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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

TRANSGÊNICOS - Cronologia OGM no Mundo e em Portugal Cronologia da Biotecnologia


Cronologia OGM no Mundo e em Portugal

Cronologia da Biotecnologia

1865 – Gregor Mendel inicia a “Era da Genética” com os estudos das características da descendência na ervilheira

1876 – Primeiro cruzamento intergenético de trigo e centeio, dando origem ao Triticale

1910 – Thomas Morgan demonstra que os genes estão localizados nos cromossomas

1919 – Karl Ereky, um engenheiro húngaro, usa pela primeira vez o termo Biotecnologia

1941 – George Beadle e Edward Tatum demonstram que um gene produz uma proteína

1953 – James Watson e Francis Crick propõem a dupla hélice como estrutura da molécula de ADN

1969 – Descoberta das enzimas de restrição por Herbert Boyer

1972 – Início da tecnologia do ADN recombinante

1973 – Stanley Cohen e Herbert BOyer fazem a primeira experiência de Engenharia Genética aplicada a um microrganismo, a bactéria Escherichia coli. Este foi considerado o primeiro organismo geneticamente modificado (OGM)

1974 – Paul Berg e mais 10 destacados nomes da biologia publicam nas revistas Science e Proceedings of National Academy of Sciences uma carta moratória em que propõem a suspensão de todas as tentativas de Engenharia Genética até à realização de uma conferência internacional onde se pesem os riscos e se tomem as correspondentes decisões

1977 – Clonagem do primeiro gene humano

1982 – A CEE aconselha os estados membros a regulamentarem a Engenharia Genética

1983 – A OCDE estabelece critérios científicos de segurança para o uso de OGM na indústria, na agricultura e no ambiente

1983 – Surge a primeira planta transgénica: uma variedade de tabaco em que um grupo de investigadores belgas introduziu os genes de resistência ao antibiótico canamicina

1985 – A Genentech torna-se na primeira empresa de Biotecnologia a lançar o seu próprio produto biofarmacêutico

1985 – Produção da primeira planta com gene de resistência a insecto

1986 – Primeiro campo experimental de culturas transgénicas, em Gant, na Bélgica

1987 – Surge a primeira planta tolerante a um herbicida total

1988 – Surge o primeiro cereal transgénico: o milho

1994 – Pela primeira vez ocorre uma autorização da FDA, nos EUA, para uma cultura comercial de um alimento geneticamente modificado: o tomate Flavr Savr. O processo de aprovação demorou quatro anos de sucessivos testes e contra-testes de toxicologia e segurança feitos pelas companhias e universidades independentes

1994 – A Comunidade Europeia aprova a comercialização de uma planta transgénica de tabaco

1996 – Primeira autorização para a comercialização de um alimento transgénico na Europa: o concentrado de tomate da empresa Zeneca

1997 – A União Europeia autoriza a comercialização do milho geneticamente modificado da Novartis

1997 – Primeira planta com gene humano: a planta do tabaco produtor de proteína c humana

1998 – A União Europeia autoriza o cultivo do milho geneticamente modificado na Europa

1999 – O Japão, um dos principais importadores de OGM impõe a rotulagem dos alimentos transgénicos

1999 – A Nestlé, a Unilever e a Cadbury anunciam que vão deixar de utilizar OGM nos ingredientes dos seus produtos vendidos no Reino Unidp

1999 – Por imposição do Parlamento Europeu, todos os países da União Europeia, à excepção de Portugal, Espanha e Irlanda, assumem uma moratória de 18 meses para a aprovação de sementes geneticamente modificadas

2000 – Assinatura do Protocolo de Biossegurança de Montreal

2000 – A Itália proíbe a comercialização de quatro variedades de milho geneticamente modificado anteriormente autorizadas pela Comissão Europeia, alegando que estas variedades não estavam conforme as normas europeias

2000 – A Novartis declara que, devido ao crescente número de opiniões anti-OGM, deixou de investir na produção de alimentos com OGM

2000 – A área total plantada com plantas transgénicas no mundo inteiro é de 44.2 milhões de hectares (quatro vezes a área de Portugal). EUA, Argentina, Canadá, Austrália, África do Sul, Roménia, Bulgária, França, Espanha, Uruguai e Ucrânia são produtores de OGM

2003 – Durante este ano a área de OGM cultivada na China aumentou 25%

2003 – O governo do Japão anunciou que a partir de 2007 se poderá cultivar arroz geneticamente modificado. Será a primeira vez que se comercializará arroz geneticamente modificado

2004 – O governo da China anuncia que vai desenvolver esforços para a comercialização de arroz geneticamente modificado

2004 – Mais de cem países da ONU, presentes numa conferência internacional em Kuala Lampur, chegam a acordo quanto a uma regulamentação das exportações de OGM. Mesmo com a oposição dos EUA e de outros países é aprovado um sistema rigoroso destinado a regular a manutenção, transporte, empacotamento e identificação das colheitas, alimentos e outros produtos transgénicos

2004 – Existe um total de 18 países a utilizar a tecnologia de modificação genética de culturas, num total de 67.7 milhões de hectares de terra cultivada com culturas resistentes a herbicidas e/ ou a insectos




Cronologia dos OGM em Portugal

Finais de 1980s – Primeiros projectos de investigação sobre OGM

1993 – Transposição das Directivas Comunitárias 219/90/CE e 220/90/CE

1993 – Primeira autorização de utilização de plantas geneticamente modificadas para investigação e desenvolvimento. Os primeiros produtos transgénicos a serem ensaiados foram uma variedade de tomate de vida prolongada e uma espécie de batata da germicope

1993/ 1999 – De acordo com a Direcção Geral do Ambiente, actual Instituto do Ambiente, existem em Portugal 24 de campos de ensaio e 17 campos de demonstração, em que mais de metade são campos de milho transgénico

1997 – Primeira acção de protesto contra os OGM, organizada pela Greenpeace e pela Quercus, que se manifestam contra a presença de um barco com transgénicos no porto de Lisboa

Março 1999 – A Direcção Geral de Protecção de Culturas autoriza, pela primeira vez, a inscrição de duas espécies de milho geneticamente modificado no Catálogo Nacional de Variedades

Abril 1999 – Criação da Plataforma “Transgénicos Fora do Prato” que reúne a maior parte das organizações não governamentais de ambiente portuguesas com vista a travar a importação, comercialização e produção de OGM

1999 – A Associação de Produtores de Tomate pediu para que não fossem autorizadas sementes geneticamente modificas

1999 – Diversas empresas do ramo alimentar que operam em Portugal, como a Nestlé, garantem o fornecimento de alimentos sem OGM

Dezembro 1999 – Suspensão, por Despacho, da utilização das duas variedades de milho geneticamente modificado inscritas no Catálogo Nacional de Variedades bem como da avaliação de novas variedades geneticamente modificadas e respectiva inscrição no referido catálogo.

Janeiro 2000 – O Governo português, dando seguimento a uma directiva comunitária, decreta um embargo às autorizações de cultivo com plantas transgénicas já homologadas e em curso.
2000- O único campo experimental em curso é de eucalipto.

Fevereiro 2002 – Publicada lei que suspende, até à transposição da Directiva 2001/18/CE, a libertação deliberada no ambiente de OGM e a importação e a comercialização de produtos destinados à alimentação humana ou animal que contenham na sua composição OGM.

Outubro 2002 – As associações Quercus e Agrobio pedem ao Governo que Portugal adira ao grupo de países da UE que estão a bloquear o levantamento da moratória sobre alimentos transgénicos.

2002 – Publicado parecer conjunto do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS) e do Conselho Económico-Social (CES) sobre OGM.

Abril 2003 – Publicado Decreto-Lei (transposição da Directiva 2001/18/CE) que regula a libertação deliberada no ambiente de OGM e a colocação no mercado de produtos que contenham ou sejam constituídos por OGM.

Novembro 2004 – A Plataforma “Transgénicos Fora do Prato” apela ao Governo que bloqueie a introdução, em 2005, do cultivo de OGM em Portugal, recorrendo ao princípio de precaução consagrado na legislação comunitária.

21 Abril 2005 – O Governo português autoriza o cultivo de milho geneticamente modificado, aprovando a regulamentação sobre a produção das 17 variedades permitidas pela Comissão Europeia. Esta regulamentação (seguindo a lei dinamarquesa) exige que a distância mínima entre culturas seja de 200 metros para os sistemas de produção convencional e 300 metros para os sistemas de produção biológica.

22 Abril 2005 – O Centro de Informação de Biotecnologia acusa o Governo de impedir o cultivo de milho geneticamente modificado ao impor distâncias excessivas para explorações agrícolas tão pequenas como as portuguesas.

5 Maio 2005 – É anunciado que em Março foi interposta uma providência cautelar, a pedido de várias associações de agricultores, de ambiente e do consumidor, com vista a suspender a autorização da venda e do cultivo de sementes transgénicas em Portugal.

21 Setembro 2005 – É publicado o diploma que autoriza o cultivo de milho geneticamente modificado, aprovando a regulamentação sobre a produção das 17 variedades permitidas pela Comissão Europeia.

http://transgenicosap.webs.com/cronologia.htm

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