A Sunnah e o Muslim
O Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, recebeu a
última Mensagem divina para a humanidade. Allah, Subhanahu wa Ta’Ala,
fez do Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, um ser humano
perfeito. Toda a estrutura religiosa, moral, social, econômica e
política encontra-se no Alcorão, como também na Sunna do Profeta
Muhammad, salalahu aleihi wa salam. Nesse aspecto, o muslim encontra na
pessoa do Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, um modelo perfeito
de ser humano, ou seja, muito do que um ser humano normal poderia fazer
ele fez, casou-se, teve filhos, perdeu entes queridos, guerreou,
governou, perdoou, chorou, enfim, um ser humano exemplo. Como dizem os
sábios, o Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, é a personificação
do Alcorão. Tudo o que ele disse ou fez encontra-se documentado e
compilado, ou seja, são os Ahadice.
Muitos desses ditos e práticas foram compilados pelos
colecionadores de ahadice de forma muito meticulosa. Alguns
colecionadores viajaram por terras distantes para colher um único
hadice, bem como também arriscaram suas vidas, não só na busca de novos
ditos, mas também para preservá-los dos inimigos do Islam. Podemos entao
afirmar que a Ummah recebeu este “tesouro da humanidade”, como dizia
Mahatma Ghandi ao se referir aos ahadice, do Profeta Muahammas, salalahu
aleihi wa salam, por intermédio dos colecionadores de ahadice.
Toda a vida do Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam,
foi dedicado ao serviço de Allah, Subhanahu wa Ta’Ala, que era
justamente admoestar a humanidade para a pureza dos versículos do
Alcorão, orientar a humanidade para que tivessem a “fórmula” certa para
uma vida terrena livre do ilícito e preparatória para a Outra Vida. Diz
Allah, Ta’Ala, no Alcorão: “..Bem-aventurado aquele que se purificar, e
mencionar o Nome do seu Senhor e orar! Entretanto, vós, preferis a vida
terrena, ainda que a Outra seja preferível, e mais duradoura!…”
(Alcorão, 87:14-17).
É uma pena a constatação de que alguns muçulmanos
absorveram a tendência ocidental de que é radical e extremista o
religioso que segue à risca a sua religião. No ocidente há a
diferenciação entre o sacerdote e o fiel das religiões, ou seja, o
sacerdote se dedica integralmente à causa de Allah, Ta’Ala, e o fiel
segue cegamente o que o sacerdote fala. Se pegarmos o exemplo da Igreja
Católica podemos nitidamente ver a diferença. O Padre vive pela causa de
Allah, Ta’Ala; estuda outras línguas para o contato com obras
teológicas, como, por exemplo, em latim ou em grego; usa roupas
diferentes para os ritos, enfim, aprofunda-se nas escrituras e no estudo
teológico. O muçulmano, teoricamente, não faz distinção de ser
sacerdote ou não; ele geralmente aprende o árabe para melhor estudar o
Islam, pode vir a usar roupas diferentes, assim como a túnica
recomendada pelo Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam; enfim, se
aprofunda nos estudos teológicos. Esse comparativo também podemos fazer
entre as freiras e as muçulmanas.
Contudo, essa tendência de que “somente deve seguir ao pé
da letra o sacerdote” já está no Islam, e principalmente na comunidade
árabe brasileira. Podemos constatar isso até nas afirmações do Sr. Ahmed
Aref, Presidente da Sociedade Beneficente Muçulmana do Brasil de que
quem faz as cinco orações obrigatórias é o muslim que segue ao pé da
letra. Nem seria necessário contestar essa informação, pois qualquer
muslim recém-revertido aprende que as cinco orações são um pilar do
Islam e não são opicionais. Uma afirmação dessa faz cair por terra todo o
sacrifício do Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, bem como de
seus companheiros, radia alahu ‘anhu, e dos colecionadores e
preservadores dos ahadice, em cumprir suas missões de divulgar e
preservar a Mensagem.
O Islam não precisa de um “terno e gravata” para se
apresentar ao Ocidente. O Islam não precisa só de uma divulgação
excessiva. A melhor forma de divulgação do Islam é praticá-lo
estritamente. E para praticá-lo devemos preservar os ensinamentos
originais do Islam. Nos dias atuais não há uma guerra específica e
aberta contra o Islam a fim de se destruir os ensinamentos islâmicos
matando os muçulmanos e queimando seus livros. Hoje em dia não
precisamos preservar os ensinamentos originais do Islam com nossas
próprias vidas, e sim devemos preservá-los praticando-os, observando as
nossas obrigações como muçulmanos. Li uma vez na internet um rapaz
dizendo que a melhor maneira de derrotar o Islam é perverter os
muçulmanos, é desviá-los dos ensinamentos, pois estes são o laço mais
forte entre o Islam e os muslims. Para travarmos essa guerra e sairmos
vitoriosos basta praticarmos o Islam. Isso não é ser radical ou
extremista, ou até pé da letra, como sugeriu o Sr. Ahmed Aref, isso é
dar o devido valor ao sangue dos muçulmanos que foi derramado em prol da
preservação do Islam.
Enfim, praticando os ensinamentos alcorânicos e a sunna o
muslim não só preserva a Palavra de Allah Ta’ Ala e os ensinamentos do
Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, como também acaba divulgando
o Islam.
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