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sexta-feira, 18 de julho de 2014

RELIGIÃO - ISLAMISMO - A Sunnah e o Muslim

A Sunnah e o Muslim


O Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, recebeu a última Mensagem divina para a humanidade. Allah, Subhanahu wa Ta’Ala, fez do Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, um ser humano perfeito. Toda a estrutura religiosa, moral, social, econômica e política encontra-se no Alcorão, como também na Sunna do Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam. Nesse aspecto, o muslim encontra na pessoa do Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, um modelo perfeito de ser humano, ou seja, muito do que um ser humano normal poderia fazer ele fez, casou-se, teve filhos, perdeu entes queridos, guerreou, governou, perdoou, chorou, enfim, um ser humano exemplo. Como dizem os sábios, o Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, é a personificação do Alcorão. Tudo o que ele disse ou fez encontra-se documentado e compilado, ou seja, são os Ahadice.

Muitos desses ditos e práticas foram compilados pelos colecionadores de ahadice de forma muito meticulosa. Alguns colecionadores viajaram por terras distantes para colher um único hadice, bem como também arriscaram suas vidas, não só na busca de novos ditos, mas também para preservá-los dos inimigos do Islam. Podemos entao afirmar que a Ummah recebeu este “tesouro da humanidade”, como dizia Mahatma Ghandi ao se referir aos ahadice, do Profeta Muahammas, salalahu aleihi wa salam, por intermédio dos colecionadores de ahadice.

Toda a vida do Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, foi dedicado ao serviço de Allah, Subhanahu wa Ta’Ala, que era justamente admoestar a humanidade para a pureza dos versículos do Alcorão, orientar a humanidade para que tivessem a “fórmula” certa para uma vida terrena livre do ilícito e preparatória para a Outra Vida. Diz Allah, Ta’Ala, no Alcorão: “..Bem-aventurado aquele que se purificar, e mencionar o Nome do seu Senhor e orar! Entretanto, vós, preferis a vida terrena, ainda que a Outra seja preferível, e mais duradoura!…” (Alcorão, 87:14-17).

É uma pena a constatação de que alguns muçulmanos absorveram a tendência ocidental de que é radical e extremista o religioso que segue à risca a sua religião. No ocidente há a diferenciação entre o sacerdote e o fiel das religiões, ou seja, o sacerdote se dedica integralmente à causa de Allah, Ta’Ala, e o fiel segue cegamente o que o sacerdote fala. Se pegarmos o exemplo da Igreja Católica podemos nitidamente ver a diferença. O Padre vive pela causa de Allah, Ta’Ala; estuda outras línguas para o contato com obras teológicas, como, por exemplo, em latim ou em grego; usa roupas diferentes para os ritos, enfim, aprofunda-se nas escrituras e no estudo teológico. O muçulmano, teoricamente, não faz distinção de ser sacerdote ou não; ele geralmente aprende o árabe para melhor estudar o Islam, pode vir a usar roupas diferentes, assim como a túnica recomendada pelo Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam; enfim, se aprofunda nos estudos teológicos. Esse comparativo também podemos fazer entre as freiras e as muçulmanas.

Contudo, essa tendência de que “somente deve seguir ao pé da letra o sacerdote” já está no Islam, e principalmente na comunidade árabe brasileira. Podemos constatar isso até nas afirmações do Sr. Ahmed Aref, Presidente da Sociedade Beneficente Muçulmana do Brasil de que quem faz as cinco orações obrigatórias é o muslim que segue ao pé da letra. Nem seria necessário contestar essa informação, pois qualquer muslim recém-revertido aprende que as cinco orações são um pilar do Islam e não são opicionais. Uma afirmação dessa faz cair por terra todo o sacrifício do Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, bem como de seus companheiros, radia alahu ‘anhu, e dos colecionadores e preservadores dos ahadice, em cumprir suas missões de divulgar e preservar a Mensagem.

O Islam não precisa de um “terno e gravata” para se apresentar ao Ocidente. O Islam não precisa só de uma divulgação excessiva. A melhor forma de divulgação do Islam é praticá-lo estritamente. E para praticá-lo devemos preservar os ensinamentos originais do Islam. Nos dias atuais não há uma guerra específica e aberta contra o Islam a fim de se destruir os ensinamentos islâmicos matando os muçulmanos e queimando seus livros. Hoje em dia não precisamos preservar os ensinamentos originais do Islam com nossas próprias vidas, e sim devemos preservá-los praticando-os, observando as nossas obrigações como muçulmanos. Li uma vez na internet um rapaz dizendo que a melhor maneira de derrotar o Islam é perverter os muçulmanos, é desviá-los dos ensinamentos, pois estes são o laço mais forte entre o Islam e os muslims. Para travarmos essa guerra e sairmos vitoriosos basta praticarmos o Islam. Isso não é ser radical ou extremista, ou até pé da letra, como sugeriu o Sr. Ahmed Aref, isso é dar o devido valor ao sangue dos muçulmanos que foi derramado em prol da preservação do Islam.

Enfim, praticando os ensinamentos alcorânicos e a sunna o muslim não só preserva a Palavra de Allah Ta’ Ala e os ensinamentos do Profeta Muhammad, salalahu aleihi wa salam, como também acaba divulgando o Islam.

https://ummahbrasil.com/wp/artigos/a-sunnah-e-o-muslim/

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