vigora entre muitos. Pois disto, deduz-se que Deus
é uma parte que supervisiona e cuida de determinados aspectos da vida e
é incapaz de propor normas e referências para outros, cujas relações o
ser humano decidiu normatizá-las. Garanto que, uma vez chamados à
reflexão, os praticantes de tais estilos de raciocínio e conduta,
haverão de rir de si mesmos.
O ser humano hormal não pode ser esquizofrênico, ou
submetido à “esquizofrenização”. É o que ocorre, quando a sua
consciência é regida por uma religião, e os seus demais atos do
dia-a-dia são submetidos e regidos por outra referência, sendo que cada
qual advém de fontes distintas. É por isso que a revelação divina se fez
para ser obedecida e não para servir de parábolas para a apreciação em
clubes templares.
O Islam contém esta verdade e força o seu adepto a perceber
a real relação da criatura com o seu criador e com o restante da
criação.
Não há necessidade de nos alongarmos neste assunto, pois
não faz nenhum sentido uma crença cuidar de um setor que conduza ao
além, deixando de passar pela vida das pessoas, que aguardarão o paraíso
sem ter que participar do dia-a-dia da existência humana. A isto,
chama-se cerimônias, e o Islam não é uma religião de cerimônias.
Viver uma vida cerimoniosa, elaborada, a princípio, para
preencher e até servir, ao se contrapor à realidade do ser humano só
pode gerar dicotomias no eu de cada um. É indispensável a vitória do ser
humano, pois este é o fundamenntal e a sua natureza é mais sólida do
que manifestações temporárias de comportamentos ditados pela cultura
adquirida.
Pedir ao muçulmano que deixe de referenciar o Islam na
coisa pública é animalizá-lo, a exemplo da participação do animal no
mundo em que este existe. O Islam é a referência do muslim onde quer que
esteja. Ele não é um robô chamado de cidadão, que se insere num
determinado lugar e não é passível de inserção em outro, especialmente,
se os interesses e o que é justo para o cidadão A se confrontam com os
interesses e o sentido de justiça do cidadão B. Ser bom cidadão no
“primeiro mundo” implica em sorver os recursos dos últimos-mundistas.
Ser muslim é pautar a vida em prol do justo-verídico Al haq, que é um
dos atributos de Deus. Deus é o Justo e é o Verídico. Deus ordena o
justo. Deus ordena que o muslim o seja onde quer que esteja, com A ou B.
Daí, ser o Islam a referência asseguradora da justiça, onde quer que
esteja, o que muito desagrada aos injustos.
A justiça, no conceito ora vigente aqui e ali, só é
alcançável com a igualdade dos indivíduos que, para estes, só é possível
com a liberdade de crença. Os não muçulmanos que tentaram por em
prática tais princípios, só o conseguiram mediante a supressão das
próprias crenças no contexto de suas leis.
O Islam transpôs esta dificuldade quando considerou as leis
islâmicas como leis civis a serem cumpridas tanto por muçulmanos como
por não muçulmanos. Não há como igualar a crença do muçulmano com a do
não muçulmano. Se igualar os equiparáveis é ser justo, o mesmo não
ocorre quando se iguala os não equiparáveis. É alegando a teocracia do
Islam que se tenta encobrir o absurdo posto acima. É indispensável
repetir que a shariah é uma lei civil a ser seguida tal e qual qualquer
outra lei civil, que exige ser cumprida onde vigora ou por quem quer ser
justo.
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RELIGIÃO - ISLAMISMO - A Necessidade do Hajj
A Necessidade do Hajj
O Hajj foi tornado obrigatório no ano nove D. H.
(depois da Hégira), o ano das deputações (al-Wufud), em que a Surat
(capitulo) Al ‘Imrán foi revelada, e onde Allah (DEUS) diz: “E o Hajj
(Peregrinação a Meca) a Casa (Ka’bah) é um dever que a humanidade deve a
Allah (DEUS), aqueles que podem suportar as despesas (do seu
transporte, provisão e residência).” (Al ‘Imrán 3:97).
O Hajj é um faridah (dever obrigatório), um dos pilares do
Islam. A prova (dalil) disto é o ayah (Versículo) em cima mencionado,
havendo também provas na Sunnah, que indica a mesma coisa. Ibn ‘Umar
(que Allah esteja satisfeito com ambos) disse: o Mensageiro de Allah
(que a paz e as benções de Allah estejam com ele) disse:
“O Islam assenta em cinco pilares:
testemunhar que não há outra divindade senão Allah e que Muhamamad é o Mensageiro de Allah,
praticar a oração regular,
jejuar no mês do Ramadan,
pagar a Zakat, e
fazer o Hajj”.(Narrado por al-Bukhaari, 8; Muslim, 16).
“O Islam assenta em cinco pilares:
testemunhar que não há outra divindade senão Allah e que Muhamamad é o Mensageiro de Allah,
praticar a oração regular,
jejuar no mês do Ramadan,
pagar a Zakat, e
fazer o Hajj”.(Narrado por al-Bukhaari, 8; Muslim, 16).
Assim que houver possibilidades o Hajj deve ser feito
imediatamente. A prova disto é o ayah em cima mencionado. Isto (fazer
coisas imediatamente) é o princípio orientador respeitante às ordens da
Chari’ah. A prova na Sunnah que isto indica é a que se segue:
Abu Hurayrah (que Allah esteja satisfeito com ele) disse: O
Mensageiro de Allah (que a paz e as benções de Allah estejam com ele)
proferiu um sermão (Khutbah) e disse: “Ó Povo, Allah ordenou-vos o Hajj,
por isso, fazei o Hajj”.(Narrado por Muslim, 1337).
Ibn ‘Abbaas (que Allah esteja satisfeito com ele) disse: O
Mensageiro de Allah (que a paz e as benções de Allah estejam com ele)
disse: “Quem quer que deseje fazer o Hajj, que se apresse a fazê-lo,
porque pode cair doente ou podem surgir alguns outros
problemas”.(Narrado por Abu Dawood, 1732, sem a frase “porque pode…”
também narrado por Ibn Maajah, 2883 e Ahmad, 1836).
Virtudes
Existem muitos ahadice que se referem às virtudes do Hajj, incluindo o seguinte:
O de Abu Hurayrah, a quem o Mensageiro de Allah (que a paz e
as benções de Allah estejam com ele) perguntou qual é o melhor ato. Ele
disse: “Acreditar em Allah e no Seu Mensageiro”. Ele perguntou-lhe, e
depois? “A Jihad (esforço) por amor a Allah”. Ele perguntou-lhe, e
depois? Ele disse: “Um Hajj aceite” (Narrado por al-Bukhaari, 26;
Muçlim, 83).
Um Hajj aceite significa:
1. Deve ser paga com dinheiro halaal (lícito).
2. A pessoa deve manter-se afastada do mal, do pecado e de disputas injustas durante o Hajj.
3. A pessoa deve observar todos os rituais de acordo com a Sunnah.
4. A pessoa não se deve exibir ao fazer o Hajj; deve fazê-lo puro e sinceramente por amor a Allah.
5. A pessoa não a deve acompanhar com atos de desobediência e pecado.
Abu Hurayrah (que Allah esteja satisfeito com ele) disse:
Ouvi o Profeta (que a paz e as benções de Allah estejam com ele) dizer:
“Quem quer que faça o Hajj por amor a Allah e que (nesse período) não
tenha relações sexuais (com a sua esposa), e que não peque ou dispute
injustamente durante o Hajj, regressará como no dia em que a sua mãe o
deu à luz”. (Narrado por al-Bukhari, 1449; Muçlim, 1350).
‘Abd-Allah ibn Mas’ud disse: O Mensageiro de Allah (que a
paz e as benções de Allah estejam com ele) disse: “Continuem a fazer o
Hajj e a ‘Umrah, visto que estas eliminam a pobreza e o pecado,
precisamente como os foles eliminam as impurezas do ferro, do ouro e da
prata”.(Narrado por al-Tirmidhi, 810 e al-Nissa’i, 2631. O hadice foi
classificado como sahih por al-Albani – que Allah seja misericordioso
para com ele – em al-Silsilah al-Sahihah, 1200).
Ibn ‘Umar (r.a.) relata que o Profeta (que a paz e as
benções de Allah estejam com ele) disse: “Aquele que luta por amor a
Allah e o peregrino que vai a Hajj ou ‘Umrah são todos convidados de
Allah. Ele chamou-os e eles responderam; eles pedem-Lhe, e Ele
dar-lhes-á”.(Narrado por Ibn Majah, 2893. O hadice é hassan e foi
classificado como tal por Shaykh al-Albani em al-Silsilat al-Sahihah,
1820).
Regras/Efeitos Espirituais
As regras do Hajj e os seus efeitos espirituais sobre uma pessoa.
Existem muitas virtudes nos rituais do Hajj, e muita
sabedoria por detrás deles. Quem quer que seja abençoado com a sua
adequada compreensão, é abençoado com muita bondade. Por exemplo:
A. Quando uma pessoa viaja para concretizar os rituais do
Hajj, lembra-se da sua viagem para Allah e para o Além. Quando viaja,
deixa para trás os seus amigos queridos, por vezes a sua esposa, filhos e
terra natal, e a sua viagem para o Além é exatamente igual.
B. Aquele que segue nesta viagem equipa-se com provisões
suficientes que o ajudem a alcançar a terra sagrada, então, ele que se
lembre que, na sua viagem para o Além, ele precisa ter provisões
suficientes que o ajudem a aí chegar em segurança. Relativamente a isto,
Allah diz (interpretação do significado): “E leva (contigo) provisões
para a viagem, mas a melhor provisão é At-Taqwaa (piedade, retidão,
etc.)”.[al-Baqrah 2:197]
C. Viajar é uma espécie de tormento, e o mesmo se aplica à
viagem para o Além, só que muito mais ainda. à frente do Homem existe o
estado de moribundo, a morte, a sepultura, a reunião, o prestar contas,
as escalas e al-Sirat, seguida da entrada ou no Paraíso ou no Inferno.
Os abençoados serão aqueles que Allah salvará.
D. Quando o peregrino coloca as duas vestes do seu ihram,
ele não pode evitar lembrar-se da mortalha em que será envolvido (após a
sua morte). Isto o leva a desistir da desobediência e do pecado. Tal
como tinha desistido das suas roupas regulares (para o Hajj), também tem
que desistir do pecado. Tal como tinha colocado duas vestes brancas,
limpas, ele tem que tornar o seu coração limpo e branco (puro), e
conservar as suas faculdades limpas e puras, não contaminadas pela
mácula do pecado e da desobediência.
E. Quando ele diz “Labbayk Allaahumma labbayk” no Miqaat
[local de entrada da ihram], ele quer dizer que respondeu ao seu
Senhor; assim como pode, ainda, insistir em pecar e em não responder à
chamada do seu Senhor para desistir do pecado? Quando ele diz “Labbayk
Allaahumma labbayk”, ele quer dizer: “Estou a responder à Tua proibição
do pecado e este é o momento em que desisto disso”.
F. Quando ele desiste de coisas ilícitas durante a sua
ihram, e se mantém ocupado com a talbiyah e a dhikr, isto lhe mostra
como o Muçulmano deve ser. Ele treina-se para desistir por si de algumas
coisas que, em princípio, são halal (lícitos), mas que Allah lhes
proibiu nesta altura [durante a sua ihram]; assim, como o pode violar a
proibição de Allah fazendo coisas que são ilícitas a todos os momentos e
em todos os lugares?
G. Quando ele entra na Casa Sagrada de Allah, da qual
Allah fez um santuário para a humanidade, ele lembra-se do Santuário do
Dia da Ressurreição, que ninguém pode alcançar sem se esforçar árdua e
interessadamente. A mais elevada coisa que manterá uma pessoa segura no
Dia da Ressurreição é a Tawhid (unicidade de Allah), ou seja, evitar
Chirk (associar outros a Allah). Relativamente a isto, Allah diz
(interpretação do significado): “São aqueles que acreditam (na Unicidade
de Allah e que não adoram outro senão Allah) e não confundem a sua
Crença com Zulm (errado, i.é., adorar outros para além de Allah) para
eles (apenas) existe segurança e eles são os orientados”.[al-An'am,
6:81].
Beijar a Pedra Negra, que é o primeiro ritual para ser
aceite, ensina o visitante a honrar a Sunnah e a não se opor às leis de
Allah com o seu débil raciocínio. Ele reconhece que existe sabedoria e
bondade por detrás das leis e dos rituais que Allah prescreveu à
humanidade, e treina-se se submeter totalmente às leis do seu Senhor,
que Ele seja exaltado. Relativamente a isto, ‘Umar (que Allah esteja
satisfeito com ele) disse, após ter beijado a Pedra Negra: “Eu sei que
és só uma pedra e que não podes nem ajudar nem prejudicar. Se eu não
tivesse visto o Profeta (que a paz e as benções de Allah estejam com
ele) beijar-te, eu não te teria beijado”.(Narrado por al-Bukhari, 1520;
Muslim, 1720).
H. Quando a pessoa faz Tawaf, lembra-se do seu pai Abraão
(ár. Ibrahim) (que a paz esteja com ele), que construiu a Casa para ser
um ponto de reunião para a humanidade e um lugar de segurança, e que
ele os convocou para realizar a peregrinação a esta Casa. E o nosso
Profeta Muhammad (que a paz e as benções de Allah estejam com ele)
também os convocou para realizar a peregrinação a esta Casa.
I. Quando a pessoa bebe a consagrada água do poço de
Zamzam, lembra-se da benção que Allah concedeu à humanidade sob a forma
desta água abençoada, da qual milhões de pessoas beberam em toda à parte
ao longo das épocas, mas que nunca secou.
J. Quando a pessoa faz a al-Saa’i, correndo entre
al-Safa’ e al-Marwah, lembra-se do caminho sofrido por Hagar (Hajrah), a
mãe de Isma’eil e a esposa de al-Khalil [Ibrahim] (que a paz esteja com
ele), e de como ela regressou entre al-Safa’ e al-Marwah, à procura da
água que a salvaria do que estava a sofrer e, especialmente, que poderia
dar de beber ao seu filho Ismael. Uma vez que esta mulher foi paciente
face à sua adversidade e voltou para o seu Senhor, isto ensina o homem
que, assim proceder, é o melhor e o mais apropriado. Quando um homem
recorda a luta e a paciência desta mulher, torna-se-lhe mais fácil
suportar os seus próprios problemas, e uma mulher, que é do mesmo sexo,
considerará os seus problemas mais fáceis de suportar.
K. A espera (wuquf) em ‘Arafat lembra o peregrino dos
aglomerados de pessoas no Dia da Reunião. Se o peregrino se sente
cansado de estar numa multidão de milhares, como se sentirá entre as
multidões de pessoas descalças, nuas, e não circuncidadas, esperando
cinqüenta mil anos? l) – Quando atira os seixos à Jamarat, o Muçulmano
treina-se para obedecer a Allah inquestionavelmente. Mesmo que ele não
compreende a razão e a sabedoria por detrás deste lançamento (ramy), e
não consiga estabelecer a conexão entre a regra e o seu objectivo, esta é
uma manifestação de completa submissão (‘u- budiyyah) a Allah.
L. Quando ele abate o seu sacrifício (hady), lembra-se
do grande acontecimento de quando o nosso pai Ibrahim (Abraão) se se
submeteu à ordem de Allah para sacrificar o seu único filho Isma’il
(Ismael), após este ter crescido e se ter tornado uma ajuda para ele.
Ele lembra-se também de que não há lugar para emoções que vão contra as
ordens e as proibições de Allah. Isto o ensina a responder ao que Allah
ordena, como Isma’il disse (interpretação do significado): “Ó meu pai!
Faz o que te é ordenado. Inch’Allaah (se Allah o desejar),
encontrar-me-ás entre al-sabirin (os pacientes)”.[al-Safat 37:102].
M. Quando a pessoa regressa da sua ihram, e as coisas que
lhe estavam proibidas, de novo se tornam permitidas, isto o ensina
acerca das consequências da paciência e que após o trabalho duro vem o
fácil. Aquele que responde ao chamamento de Allah terá alegria e
felicidade, e esta alegria não pode ser conhecida por ninguém, senão por
aqueles que tenham saboreado a doçura da obediência, tal como a alegria
sentida por aquele que jejua quando quebra o seu jejum, ou por aquele
que reza a Qiyam durante a última parte da noite, após ter acabado de
orar.
N. Quando a pessoa tiver acabado de realizar todos os
rituais do Hajj como foram prescritos por Allah e da forma como Allah
gosta, ela tem a esperança de que o seu Senhor lhe perdoe todos os seus
pecados, como o Profeta (que a paz e as benções de Allah estejam com
ele) prometeu no hadice: “Quem quer que faça a Hajj por amor a Allah e
que não tenha relações sexuais (com a sua esposa), que não peque ou
dispute injustamente durante o Hajj, regressará como no dia em que a sua
mãe o deu à luz”.(Narrado por al-Bukhari, 1449; Muslim, 1350). Isto
convida essa pessoa a começar uma nova página da sua vida, livre de
pecado.
O. Quando essa pessoa volta para os seus familiares, e
sente a alegria de os reencontrar, isto lhe lembra a grande alegria de
os encontrar no Paraíso. Isto também lhe ensina que a maior perda é
perder-se a si mesmo e à sua família no Dia da Ressurreição, como Allah
diz (interpretação do significado): “Os perdedores são aqueles que se
perdem a si mesmos e às suas famílias no Dia da Ressurreição. Na
verdade, isso será uma perda manifesta!” [al-Zumar, 39:15].
Pedimos a Allah que nos ajude a obedecer-Lhe e a alcançar a
Sua Casa e a fazer tudo o que Ele nos tenha ordenado. Que Allah abençoe
o nosso Profeta Muhammad (s.a.w.).
Benefícios
Allah diz: “Que eles possam testemunhar coisas que lhes são benéficas” (al-Hajj 22:28).
Os benefícios tanto são materiais como religiosos (espirituais).
Com respeito aos benefícios religiosos, aquele que vai ao
Hajj ganha o prazer do seu Senhor, e regressa com todos os seus pecados
perdoados. Ganha também a imensa recompensa que não pode ganhar em
nenhum outro lugar senão nesses locais. Uma oração em al-Maçjid
al-Haram, por exemplo, é igual a cem mil orações em qualquer outro
local, e a Tawaf e a Saa’i não podem ser feitas em nenhum outro local,
senão nestes locais.
Outros benefícios incluem encontrar outros Muçulmanos e
discutirem as suas circunstâncias, e encontrarem eruditos e
interrogarem-nos acerca dos seus problemas. Os benefícios materiais
incluem o comércio e os negócios, e outros tipos de ganhos que advêm do
Hajj.
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RELIGIÃO - ISLAMISMO - Crença nos Livros Divinos
Crença nos Livros Divinos
Deus enviou Profetas para nos guiarem e com eles
enviou vários livros com ensinamentos para servirem de guia para a
humanidade, para que desta maneira possa obter êxito e total harmonia
aqui na terra, assim como no outro mundo, e como adorar a Deus
corretamente.
Portanto a conseqüência lógica de se acreditar nos profetas
é a crença nos Livros a eles revelados, isto porque na essência, a
mensagem é a mesma, a de submissão a Deus.
Crer em todos eles é uma obrigação que foi ordenada por
Deus aos muçulmanos no Alcorão Sagrado e também nos hadith do Profeta
Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele), do contrário a
pessoa não pode ser um muçulmano, porque todas as religiões reveladas,
na essência e na fundação básica são as mesmas; a religião da submissão a
Deus.
De entre os Livros Divinos revelados além do Alcorão Sagrado, outros quatros foram mencionados pelo seu nome:
1º- Os Pergaminhos ou Brochuras do Profeta Abraão Alaihi Salam ‘’Suhufi Ibrahim’’, que já não existem mais;
‘’Em verdade, isto se acha nos Livros primitivos, nos Livros de Abraão e de Moisés.’’ (Alcorão Sagrado 87:18-19)
2º- A Torah (Taurat) Antigo Testamento revelado ao profeta
Mussa (Moisés) para guiar os Israelitas e a respeito do qual Deus diz:
‘’Revelamos a Tora, que encerra Orientação e Luz’’ (Alcorão Sagrado 5:44)
3º- O Zabur (Salmos) revelado ao Profeta Daud (David) também para os filhos de Israel e a respeito do qual Deus diz:
‘’… e concedemos os Salmos a Davi.’’ (Alcorão Sagrado 4:163)
4º- O Injil (Evangelho) revelado ao Profeta Issa (Jesus) também para servir de orientação para os filhos da casa de Israel;
‘’E depois deles (profetas), enviamos Jesus, filho de
Maria, corroborando a Tora que o precedeu; e lhe concedemos o
Evangelho.’’ (Alcorão Sagrado 5:46)
5º- O último foi o Al Qur’an (O Corão) conhecido na língua
portuguesa por Alcorão, revelado ao último Mensageiro de Deus; Muhammad
(que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele), e é a última mensagem de
Deus para toda a humanidade.
‘’Em verdade, temos-te revelado o Livro, para (instruíres) os humanos.’’ (Alcorão Sagrado 39:41)
‘’Certamente, não é mais do que uma mensagem, para o
universo. Para quem de vós se quiser encaminhar.’’ (Alcorão Sagrado
81:27 e 28)
O Alcorão Sagrado fala-nos dos Livros Divinos anteriormente
revelados e testemunha que era uma verdadeira fonte e guia para as
pessoas, porém, informa-nos também que com o passar do tempo já foram
adulterados e misturados com as palavras de autoria humana, perdendo
assim a sua autenticidade.
Por isso já não se pode dizer que seja autênticos e, por
conseguinte; não se deve acreditar que estejam na sua forma original em
que foram revelados, fatos que historicamente também estão provados.
O Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam
sobre ele), disse para não confirmar e nem rejeitar o conteúdo atual
destes livros, pois neles há coisas que ainda condizem com o Alcorão
Sagrado, e o Alcorão é o critério.
O Alcorão Sagrado está dividido em 30 partes e em 114
suratas, dentre estes, 92 foram revelados antes da Hégira, e são
chamados de Makkiyah, por terem sido revelados ao Profeta na cidade de
Makkah, e 22 revelados depois da Hégira e são chamados de Madiniyah,
pois foram revelados ao profeta na cidade de Madina.
A primeira revelação do Alcorão Sagrado ao Profeta foi
feita no mês de Ramadan na noite de Al Qadr (Lailatul Qadr), e duraram
23 anos lunares, o Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam
sobre ele), nasceu em Makkah, na Arábia no ano 570 (d.c), e desde de sua
juventude gostava de adorar e recordar-se de Deus, para isso costumava
deslocar-se já preparado com provisões até a caverna de Hirá a fim de
meditar sobre a grandeza de Deus, em solidão e na maior concentração,
ali passava vários dias enquanto durasse sua provisão, e quando acaba
regressava a casa para reabastecer sua provisão e novamente voltava
apara sua meditação na caverna de Hirá.
Os primeiros versículos revelados ao Profeta Muhammad (que a
Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele); foram os cinco primeiros
versículos da Surata Al Alaq, quando atingiu a idade de 40 anos,
enquanto estava em sua meditação contemplativa sobre Deus, na caverna de
Hira; lhe apareceu o Anjo Gabriel, e disse ao Profeta: ‘’Lê’’, Muhammad
(que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele), era analfabeto e
respondeu ao Anjo: ‘’ Eu não sei ler’’. Então ele que o Anjo o abraçou e
o apertou com tanta força que ele se sentia incapaz de suportar aquela
pressão e, então ouviu outra vez a ordem do Anjo: ‘’Lê’’; Muhammad (que a
Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele); respondeu: ‘’ Eu não sei
ler’’, então novamente o Anjo o abraçou fortemente, e repetiu pela
terceira vez: ‘’Lê’’; e Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam
sobre ele); perguntou o que devo ler, o Anjo disse:
Lê, em nome do teu Senhor Que criou;
Criou o homem de algo que se agarra.
Lê, que o teu Senhor é Generosíssimo,
Que ensinou através do cálamo,
Ensinou ao homem o que este não sabia. (Alcorão sagrado 96: 1 ao 5)
Desde o tempo de Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus
estejam sobre ele); desde de que o Alcorão foi revelado, foi sendo
transmitindo e memorizado na sua forma original, por milhões de pessoas,
por isso logicamente é impossível a qualquer pessoa recusar sua
autenticidade, porque é lido, recitado, memorizado e escrito
continuamente por milhões de pessoas em todo o mundo.
O texto original e completo do Alcorão em árabe, língua em
que foi revelado, encontra-se disponível e já foi traduzido em quase
todas as línguas do mundo, é o milagre vivo de Muhammad (que a Paz e
Bênção de Deus estejam sobre ele); o Alcorão Sagrado rege a vida do
muçulmano desde o berço até a sepultura.
Há cópias do Alcorão, conservadas no museu de Tashkent e em
Istambul, escritas alguns anos logo depois do Profeta Muhammad (que a
Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele); e na língua original, e que são
idênticos às cópias do dias de hoje, e isto, é um fator histórico de
autenticidade do Alcorão Sagrado.
Os teólogos registraram inclusive quantas palavras e letras
há no Alcorão, pois Deus é quem o revelou e é Ele que tomou a
responsabilidade de o conservar. Deus desafiou a todos que duvidam de
sua origem Divina para produzirem algo semelhante ao Alcorão.
https://ummahbrasil.com/wp/artigos/crenca-nos-livros-divinos/
RELIGIÃO - ISLAMISMO - A Fé do Muslim
A Fé do Muslim
Tem sido já mencionado que a Fé sem ação pratica é um
dilema sem saída, no que diz respeito ao Islam. Pela sua natureza, a Fé é
muito sensível e pode ser sumamente eficiente. Na falta de pratica ou
uso, logo perde a vitalidade e a força de motivação. A única maneira de
vitalizar a Fé e de fazer servir o seu próprio fim é a pratica. A
pratica é a que concede a Fé o seu alimento, sobrevivência e eficiência.
Em troca, a Fé é a que inspira ao homem a Constância na sua devoção e a
perseverança na sua pratica. Isso é porque a correlação entre a Fé e a
pratica é fortíssima, e a interdependência das duas é desde já
compreensível. Uma pessoa sem fé carece de qualquer fonte verdadeira de
inspiração e, portanto, não tem nenhum objetivo digno de realização ou
mesmo de aspiração. A vida tal pessoa carece de sentido, é viver o dia a
dia, o que não é viver. Por outro lado, a pessoa que reconhece a Fé,
mas não pratica engana-se a si própria, e de fato não tem Fé nenhuma;
neste caso, ela não é mais do que uma pobre criatura vazia e errante.
A correlação entre a Fé e a pratica no Islam reflete-se
vivamente em todos o edifício da religião e põe de manifesto a profunda
filosofia dos seus ensinamentos. O Islam não reconhece nenhuma separação
entre alma e o corpo, o espírito e a matéria, a religião e a vida,
Aceita o homem assim como Deus o criou e reconhece-lhe a natureza como
sendo composta de alma e corpo. Não negligencia a natureza espiritual do
homem, senão, este seria como qualquer animal. Nem menospreza as suas
necessidades físicas; senão, seria um anjo, o que não é e não pode ser.
Conforme o Islam, o homem fica no centro do fluxo da criação. Ele não é
puramente espiritual, porque os seres puramente espirituais são os anjos
e o único Ser acima dos anjos é Deus. Ele não é inteiramente material
ou físico, porque os únicos seres desta classe são os animais e outras
criaturas irracionais. Devido a esta sua natureza complementar, o homem
tem exigências paralelas e necessidades paralelas: espirituais e
materiais, morais e físicas. A religião capaz de ajudar o homem e de o
aproximar de Deus é a religião que leva em conta todas estas exigências e
necessidades, a religião que eleva o estado espiritual e disciplina os
desejos físicos. E esta é a religião do Islam.
A opressão de um dos dois lados da natureza humana, ou a
perturbação do equilíbrio, ou a inclinação para uma direção só, seria
uma contradição abusiva para com a natureza humana, assim como um
irresponsável desafio a própria natureza de que Deus criou o homem.
Por reconhecer completamente a natureza humana tal como é, e
por estar altamente interessado no seu bem-estar, tanto espiritual como
material, o Islam não considera a religião como um assunto pessoal ou
como uma entidade separada da vida quotidiana geral. Noutras palavras, a
religião só tem valor se os seus ensinamentos marcarem efetivamente a
vida pessoal e publica de cada ser. Por outro lado, a vida carece de
sentido se não for organizada e guiada pela Lei Divina. Isso explica a
razão porque o Islam estende o seu sentido de organização a todos os
campos da vida: comportamento individual e social, trabalho e industria,
economia e política, relações nacionais e internacionais, etc. Também
demonstra a razão porque o Islam não reconhece o “secularismo” ou a
separação da religião das ações diárias do homem. A interação entre a
verdadeira religião e a vida cheia de sentido é vital. Por isso, o Islam
penetra em todas as esferas da vida para guiar todas as atividades
humanas de maneira sã e integral, aceitável por Deus e bondosa para com o
homem.
Em resultado desta correspondência necessária entre a
verdadeira religião e a vida quotidiana, o Islam não segue a doutrina
dos “seis dias para o para mundo e um dia para o senhor”. Tal doutrina
parece-nos que enfraquece a vitalidade da religião. Além disso,
manifesta uma grave injustiça feita a Deus pelo homem e acabrunha a alma
deste por sérios prejuízos. É uma grave negligencia das necessidades
espirituais e morais que são tão importantes como os desejos materiais,
se não ainda mais importantes do que estes. É uma perigosa deformação da
natureza do homem, e tal desequilíbrio é sinal de degeneração. De modo
semelhante, se o homem estabelecer seis dias para a devoção ou meditação
exclusiva e um dia para si próprio, ele não seria nada melhor. O
equilíbrio não deixaria de estar perturbado. Portanto, a solução natural
e lógica é a oferecida pelo o Islam. Por ter uma natureza complementar e
por ficar no centro da corrente da criação, o homem correrá grave
perigos se negligenciar quer uma alma, quer o seu corpo, ou se permitir a
um dos dois dominar o outro. Alimentar os dois, sustentar os dois de
maneira sã e equilibrada, eis a mais difícil prova do sentimento humano
da justiça e da integridade assim como da força a passar esta prova, o
Islam tem-lhe acudido com o auxilio das praticas regulares da Fé.
https://ummahbrasil.com/wp/artigos/a-fe-do-muslim/
RELIGIÃO - ISLAMISMO - Temor a Deus
Temor a Deus
Louvado seja Allah, o Senhor do
Universo. Que Allah abençoe e dê paz, ao Profeta Mohammad, bem como aos
seus familiares, seus companheiros e seus seguidores até o Dia do Juízo
Final.
Na semana passada falamos sobre o temor a
Allah e apresentamos alguns exemplos da vida de alguns tementes. Hoje,
vamos falar sobre as causas que nos faz temermos a Allah e as questões
que nos fazem agirmos para satisfazê-Lo e temos a Sua cólera e punição. O
temor quanto à grandiosidade e veneração de Allah
O ser humano que conhece ao seu Senhor e
conhece os Seus nobres Nomes e Atributos, sem dúvida O ama e aumenta a
sua veneração a Ele. Allah, Ta’ála, disse, através das palavras de Noé:
“Que vos sucede, que não depositais as vossas esperanças em Allah?”
(71:13) Allah é Todo-Poderoso, em Suas Mãos está a soberania de tudo.
Ibn Al Qaiyem (que Allah Se apiade dele) disse: “Entre os anjos
mensageiros (a paz esteja com eles) há os que sobem até o Senhor para
receberem as ordens e os que descem com eles, e suas ordens são
sucessivos de acordo com a sucessão dos versículos, executadas conforme a
Sua Vontade. O que Ele deseja acontece na hora que Ele quiser, da forma
que Ele deseja, sem falta nem acréscimo, sem adiantamento nem atraso. A
Sua ordem e Autoridade são executados nos Céus e suas regiões, na terra
e todos os seus quadrantes, nos mares, no ar e em todos as partes do
universo e seus átomos, que dispõe deles como quiser. Allah, exaltado
seja, diz: “Ele rege todos os assuntos, desde o céu até à terra; logo
(tudo) ascenderá a Ele, em um dia cuja duração será de mil anos, do
vosso cômputo.” (32:5).
* Ele conhece tudo que há no universo.
Ele diz mais: “Ele possui as chaves do desconhecido, coisa que ninguém,
além d’Ele, possui; Ele sabe o que há na terra e no mar; e não cai uma
folha (da árvore) sem que Ele disso tenha ciência; não há um só grão, no
seio da terra, ou nada verde, ou seco, que não esteja registrado no
Livro esclarecedor.” (6:59).
E diz, ainda: “Quer faleis privativa ou publicamente, Ele é Conhecedor das intimidades dos corações.” (67:13).
E diz, ainda mais: “Ele (Allah) conhece os olhares furtivos e tudo quanto ocultam os corações.” (40:19).
Esse Deus merece ser temido e venerado,
devemos agir para agradá-lo e não nos sujeitarmos à Sua indignação.Ele é
Oniouvinte. Aicha (R) relatou: “Bendito seja Quem ouve todos os sons.
Uma mulher estava dialogando com o Rassulullah (S). Ele ouviu uma parte
da argumentação e ignorou outra. Então, Allah, exaltado seja, revelou:
“Em verdade, Allah escutou a declaração daquela que argumentava contigo,
acerca do marido.” (58:1). O Allah conhece o desconhecido e o
manifesto.Allah é o Forte, o Poderoso, Que eleva e rebaixa, Que muda as
coisas e nunca muda. Allah, exaltado seja disse: “Dize: Ó Allah,
Soberano do poder! Tu concedes a soberania a quem Te apraz e a retiras
de quem desejas; exaltas quem queres e humilhas a Teu bel-prazer. Em
Tuas mãos está todo o Bem,porque só Tu és Onipotente.” (3:26).
2) O temor a Allah devido aos nossos pecados e suas conseqüências
O ser humano, pela sua natureza, é
pecador, e é injusto consigo mesmo e com Allah. Quem de nós não comete
pecados? Quem de nós não desobedece a Allah durante a vida. O muçulmano,
quando sente a conseqüência dos pecados e seu perigo sobre o coração,
sobre a sua comunidade, sem dúvida procura se emendar e se arrepender
perante Allah, bendito e exaltado seja. O ser humano esquece do seu
pecado, mas Allah guarda tudo: Ele diz: “Allah o memoriza, enquanto eles
o esquecem.” (58:6). E disse: “… porque anotávamos tudo quanto
fazíeis.” (45:29). Essa informação convoca as pessoas a temerem o
castigo de Allah e Suas conseqüências devido aos nossos pecados. O
Rassulullah (S) disse: “Uma mulher foi castigada por causa de uma gata.
Ela a prendeu até morrer e por isso irá para o Inferno. Ela não a
alimentou nem a soltou para que procurasse alimento da terra por si
mesma.” (Tradição narrada por Bukhári e Musslim).
Como não sentimos medo de nossos pecados
quando o Rassulullah (S) costumava fazer a seguinte prece: “Peço
refúgio em Ti contra os males dos meus atos.” E disse: “Peço refúgio em
Allah dos malefícios das nossas obras e das maldades das nossas ações.”
Uma só palavra por ocasionar a ira de
Allah e o ingresso da gente no Inferno. O Rassulullah (S) disse: “A
pessoa pode pronunciar uma só palavra que ele considera inocente, porém o
faz ingressar no Inferno durante setenta outonos.” (Tradição narrada
por Tirmizi).
Esses são os piores pecados que o ser
humano não dá valor. Allah, Ta’ála, diz: “…considerando leve o que era
gravíssimo ante Allah.” (24:15). Anãs Ibn Málik (R) disse: “Vocês fazem
coisas que para vocês são mais finos do que um cabelo. Na época do
Rassulullah (S) a considerávamos como pecado grave.” (Tradição narrada
por Bukhári). Bilal Ibn Saad disse: “Você não deve olhar para o erro
como pequeno, mas olhe na sua desobediência.” Zunnun disse: “Quem trair a
Allah secretamente, Allah revelará o seu segredo.” Isso corrobora as
palavras de Allah, bendito e exaltado seja, disse: “Castigamos cada um,
por seus pecados.” (29:40). E disse: “(Isso) não é segundo os vossos
desejos, nem segundo os desejos dos adeptos do Livro. Quem cometer algum
mal receberá o que tiver merecido.” (4:123). E disse, ainda: “Isso foi
em castigo por sua iniqüidade.” (6:146).
O pecado aniquila o ser humano e destrói
as dádivas. Como não tememos os nossos pecados? Ibn AL Qaiyem disse: “O
que fez os nossos pais saírem do Paraíso, a morada do prazer e da
dádiva, de admiração e felicidade, para irem para a morada da dor e da
tristeza e das desgraças? O que fez Satanás ser expulso e amaldiçoado do
reino dos céus. O que fez o povo de Noé afundar. O que causou o envio
do estrondo sobre o povo de Samud?, povo do Faraó, de Karun. Não é,
acaso, a desobediência a coisa que o ser humano negligência?
Allah, Ta’ála disse: “Castigamos cada
um, por seus pecados; sobre alguns deles desencadeamos um furacão; a
outros, fulminou-os o estrondo; a outros, fizemo-los serem tragados pela
terra e, a outros, afogamo-los. É inconcebível que Allah os houvesse
condenado; outrossim, condenaram-se a si mesmos.” (29:40).
Jubair Ibn Nufar (R) disse: “Quando a
Ilha de Chipre foi conquistada, os seus habitantes foram dispersos. Por
isso, choraram. Vi Abu Addardá sentado, sozinho, chorando.
Perguntei-lhe: “Ó Abu Addardá, o que o faz chorar no dia em que Allah
honrou o Islam e seus seguidores?” Ele respondeu: “Ai de você, ó Jubair.
Quão fáceis são as pessoas perante Allah, exaltado seja quando eles
desobedecem sua ordem. Quando os muçulmanos se tornaram uma nação
conqusitadora, conhecida e com reino à sua disposição, deixaram os
mandamentos de Allah e se tornaram o que você vê.”
Irmãos muçulmanos:
Os pecados causam perda tanto neste
mundo como no Outro. Como não os tememos? O Rassulullah (S) disse: “O
ser humano ficará privado das dádivas por causa dos pecados.” (narrado
por Ibn Mája). Ele disse para alguns ancestrais: “Como posso desobedecer
a Allah quando vejo minha montaria e a minha mulher obedecendo-O?
Isso nos faz sempre recorrermos a Allah,
temermos a Ele devido às conseqüências dos nossos pecados. Esse temor
deve prevalecer até o último instante da vida, quando os anjos virão nos
buscar e nos anunciar o Paraíso: “Em verdade, quanto àqueles que dizem:
Nosso Senhor é Allah,(1881) e se firmam, os anjos descerão sobre eles,
os quais lhes dirão: Não temais, nem vos entristeçais; outrossim,
regozijai-vos com o Paraíso que vos está prometido!” (41:30).
Peço a Allah que nos conceda o sucesso e que Allah os abençoe.
Na próxima semana daremos continuidade, se Allah quiser.
Encerramos rendendo louvores ao Senhor do Universo.
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RELIGIÃO - ISLAMISMO - Quem é Allah
Quem é Allah
Alguns dos maiores equívocos que
muitos não-muçulmanos cometem sobre o Islã têm a ver com a palavra
“Allah.” Por várias razões, muitas pessoas passaram a acreditar que os
muçulmanos adoram um Deus diferente dos cristãos e judeus. Isso é
totalmente falso, uma vez que “Allah” é simplesmente a palavra árabe
para “Deus” – e só existe Um Deus. Para que não haja dúvidas, os
muçulmanos adoram o Deus de Noé, Abraão, Moisés, Davi e Jesus – que a
paz esteja sobre todos eles. Entretanto, é certamente verdade que os
judeus, cristãos e muçulmanos têm conceitos diferentes de Deus
Todo-Poderoso. Por exemplo, os muçulmanos – como os judeus – rejeitam
as crenças cristãs da Trindade e da Encarnação Divina.
Isso, entretanto, não significa que cada uma dessas três religiões adore um Deus diferente – porque, como já dissemos, existe apenas Um Verdadeiro Deus.
O Judaísmo, o Cristianismo e o Islã reivindicam ser “Fés Abrâmicas”, e todas elas são classificadas como “monoteístas.” Entretanto, o Islã ensina que outras religiões têm, de um jeito ou de outro, distorcido e anulado uma crença pura e correta em Deus Todo-Poderoso ao negligenciar Seus ensinamentos verdadeiros e misturá-los com idéias feitas pelo homem.
Isso, entretanto, não significa que cada uma dessas três religiões adore um Deus diferente – porque, como já dissemos, existe apenas Um Verdadeiro Deus.
O Judaísmo, o Cristianismo e o Islã reivindicam ser “Fés Abrâmicas”, e todas elas são classificadas como “monoteístas.” Entretanto, o Islã ensina que outras religiões têm, de um jeito ou de outro, distorcido e anulado uma crença pura e correta em Deus Todo-Poderoso ao negligenciar Seus ensinamentos verdadeiros e misturá-los com idéias feitas pelo homem.
Primeiro, é importante notar que “Allah”
é a mesma palavra que os cristãos e judeus que falam árabe usam para
Deus. Se você pegar uma Bíblia árabe, você verá a palavra “Allah” sendo
usada onde “Deus” é usado em português. Isso é porque “Allah” é a
palavra em língua árabe equivalente a palavra em português “Deus” com
“D” maiúsculo. Adicionalmente, a palavra “Allah” não pode ter plural,
um fato que anda de mãos dadas com o conceito islâmico de Deus.
É interessante notar que a palavra
aramaica “El”, que é a palavra para Deus na língua que Jesus falava, é
certamente mais semelhante em som à palavra “Allah” do que a palavra em
português “Deus.” Isso também é verdadeiro para as várias palavras
hebraicas para Deus, que são “El” e “Elah”, e a forma plural ou
glorificada “Elohim.” A razão para essas similaridades é que o aramaico,
o hebraico e o árabe são todas línguas semitas com origens comuns.
Também deve ser notado que ao traduzir a Bíblia para outros idiomas, o
palavra hebraica “El” é traduzida de várias formas como “Deus”, “deus” e
“anjo”! Essa linguagem imprecisa permite que tradutores diferentes,
baseados em suas noções pré-concebidas, traduzam a palavra para
adequá-la às suas próprias opiniões. A palavra árabe “Allah” não
apresenta essa dificuldade ou ambigüidade, uma vez que é usada somente
para Deus Todo-Poderoso. Adicionalmente, em português, a única
diferença entre “deus”, significando um deus falso, e “Deus”,
significando o Único Verdadeiro Deus, é o “D” maiúsculo. Devido aos
fatos mencionados acima, uma tradução mais precisa da palavra “Allah” em
português seria “O Único Deus” ou “O Único Verdadeiro Deus.”
O que é mais importante, deve também ser
notado que a palavra árabe “Allah” contém uma mensagem religiosa
profunda devido à raiz de seu significado e origem. É porque ela
deriva do verbo árabe ta’allaha (ou alaha), que significa “ser
adorado.” Portanto, em árabe, a palavra “Allah” significa “O Único
merecedor de toda adoração.” Isso, em poucas palavras, é a mensagem de
Monoteísmo Puro do Islã.
É suficiente dizer que apenas porque
alguém clama ser um judeu, cristão ou muçulmano “monoteísta” não o
impede de incorrer em crenças corruptas ou práticas idólatras. Muitas
pessoas, incluindo alguns muçulmanos, reivindicam crença em “Um Deus”
mesmo incorrendo em atos de idolatria. Certamente, muitos protestantes
acusam os católicos romanos de práticas idólatras em relação aos santos e
à Virgem Maria. Da mesma forma, a Igreja Ortodoxa Grega é considerada
“idólatra” por muitos outros cristãos porque em muitas das suas
adorações eles usam ícones. Entretanto, se você perguntar a um católico
romano ou a um grego ortodoxo se Deus é “Um”, eles invariavelmente
responderão: “Sim!.” Essa afirmação, entretanto, não os impede de serem
idólatras “adoradores de criaturas”. O mesmo serve para os hindus, que
apenas consideram seus deuses como “manifestações” ou “encarnações” do
Único Deus Supremo.
Antes de concluir…existem algumas
pessoas, que obviamente não estão do lado da verdade, que querem que as
pessoas acreditem que “Allah” é algum “deus” árabe, e que o Islã é
completamente “outro” – significando que não tem raízes comuns com
outras religiões abrâmicas (ou seja, Cristianismo e Judaísmo).
Dizer que os muçulmanos adoram um “Deus” diferente porque eles dizem “Allah” é tão ilógico quanto dizer que os franceses adoram outro Deus porque eles usam a palavra “Dieu”, que os que falam espanhol adoram um Deus diferente porque dizem “Dios” ou que os hebreus adoravam um Deus diferente porque às vezes O chamavam “Javé.”
Certamente, esse tipo de raciocínio é muito ridículo! Também deve ser mencionado que reivindicar que qualquer idioma usa a única palavra correta para Deus é equivalente a negar a universalidade da mensagem de Deus para a humanidade, que foi para todas as nações, tribos e povos através de vários profetas que falavam línguas diferentes.
Dizer que os muçulmanos adoram um “Deus” diferente porque eles dizem “Allah” é tão ilógico quanto dizer que os franceses adoram outro Deus porque eles usam a palavra “Dieu”, que os que falam espanhol adoram um Deus diferente porque dizem “Dios” ou que os hebreus adoravam um Deus diferente porque às vezes O chamavam “Javé.”
Certamente, esse tipo de raciocínio é muito ridículo! Também deve ser mencionado que reivindicar que qualquer idioma usa a única palavra correta para Deus é equivalente a negar a universalidade da mensagem de Deus para a humanidade, que foi para todas as nações, tribos e povos através de vários profetas que falavam línguas diferentes.
Nós gostaríamos de perguntar aos nossos
leitores sobre os motivos dessas pessoas. A razão é que a Verdade
Suprema do Islã se baseia em solo firme e sua crença inabalável na
Unicidade de Deus está acima de repreensão.
Por essa razão os cristãos não podem criticar suas doutrinas diretamente, e ao invés disso fabricam coisas sobre o Islã que não são verdadeiras para que as pessoas percam o desejo de aprender mais. Se o Islã fosse apresentado da maneira correta para o mundo, certamente poderia fazer muitas pessoas reconsiderarem e reavaliarem suas próprias crenças. É muito provável que quando descobrirem que existe uma religião universal no mundo que ensina às pessoas a adorarem e amarem Deus, enquanto praticam o Monoteísmo Puro, sintam que devam ao menos reexaminar as bases de suas próprias crenças e doutrinas.
Por essa razão os cristãos não podem criticar suas doutrinas diretamente, e ao invés disso fabricam coisas sobre o Islã que não são verdadeiras para que as pessoas percam o desejo de aprender mais. Se o Islã fosse apresentado da maneira correta para o mundo, certamente poderia fazer muitas pessoas reconsiderarem e reavaliarem suas próprias crenças. É muito provável que quando descobrirem que existe uma religião universal no mundo que ensina às pessoas a adorarem e amarem Deus, enquanto praticam o Monoteísmo Puro, sintam que devam ao menos reexaminar as bases de suas próprias crenças e doutrinas.
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