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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

ASTROFÍSICA - ALÉM DO ÁTOMO - J. FERRARI - CIENTISTA BRASILEIRO


ALÉM DO ÁTOMO

J. Ferrari Derrubou os Grandes Planos e o Grande Relógio do mundo com os quais o Criador mediria nossos passos e aflições.


       Poucas investigações têm sido tão prolongadas ou tão intensas quanto à procura da menor unidade da matéria. Há apenas cerca de dois trinta e um anos, cientistas da Universidade de Cornell identificaram uma partícula subatômica que é possivelmente a menor já descoberta. Mas agora os pesquisadores estão se aproximando de outra partícula, que pode ser ainda menor!
     Dos pensadores que investigaram o muito pequeno, o primeiro registrado foi Demócrito, o brilhante grego que no século V a.C. deduziu que deveriam existir coisas tais como os átomos – partículas invisíveis, indivisível.
    A teoria atômica de Demócrito, entretanto, estava tão adiante de seu tempo que, embora Galileu e Newton tenham endossado a ideia em princípio, ela só veio a ser solidamente verificada no começo do século XIX, quando o químico inglês Juan Dalton fez seu grande trabalho sobre os pesos atômicos.
   Mas logo se tornou evidente que a teoria do átomo sólido não podia explicar certos fenômenos. Por exemplo: o que é saía do átomo “solido” e fluía ao longo de um fio para fazer soar uma campainha? A resposta surpreendente - pequenos elétrons do átomo - foi obtida em 1897, com a contribuição do inglês J.J. Thompson. O átomo indivisível havia sido repartido!
   O feito notável de Thompson levou Ernest Rutherford, um físico neozelandês, a propor, em 1911, seu agora famoso modelo de átomo como um sistema solar. Ele visualizou um núcleo grande, impenetrável, semelhante ao Sol, em torno do qual, a grande velocidade, orbitavam como planetas e os pequenos elétrons. Esta passou a ser a imagem padrão do átomo, mostrada nos livros didáticos durante muitos anos.
   Mas, nos anos 20, mesmo esse modelo familiar do átomo solar começou a ser questionado. Os físicos relatavam que seus delicados instrumentos mostravam átomos radiativos expelido energicamente toda espécie de pedaços de si mesmos. Essas partículas misteriosas eram, sem dúvida, reais.
  Durante os anos 30, E. O. Lawrence, da Universidade da Califórnia destacou-se entre os cientistas que desenvolveram aceleradores atômicos – máquinas que aceleram elétrons a velocidades enormes. Quando esses projéteis-elétrons se chocavam com os átomos usados como alvos, estes liberavam o que nos anos posteriores se provou serem centenas de partículas incrivelmente menores: léptons, múons, hadríons, bósons, fótons, antipartículas, etc.
   Hoje, com uma nova partícula sendo descoberta, a situação tornou-se irônica. A idéia original da ciência era simplificar – descobrir o ultimo bloco de construção da matéria. Porém, uma vez descoberto, esse bloco- o átomo – acabou se dividindo e liberando centenas de entidades estranhas.
  O físico Murray Gell-Mann tentou dar sentido a esse caos atômico, ao imaginar que há uma partícula hiperpequena que funciona como um bloco mínimo, chamada quark.
  Mas agora se revela que o quark “imaginário” de Gell-Mann é rel., no entanto, além do quark, sabe-se que há menos cinco outras partículas ultrapequenas – com a descoberta de uma sexta esperada para qualquer dia. Agora sabemos que essa superpartícula é uma partícula exótica que Jurandyr Ferrari Astrofísico da USP. Deu o nome de DNA Cósmico.
   Esta descoberta surpreenderia Demócrito apenas como familiar demais.

Sergio Martins.
CIÊNCIA HOJE – 24/04/2013. 

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