· CONTRADIÇÕES DO NOVO TESTAMENTO
Jul
I - INTRODUÇÃO
A origem do NOVO
TESTAMENTO
1.1 O chamado Novo
Testamento é formando
de 26 livros, dos quais quatro são supostos relatos Os Evangelhos sobre a
vida e ensinos de Jesus Nazareno, 21 cartas, cuja autoria é atribuída aos
primitivos discípulos de Jesus, porém, a maioria teria sido ditada pelo
apóstolo Paulo, um judeu convertido posteriormente à seita dos nazarenos há um
livro chamado de Atos dos
Apóstolos, relatando
alguns fatos e as atividades dos discípulos após a morte do seu líder, e um
livro de misticismo, chamado Apocalipse (palavra grega para Revelação). Tais livros formam
o fundamento do cristianismo e são apresentados à Humanidade como a última
palavra do Criador, em substituição à Torah. Aos Profetas e às Escrituras, que
foram o TANACH [sigla
para Torah, Nevyim veChetuvim] a Bíblia
Judaica, comumente chamada de Velho
Testamento pelos
cristãos.
1.2 No entanto, a patente contradição do chamado Novo Testamento com a TORAH
(o Pentateuco), por si só, já é suficiente argumento para refutar sua origem
Divina, pois, como diz a Escritura: Tua Torah é
Verdade (Tehilim
[Salmo] 119:142). Assim, qualquer Luz de conhecimento posterior à Revelação do
Sinai deve, necessariamente, concordar com os escritos do maior Profeta do
Eterno, Mosheh Rabênu [Moisés, nosso mestre], sobre a quem a mesma Torah
declarou: Nunca se
levantou em Israel um profeta como Mosheh, com quem o Eterno falou face a face (Devarim [Deuteronômio] 34:10 ver Shemot [Êxodo]
33:11 Bamidbar [Números] 12:6-8). Quando esse texto foi escrito, para ressaltar
a Autoridade Divina conferida a Mosheh, de forma preponderante, Israel ainda
não existia com Estado como estado Teocrático. Só mais tarde, portanto, o
Eterno inaugurou o Ministério dos Profetas. A expressão nunca se levantou, no
passado, é dada como fato consumado e definitivo, a ressaltar a impossibilidade
de surgir, no futuro, um profeta mais qualificado do que Mosheh. Assim, todos
os Mensageiros do Eterno, então, fundamentaram sua pregação nas Palavras
reveladas a Moshêh, subordinando-se à Autoridade daquele que também foi
considerado pela Torah como o primeiro Rei em
Yeshurun (Devarim
33:5).
1.3 Na realidade, existem centenas de contradições no texto do Novo Testamento quando
cotejado com a Torah, assim como, também internamente, Os Evangelhos, as Cartas
e os livros de Atos e Apocalipse entram em colapso quando os mesmos relatos ou
ensinos são comparados entre si, ou quando perspectiva profética do Tanach é posta em análise e confronto com o
entendimento dos escritores do Novo
Testamento . Não é
raro perceber-se desde logo, que uma fraude nem sequer bem arquitetada foi
levada a efeito nos escritos neotestamentários, pelo menos como atualmente
conhecidos. Em razão da fé cega de muitos cristãos, esse assunto não é
enfrentado como merece, salvo por uns poucos teólogos de mente mais aberta,
pois, do contrário, seria posta em evidência a grande questão embutida nesse
cenário de erros grotescos a saber: a
Figura de Jesus Nazareno, atualmente também chamado de Yeshua, por alguns
seguidores, como mais um falso messias.
1.4 Urge esclarecer, desde logo, que podemos distinguir três etapas históricas
na origem primitiva do cristianismo, todas excludentes, entre si, dos ensinos
adotados, tendo-se como paradigma a doutrina de Jesus, como subentendida dos
relatos evangélicos. A primeira etapa é a própria A seita dos nazarenos, chamada de O caminho (Atos 9:2 19:9 22:4), a qual ainda estava
identificada como o Tanach, conforme
esclarecido por Paulo, após sua conversão à seita (Atos 24:5, 14 26:22 28:23). Aos poucos, porém, Paulo rompeu com os nazarenos,
estabelecendo uma divisão teológica irreversível, que, na prática gerou o
paulinismo (1 Coríntios 1:12), a segunda etapa da religião cristã. Paulo
realmente desafiou autoridade dos primitivos apóstolos, como Pedro, a quem
considerava hipócrita, por apegar-se a valores judaicos (Gálatas 2:11-14). Por
fim, veio a lume o constantinismo, a terceira etapa, quando as mudanças
estruturais pregados por Paulo encontram o campo fértil para o sincretismo com
as religiões pagãs, sendo tal amálgama apresentado como a religião do Nazareno,
que se espalhou pelo mundo, a partir de Roma.
1.5 Nesse sentido, registra-se que o Novo
Testamento, tal como
hoje conhecido, não pode ser visto como uma obra acabada dos primitivos apóstolos
e discípulos de Jesus, mas como uma produção literária muito posterior, forjada
em época de fortes contendas teológicas sobre a pessoa e a obra do Nazareno,
com interesses políticos evidentes, tanto da parte do Império Romano, então em
decadência, quanto da parte dos clérigos e autoridades religiosas, já
emprenhados em disputas pelo poder mundano. No império Romano, é destacada a
figura de Constantino, o imperador-sacerdote do deus-Sol, ao qual eram
dedicadas as festas saturnais do fim do ano (calendário romano), aí incluindo o
Natalis Solis Invicti [Dia do Nascimento do Sol Vitorioso"],
posteriormente comemorado também como o Natal ou Nascimento de Jesus, no dia 25
de dezembro. Para enfatizar sua adoração ao deus-Sol, Constantino, por meio do
Edito de 7 de março de 321 EC, transferiu o culto dos cristãos, ainda no Shabat
- uma reminiscência dos primitivos seguidores judeus de Jesus, membros da seita
dos nazarenos para o
primeiro dia da semana, então conhecido como Dia do Sol, como até hoje se vê em alguns idiomas (Sunday),
em Inglês: Sonntag, em alemão), e posteriormente denominado, pelos cristãos, de
Domingo [em latim:
Dia do Senhor].
1.6 Dois marcos históricos principais estão associados com formato do Novo Testamento atualmente
conhecido. O primeiro marco foi o Concílio de Nicéia (iniciado em 325 EC),
convocado pelo Imperador Constantino que presidiu na sua abertura mesmo sendo
um pagão, pois
jamais Constatino se convertera ao cristianismo, conforme relativo fantasioso
da igreja de Roma. Ele exerceu o cargo de sacerdote do deus-Sol até que, no seu
leito de morte, em 337 EC, o bispo de Roma procedeu ao ritual de conversão,
quando ele nem mais podia manifestar-se sobre se essa era sua vontade. No
Concílio de Nicéia, foi aprovado, além da autoridade política dos bispos, o
cânon do Novo
Testamento, quando
foram rejeitadas centenas de escritos tidos como sagrados por muitos cristãos
fora de Roma, compostos de relatos evangélicos e cartas dos apóstolos e
primitivos discípulos, hoje rejeitados. Também naquela ocasião, por meio de
voto, foi aprovada a divindade de
Jesus, que, a partir de então, passou a ocupar,
oficialmente, o papel de Segunda pessoa da trindade, abrindo-se daí a
oportunidade ao estabelecimento da mariolatria, pois Maria, genitora de Jesus
Nazareno, logo seria alçada ao papel de mãe de D-us (em grego: theotokos), já que, obviamente, Jesus sendo deus, segundo
essa doutrina, sua genitora seria a mãe de D-us, como hoje é adorada pelos cristãos católicos e
ortodoxos gregos e russos.
1.7 Pela importância do papel do imperador Constantino na formação da nova
região, que, na verdade, é uma fé essavita (oriunda de Essav, ou Esaú, pai dos
romanos e italianos), cujo fim último é perseguir a Israel, poderia o
cristianismo ser denominado de constantinismo. Afinal, graças ao imperador
romano foi possível elencar, durante o Concílio de Nicéia, as doutrinas
principais da nova religião, nascida em Roma, de onde se espalharia pelo mundo,
deixando em seus caminhos históricos as marcas de conversões forçadas, de
derramamento de sangue e assassinatos, de escravização de povos e destruição de
culturas. Ademais, de forma ainda mais marcante, o constantinismo é a religião
do antijudaísmo, como ficou bem claro no decorrer dos últimos quase dois milênios,
pois, para justificar sua própria existência, a nova religião romana não apenas
procurou afastar-se de suas fontes judaicas, oriundas dos primitivos seguidores
judeus de Jesus, mas decidira, induvidosamente, destruir os próprios
israelitas, para que se consumasse a tese que ficou conhecida como Teologia da
Substituição cuja
premissa é esta: uma vez que a igreja foi levantada para substituir a Sinagoga,
os judeus deveriam ser eliminados, porque seriam um entrave, nesse novo
cenário, para a supremacia cristã, conforme um dos textos mais coloridos de
anti-semitismo do Novo
Testamento: os judeus não somente mataram o senhor Jesus e os
profetas, como também nos perseguiram, e não agradam a D-us e são inimigos de
todos os homens (1
Tessalonicenses 2:15): Como diz Ave Maria, edição católica, de 1967, os judeus eram agora rejeitados por D-us (p. 1.535). Esse pensamento malvado serviu de
pretexto, máxime pela mentira de que foram os judeus que assassinaram o messias
dos cristãos, para respaldar a tese de ser a vontade de
D-us a promoção de toda a sorte de perseguição do Povo
de Israel, nestes quase vinte séculos de história da igreja.
1.8 O segundo marco dessa história mal contada e deturpada pelos cristãos, como
bem sabido dos estudiosos, tem a ver com o tempo do bispo Dâmaso (papa Dâmaso),
que determinou a São Jerônimo [viveu entre 342 EC a 420 EC] que
precedesse a uma reforma no texto do Novo
Testamento, para
eliminar seus conteúdos considerados exacerbadamente judaicos, retirando as
possíveis dúvidas sobre a origem de Jesus Nazareno [a quem nenhum livro de
História da época se refere] a afastando certas passagens que retratavam a
humanidade do messias cristão de forma considerada exagerada. Em seu livro
derradeiro, Retractationes, Jerônimo confessa sua resistência em obedecer à
ordem papal e principalmente suas crises de consciência em ter cumprindo uma
missão que resultou em fraude maior do que aquela perpetrada pelo Concílio de
Nicéia.
1.9 Sobre a farsa a que fora levado pela ordem papal, São Jerônimo
escreveu ao pontífice romano: De velha
obra me obrigais a fazer obra nova. Quereis que, de alguma forma sorte, me
coloque como árbitro entre os exemplares das Escrituras que estão dispersos por
todo o mundo e, como diferem entre si, que eu distinga os que estão de acordo
com o verdadeiro texto grego. É um piedoso trabalho, mas é também um perigoso
arrojo, da parte de quem deve ser por todos julgado, julgar ele mesmo os
outros, querer mudar a língua de um velho e conduzir à infância o mundo já
envelhecido. Ele
ponderou, após tantas alterações nos textos: Meclamitans
esse sacrilegiu qui audeam aliquid in veteribus libris addere, mutare,
corrigere (Vão clamar que sou um sacrilégio, um falsário,
porque terei tido a audácia de acrescentar, substituir, corrigir algumas coisas
nos artigos livros (Obras de
São Jerônimo, 1693). Quando um cristão lê o Novo
Testamento, o grau de
sua ignorância pode ser mensurado pelo valor atribuído à obra como um todo. Ou
ela é de D-us, ou não é, e a única maneira de saber-se isso é comparando-a com
a Revelação do Sinai.
1.10 Foi assim que, depois de tantas arrumações e arranjos, o Novo
Testamento veio ser
esse amontoado de textos contraditórios, espúrios, com acréscimos atualmente
denunciados como invenções nas várias versões das Bíblias cristãs hodiernas
cuja edições atuais colocam entre parêntesis ou em notas marginais o
descobrimento de algumas trapaças. É significativo analisar eu, em razão de
tais mentiras e embustes, um número incalculável de seres humanos foi morto, ou
assumiu o papel de mártires de uma fé cujas bases de sustentação são o engodo,
a credulidade, a falsificação de fatos históricos e a deturpação dos textos
sagrados dos judeus, utilizado de forma desautorizada e contraditória, para
emprestar validade a tantas tramas e deboches. Na verdade, cristãos sinceros,
sem se aperceberem que são vítimas de falsidade histórica, admiram-se de os
judeus não terem aceitado a Jesus como seu messias. Esse cenário está mudando
hoje muitos cristãos, especialmente os descendentes dos
convertidos à força durante a chamada santa Inquisição Os B´ney
Anussim estão
acordando para a realidade de que a única Revelação verdadeira foi dada no
Sinai e aos Profetas de Israel (Devarim 4:5-8 Tehilim que os judeus são os
únicos depositários dos Oráculos de
D-us em Romanos 3:1, 2 9:4 João 4:22). O Novo Testamento,
devidamente lido, não passa de um amontoado de tolices e contrações, incapazes
de satisfaz à busca da Verdade por uma alma sincera. Não resiste a um confronto
com a Bíblia Judaica.
II UMA BREVE CONSIDERAÇÃO DO TANACH COMO MARCA DEVASTADORA DA FALSIDADE DO NOVO TESTAMENTO
2.1 Uma pessoa honesta, que lê a Carta aos
Hebreus, cuja
autoria é atribuída ao apóstolo Paulo Um judeu,
de origem romana, que, como visto, deu nova fisionomia aos ensinos de Jesus,
rompendo, assim, com a Torah embora o
estilo da escrita destoe totalmente das demais epístolas paulinas, perceberá o
esforço inteligente do seu autor para provar a divindade do Nazareno, como se o fim colimado desse
desiderato fosse convencer os judeus que seu messias já havia chegado e era um
deus. Todavia, o autor da Carta aos Hebreus perde-se em temas tão simplórios,
para uma consideração paradigmática do Tanach, que
chega a ser infantil. Por exemplo, no capítulo 3, o escritor dessa Carta faz a
seguinte comparação entre Jesus e Mosheh:
a) enquanto Mosheh era Servo de D-us, Jesus é Filho
b) Mosheh foi fiel na Casa de D-us, e Jesus era o construtor da Casa e, assim,
era o próprio Deus
c) em razão disso: Mosheh seria inferior, merece menor honra, afinal, se Jesus
é D-us, Moisés é seu servo. Mas há um problema insolúvel nessa análise
superficial dos fatos. Voltemos à Torah veremos que os escritos de Paulo e de
outros escritores do Novo
Testamento não
resistem a mais obsequiosa análise e defesa.
2.2 De fato, quando o apóstolo Pedro valeu-se do texto de Devarim 18:15-19,
para provar que Jesus
era o prometido Profeta, como lemos em Atos dos Apóstolos 3:22 e 23, o mesmo
fazendo o discípulo Estevão em Atos 7:37, fica evidente uma questão judaica
indestrutível por qualquer argumento contrário: o Profeta Prometido não poderia
ser diferente ou mais importante do que Mosheh, seria um homem como Mosheh, não
um deus encarnado: seria um judeu submisso a D-us, e jamais um Profeta teria
maior glória do que Mosheh em Israel, como está escrito na Torah. Com efeito, o
ponto essencial é este: Um Profeta
semelhante a mim (Devarim
18:15, 18). Como o escritor da Carta aos Hebreus atribuiu divindade a Jesus,
este não é o Profeta
semelhante à Mosheh,
desqualificando a Jesus, destarte, de ser o Prometido Messias. O verdadeiro
mashich, ainda que realize obras mais poderosas do que as feitas por Mosheh,
sujeitar-se-á, sempre, aos escritos mosaicos, pregado por Paulo, que acusa a
Torah de cegar os judeus! (Gálatas 3:5 2 Coríntios 3:7, 8, 13-16)
2.3 Nesse contexto, é de todo interessante notar que os judeus, logo após a
morte de Mosheh, estimavam que Yehoshua (Josué) fosse no máximo semelhante à
Mosheh, embora com uma missão em certo sentido até mais relevante a de levá-los à consumação das Palavras da Torah,
proferidas pelo Eterno, quando à conquista da Terra Prometida. A mesma ameaça
que lemos em Devarim 18:19, quanto a ser morto aquele que rejeitasse as
Palavras do Profeta semelhante à Mosheh, os israelitas a aplicarem a seu
relacionamento com Yeshoshua (ver Yehoshua [Josué] 1:17, 18). Imagine-se, pois,
se diferentemente do que nossos antepassados disseram a Yehoshua: Queremos que tu sejas semelhante à Mosheh, tivessem este dito: Iremos te considerar mais importante que Mosheh! Essa situação desqualificaria Yehoshua quanto a
ser um Profeta do Eterno, posto que ele fosse diferente e superior a Mosheh.
Quanto a isso, conforme já vimos acima, a Torah é definitiva: Nunca se levantou em Israel um profeta como Moshes,
com quem o Eterno falou face a face. Devarim
34:10 ver Shemot 33:11 Bamidbar 12:6-8) Ao tentar conceder a Jesus uma
distinção inexistente, a bem da verdade, o escritor da Carta aos Hebreus deu um
golpe de morte na sua pretensão de ele ser reconhecido com o Messias de Israel!
Definitivamente, à luz da Torah, Jesus não é o Messias esperado.
2.4 Uma outra pérola, no meio de tantas outras, do escrito da Carta aos
Hebreus, foi à construção totalmente forçada de que a Nova Aliança (de onde
veio a idealização do Novo
Testamento, ao passo
que nunca houve um Velho, já que nenhum homem morreu em favor dos
israelitas, deixando sua herança no documento chamado de Testamento), tem a ver
com a profecia de Yirmeyahu (Jeremias) 31:31-34, literalmente citada em Hebreus
8:8-12. Alguns problemas, porém, devem ser suscitados aqui. Um deles, gritante,
é que na época de Jesus não mais existia o país Israel, independente, que constituiu o Reino Setentrional
da Terra Santa, mas apenas a parte chamada Yehudah (Judá) permanecia em evidências, graças às
promessas Divina da perseverar Judá (Melachim Álef [ 1 Crônicas] 11:32 Melachim
Beit 12 (2 Crônicas, cap. 12). O Profeta Jeremias, todavia, fala de uma Nova
Aliança a ser feita exatamente com a Casa de Israel e com a Casa de Judá. Daí
ser necessário observar que essa profecia somente poderá acontecer quanto se
cumprir outra profecia a da
restauração das duas Casas: Israel e Judá a sua
subseqüente reunificação, conforme consta de várias outras profecias
(Yiechezkel [Ezequiel] 37:16-25 ver Yieshayhu [Isaías] 11:11, 12 Yirmeyahu
[Jeremias] 3:18 50:4.
2.5 Portando, quando Jesus entrou no cenário judaico, no primeiro século da Era
Comum, não havia mais as duas Casas a de Judá e
a de Israel mas
unicamente a Casa de Judá, incluindo judeus da tribo de Benyamin, além dos
levitas, a qual se encontrava sob o domínio romano. Por isso, a própria origem
do chamado Novo
Testamento, seria a Nova Aliança, predita em
Jeremias 31:31, é fraudulenta, porque, não existindo a Casa de Israel, algo a ser
compreendido na restauração das Tribos perdidas, que é uma das missões do
Mashich verdadeiro (Yishayahu 11:1, 11,12 49 6), não poderia Jesus ser o
mediador dessa Nova Aliança apenas com a Casa de Judá. Para compreender plenamente essa questão, é
mister recordar-se que a vinda do Mashiach de Israel, o Descendente de Yishay,
pai de David, como predito em Yishayahu 11:1-12, somente ocorrerá após a
Segunda Grande Teshuvah (Retorno) e a Reunião dos Judeus, sim, pela Segunda vez, após a
Segunda destruição do Beit HaMikdash, evento que, de acordo com os evangelhos,
Jesus predisse a destruição do Templo sagrado, ele não pode ser o Mashich, pois
o Mashich somente viria depois dessa destruição e a própria vinda do Mashich
legítimo somente ocorrerá no fim da grande Diáspora, iniciada com a destruição
do Segundo Templo! (é só ler Yishayahu 11:1, 2, 11,12).
2.6 De fato, entre os grandes eventos preditos, para a vinda do Mashich, está o
retorno de judeus à Terra Santa e a reunificação das Casas de Judá e de Israel
(Yishayahu 37:15-28) e o domínio de Israel sobre o Monte Moriah, onde será
edificado o Terceiro Templo, terminando os dois mil anos ou dois dias preditos
por Hoshea 6:1, 2 (um dia equivale a mil anos para o Eterno, conforme o Tehilim
[Salmo] 90:4), quando os filhos de Israel retornariam à Terra Santa para, ali,
restabeleceram os sacrifícios, e o próprio Santuário Sagrado será o penhor da
Nova Aliança, que é uma Aliança de Paz (Hoshea 3:4, 5 Yiechezkel 37:21-28),
Nesse sentido, o Novo
Testamento é uma farsa
que, sem dar-se conta do alcance e do tempo especifico do cumprimento das
profecias, apresenta (divagações) em que se confundem contradições e sofismas
diversos. Um exemplo adicional desse cenário contraditório é a questão de um
ser humano poder ser ensinado por outro, após a plena implantação da Nova
Aliança. No texto de Jeremias 31:31, 33, 34, foi predito: Eis que vêm dias, diz o
Eterno, irei concluir uma Nova Aliança com a Casa de Israel e com a Casa de
Judá, `Esta é a
Aliança que firmarei com a Casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Eterno, implantarei
Minha Torah no seu íntimo, e escreverei no seu coração. E não mais ensinará
jamais cada um ao seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhece ao Eterno, porque
todos Me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Eterno, pois perdoarei as suas iniqüidade e dos seus
pecados jamais Me lembrarei.
2.7 Como sabido, quando a Verdadeira Aliança do Mashich estiver em operação, a
Humanidade adquirirá tão elevado conhecimento da Torah, que todos os seres
humanos serão igualmente integrados à plenitude Divina e tudo funcionará para o
bem comum (Yieshayahu 11:9 Tehilim 22:26-28). Ninguém precisará mais de
instrutores, de pregadores e de líderes religiosos. Nenhum homem dominará outro
homem para desgraça, como ocorreu na História (Kohelet [Eclesiastes] 8:9). Ao
aplicar esse texto de Jeremias, para dar uma roupagem profética ao Novo Testamento (e Hebreus
8:10, 11), mais uma vez restou exposta a fraude neotestamentária do
proselitismo determinado: Ide e fazei
discípulos e todas as Nações, batizando-as... ensiando-as a obedecer todas as
coisas que vos ordenei (Mateus
28:19, 20) Se, como vimos, a Nova Aliança proíbe, taxativamente o ensino, nesta
palavras: Não mais
ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhece ao Eterno, porque todos Me conhecerão,
desde o menor até ao maior deles, como é
possível identificar o chamado Novo
Testamento cristão com
a Nova Aliança Judaica?
Ademais, na perspectiva profética, não são os judeus que procurarão os gentios,
nos Acharit Hayamim [últimos dias da História], mas são os gentios que
procurarão os judeus, para servirem ao mesmo D-us, após a construção do
Terceiro Templo, no Monte Moriah, em Yierushalayim (ver Yieshayahu 2:2-5 56:1-8
Zacharyah [Zacarias] 8:20-23.
2.8 Um segundo aspecto, entre centenas de outros, a desmascarar a falsa
pretensão de o Novo
Testamento ser Palavra
de D-us, em confronto com a Revelação do Sinai, tem a ver com a fraudulenta
aplicação de Hoshea (Oséias) 11:1 ao menino Jesus, em que fuga para o Egito,
apresentada apenas no evangelho de Mateus como uma determinação dada por meio
de um anjo, em sonho, a José (Mateus 2:13-15). Segundo a narrativa, D-us não teria
encontrado outro meio para salvar o Seu Filho, senão pela violação de Sua Torah, na qual o
Eterno determina que, entre os deveres de um rei judeu, está a proibição de
fazer o povo retornar ao Egito, porque a Mitzvah é clara: Nunca mais deveis retornar por este caminho (Devarim 17:16). A invenção da ida dos pais de
Jesus ao Egito, vendo-se o assunto sob óptica mais benévola, não poderia jamais
acontecer, diante da ameaça do Profeta Yieshayahu (Isaías): Ai dos que descem ao Egito em busca de Socorro...
Os que não atentam para o Santo de Israel, nem buscam ao Eterno (Yieshayahu) 31:1 ver 30:1, 2). Na verdade, a
Torah considera a ida ao Egito, ainda que em busca de socorro, como um dos mais
graves castigos em razão de ignominiosos pecado praticados contra o D-us de
Israel (Devarim 28:68), uma verdadeira negação da Primeira Pronunciação: Eu sou o Eterno, teu D-us, que te fiz sair da Terra
do Egito, portanto, é uma traição ao D-us Libertador! É retornar à terra da escravidão!
2.9 Todavia, por mais incrível que possa parecer, esse ensino, cheio de
aberrações terríveis, do ponto de vista da Torah, encontrou respaldo em outro
exercício de fraude impensável: estava prevista essa ida ao Egito! Assim, lemos
em Mateus 2: 14,15 que José
levantou-se, tomou de noite o menino a sua mãe, e partiu para o Egito, e lá
ficou até á morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito pelo
Senhor, por intermédio de seu profeta: Do Egito
chamei o Meu filho. Como
sabido, essa citação é parte de Hoshea 11:1: Quando Israel
era menino, eu o amei e do Egito chamei o meu filho. Esse texto sagrado, no entanto, nada tem a ver com
a trama neotestamentária, por simples razão: reporta-se á libertação de judeu
para lá, algo proibido logo no verso 5, do mesmo capítulo 11 de Hoshea, como
também em vários outros textos do mesmo profeta (hoshea 7:16 8:13 e 9:3). No
texto citado, o Eterno está recordando o que já fez por Israel no passado e não
o que ele faria no futuro, pois o inteiro cenário tratado quanto a uma ida a
mitzayim é sempre no contexto de castigo, pela rebeldia e pela violação da
torah (Devarim 28:68). Pena que Mateus, sendo judeu, se realmente era, ou quem
o reescreveu, não viu nada disso, e deturpou a torah para fundamentar a ida do
menino Jesus ao Egito-um lugar proibido, para buscar-se refúgio e, com essa
desobediência, livrar-se de Herodes, que iria a falecer só mais tarde. Não
seria mais fácil para o Todo-Poderoso retirar de Herodes do caminho, ao invés
de mandar o menino e sua família para o Egito? Assim, que certeza poderíamos
ter de ele ser coerente?
2.10 Há uma outra questão de suma importância para provar as fraudes do Novo Testamento e tem a
ver, desta feita, com a virgindade de Maria, quando do nascimento de Jesus
nazareno. Uma das invenções mais grosseiras do Novo
Testamento, de fato,
consiste no ensino do nascimento virginal de Jesus, pois apresenta como erro do
criador a normal faculdade da geração e concepção de filhos, como escreveu
Tomás de Aquino, considerando um dos baluartes do cristianismo, doutor da igreja: ´D-us
deveria ter encontrado uma maneira menos imunda para a procriação ´. Essa
rejeição da primeira de todas as Mitzvot da Torah, a procriação (Beresht 1:
28), pelo cristianismo, ao forjar o ensino de que Maria mãe de Jesus continuou
sendo virgem após a concepção e o parto, emprestou uma inexistente
pecaminosidade ao sexo, como é crença generalizada na igreja, que proíbe o
casamento de clérigos, exige o celibato de homens e mulheres que quiserem viver
uma vida de maior santidade, desvirtuando, assim, a santidade do matrimônio e
o prazer sagrado que vem da relações sexuais (Mishley 5:15-21). Essa questão
colide, inclusive, com o entendimento cristão de que o Isaque, mesmo tendo sido
gerado por meio de uma relação sexual de Abrahão e Sarah, nasceram do espírito
santo (Gálatas 4:29). Por que não seria assim com Maria e José, no tocante ao
seu filho, Jesus? Não nasceu Jesus se uma mulher? (Gálatas 4:4).
2.11 Todavia, como sempre ocorre, para fundamentar-se, a falsidade precisa de
um pouco de verdade. Assim, nada mais inteligente do que construir a teologia da virgindade a partir
de um texto mal aplicado do Tanach e esse texto é o do profeta Yieshayahu (Isaías)
7:14, que reza, no texto hebraico literal: Portanto,
dará o Eterno mesmo para vós sinal: eis, a donzela grávida dará à luz filho e
lhe chamará o nome Imanu El (que
significa: Conosco
[está] D-us). A começar
pelo fato de não contar no texto a palavra virgem (em hebraico: betulah), mas almah, ou seja,
jovenzinha ou donzela, várias situações mostram o inútil esforço da igreja
para, à semelhança das religiões do Egito, Índia, Pérsia etc., cujos avatares
nasceram de virgens.
- Osíris, Krishna e Mitra, respectivamente também
apresentar ao mundo o seu deus (Jesus) como nascido de uma virgem. Ademais, na
Pérsia, Zoroastro era visto como o redentor do mundo, nascido de uma virgem o
próprio Buda também nasceu de uma virgem, chamada Mai ou Maria os Siameses
criam num deus nascido de uma virgem chamada Codom, que fora avisado por anjo
que se tornaria mãe por meio dos raios de Sol, e que o filho teria natureza
divina. Essa falsidade, como visto, não é exclusiva dos cristãos, pois é mais
antiga do que sua fé, mas o paganismo também dominou o tema no seio do
cristianismo.
2.11 Diante desse quadro estranho, a única coisa que os cristãos não fizeram,
para perceber a fragilidade dessa tremenda falsidade, foi ler todo o capítulo
sete de Isaías, e forjaram a história da virgindade, a qual logo leva o leitor
à seguinte questão: Quem mentiu o Profeta
Isaías, que diz que o nome da criança seria Emanuel [Imanu El], ou o anjo
analfabeto, que não leu Isaías e mudou o nome do bebê para JESUS? (Ver Mateus
1:21), Ora, ninguém nunca chamou Jesus pelo nome de Emanuel, e sabemos que
realmente nasceu um menino, nos dias de Acaz, segundo a Profecia, que a ele se
dirige como Imanu-El (Isaías 8:8), atribuindo-se ao Rei Ezequias esse título,
em razão das grandes obras por ele promovidas, na condição de instrumento do
Eterno. No entanto, a grande dificuldade não é apenas a do nome que é muito relevante em termos de Escrituras
Sagradas mas tem a
ver com o tempo de cumprimento da própria profecia sobre o nascimento de
Emanuel, como sinal Divino.
2.13 Os cristãos tomaram o bonde errado, ao presumir que poderiam levar a
profecia de Isaías 7:14 para quase sete séculos. Depois, para a época de Jesus,
uma vez que o Eterno fixara, por Seu santo Profecia, Isaías, o tempo preciso do
cumprimento dessa profecia, que era de apenas até treze anos, ou seja, o tempo
em que o menino faria seu Bar Mitzvah. Basta ler, na tradução católica A Bíblia
de Jerusalém: Pois sabei
que os senhor mesmo dará um sinal: Eis que a jovem concebeu e dará a luz um
filho e pôr-lhe-a o nome de Emanuel. Ele se alimentará de coalhada e de mel até
que saiba rejeitar o mal e escolher o bem, a terra, por cujos dois reis tu te
apavoras, ficará reduzida a um ermo (Isaías 7:
14-16). Os dois reis Retzin, da
Síria, E Fecach, de Efráim [Samária] uniram-se
para atacar Judá, mas o Eterno disse que isso resultaria em nada, e deu o sinal
do nascimento de Emanuel um sinal
para os dias de Achaz, enquanto Judá estava sob a ameaça desse dois reis
inimigos. Não há como estender esse sinal para os dias em que os romanos
dominavam a inteira Terra de Israel, pois essa extensão de tempo colide, ainda,
com os sessenta e cinco anos finais de sobrevivência do rebelde Efráim
(Samária) (ver Isaías 7:8 2 Reis 17: 1-6). A simples leitura de todo o capítulo
7 Isaías expõe a fraude dos cristãos e na estranha história da Virgem Maria. Aliás, da
família de Jesus tudo o que se pode ver é confusão. De fato, quem era seu avô,
pai de José? Mateus diz que era Jacó (Mateus 1:16) Lucas discorda, e diz que
era Eli (Lucas 3:23). O mais grave, porém, é que Mateus (1:11,12) inclui
Jeconias entre os ancestrais do Nazareno, o que impede Jesus de pleitear o
trono de David, diante do impedimento de os descendentes de Jeconias poderem
ser reis em Judá, por determinação divina (Jeremias 22:24-30).
III NOSSO REPÚDIO PELAS MENTIRAS DO NOVO TESTAMENTO O CONFRONTO
COM A VERDADE!
3.1 Quando uma pessoa que se diz judeus
messiânico, ou seja,
que é um pretenso judeu
cristão, vai rezar
no Muro das Lamentações sente um
terrível impacto: Há um Muro (Kotel), que subsiste há muitos séculos de
História. Segundo a Fé judaica, essa grande Parede de pedras dá testemunho de
que continuamos esperando o nosso Mashiach, como está escrito: O meu Amado é semelhante ao gamo ou ao filho da
gazela Ele está detrás da nossa Parede, olhando pelas janelas, espreitando
pelas frestas ( Shir
HaShirim 2:9). Ora, a própria continuidade da grande Parede do Kotel o lugar mais sagrado do Judaísmo até os nosso dias é um forte Testemunho da
veracidade da Palavra do Eterno. Mas, ao mesmo tempo, suscita, para os cristãos
e judeus messiânicos, uma triste
lembrança Jesus
mentira, quando profetizou: Em verdade
vos digo não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada (Mateus 24:2). As pedras do Kotel HaMaaravi
continua umas sobre as outras. A profecia de Jesus falhou espalmadamente!
3.2 Não foi somente essa profecia de Jesus que não teve cumprimento. Há algumas
mais dramáticas. Por exemplo, Jesus disse que seus discípulos não terminariam
de pregar nas cidades de Israel e nem morreriam antes de verem chegar o Filho do Homem no seu
reino o que não aconteceu, como sabemos, até nossos dias
Mateus 10:23 16:28 24:14. Naturalmente, o Reino de
D-us, nos precisos termos descritos por Daniel 2:44, é um Governo real, que
acabará com os sistemas políticos terrestre e os substituirá, definitivamente,
pelo terrestres e os substituirá, definitivamente, pelo Reinado da Casa de
David. Se um cristão tenta convencer-nos de que a chamada transfiguração seria esse reino, realmente
está delirando. O Reino de D-us não se sabe por que, nem poderia ser relatada
para ninguém conforme ordem de Jesus (Mateus 17:9). Claro, se Jesus disse que
seu reino não é desde
mundo (João 18:36), mas o Reino de D-us é deste mundo e
destruirá os demais reinos deste mundo e somente ele permanecerá (Daniel 2:44
Tehilim 110:1-8, texto heb.), ou seja, somente Israel restará (Jeremias
30:10,11 46:28), o reino de Jesus deve ser outro planeta. Não admira que ele,
nas duas mais importantes ocasiões em que poderia provar sua pretensão real,
simplesmente agiu com covardia! (João 6:15 Mateus 26:63, 64). Sim, não quis
assumir o que o anjo do evangelho sobre ele dissera: D-us lhe dará o trono de Davi, seu pai! (Lucas
1:32). O trono de Davi era deste mundo!
3.3 Libertar uma pessoa que passou pela lavagem cerebral do Novo Testamento certamente
não é fácil. Crer em mentiras deslavadas faz parte da teologia cristã. Um
exemplo é a deturpação do relato do historiador judeu Flávio Josefo, no livro
Guerra dos Judeus contra os Romanos (cap. 19, parte 321), sobre a morte de um
homem chamado Zacarias, filho de Baraquias, no Templo, evento que ocorreu quase
quarenta anos depois da morte de Jesus. No entanto, ao escrever seu evangelho,
o discípulo Mateus apresenta Jesus dizendo que Baraquias era pai do Profeta
Zacarias, sacerdote assassinado no pátio do Templo, em Jerusalém. Houve uma
tremenda confusão em Mateus 23:35, porque o Zacarias morto a mando do ímpio rei
Yash (Jeoás), tinha por pai Yehoiada, como se pode ver em Divrey Hayamim [2
Crônicas] 24:20. Assim, o Mateus tomou como matéria de fundo do seu relato um
evento ocorrido muito depois da morte de Jesus, e por isso, ou Mateus não sabia
que o Profeta Zacarias, que não é o mesmo escritor do Livro de Zacarias, tinha
por pai outro homem. Essa confusão desmerece o relato.
3.4 Uma outra questão essencial na nossa rejeição de qualquer possibilidade de
admitir o Novo
Testamento, mesmo como
livro histórico, é a intenção evidente com que os escritos foram deturpados, de
modo geral, os escritos foram deturpados, de modo geral, para fundamentar o
anti-semitismo que norteou o morticínio dos judeus nestes quase dois mil anos
de supremacia do cristianismo. O deboche atinge o auge quando Israel é
simplesmente substituído pelos gentios, como se todos os juramentos Divinos,
feitos aos nosso antepassados, fossem promessas passíveis de alteração. Os
constantes ataques contra os fariseus, de parte de Jesus, realmente mostram que
ele não cumpria nem sequer o que ensinava, quanto a não retaliar os inimigos.
Segundo Mateus e Lucas, o mestre foi muito além, põe os filhos do reino os judeus no inferno,
e os gentios são contemplados, no Mundo Vindouro, com a vida eterna junto com
Avraham, Yitzchak e Yaakov, e todos os Profetas (Mateus 8:11 12: 13:28, 29)
assim ao invés de serem os judeus os reunidos dos quatro cantos da Terra, com
predito (Isaías 43:5-7 49:12), a igreja pretende ser destinatária, no lugar dos
israelitas, das promessas de restauração e, para isso, transformou os gentios
em substitutos dos filhos de Avraham. No entanto, no Propósito Divino, os
não-gentios são chamados a participar da alegria do Povo de Israel, o Povo
salvo pelo Eterno, e não a usufruir a Redenção, exclusivamente, ou como
substitutos dos judeus (Devarim 32:43 33-28, 29).
3.5 Da leitura do Novo
Testamento,
ressalta-se a única conclusão possível: não se trata de uma mensagem Divina,
dadas as hostilidades contra a santa Torah. A aceitação desse conjunto de
heresias além da
generosa proposta de Rav Rambam, de que D-us pode usar tanto o Nazareno quanto
o Ismaelita, como instrumentos para pregar o
caminho para o Rei-Messias, moldando o mundo todo para servir a D-us
conjuntamente [Mishnê
Torá, Imago, p. 296] é realmente
repudiar a Torah, e os Profetas. Nesse caso, jamais poderemos, como judeus,
trair nossa fé ancestral, em razão da qual fomos constituído o povo santo e
especial de nosso D-us. Nesse diapasão, devemos identificar o perigo que
causará á nossa segurança espiritual manter amizade com quem se esforça em nos
afastar da Torah para crer num senhor morto, num falso messias e num deus desconhecido de
nossos Patriarcas. É mister recuperar a plena consciência de que não é possível
fazer um amálgama de doutrinas judaicas e cristãs. Simplesmente, isso é
impossível. Quando nos deparamos com pessoas sejam elas quem forem que desejam
nos seduzir para crer no falso messias com tais, porque estaríamos adentrando
no caminho da idolatria, para adorar outro Deus, que não o KADOSH BARUCH HU.
Lembremos-nos, portanto, da advertência da torah: se teu irmão, filho de tua mãe, ou teu filho, ou
tua filha, ou a mulher de teu amor, ou o amigo que amas como a tua própria alma
te incitar em segredo, dizendo: vamos e
sirvamos a outros deuses, que não conheceste, nem tu, nem teus antepassados,
não concordarás com ele, nem o ouvirás não o olharás com piedade, não o
pouparás, nem o esconderás... (Devarim
13:6-8). O desprezo a tais pessoas é a nossa segurança espiritual. Descarta-se,
daí, a possibilidade de ecumenismo perigoso.
3.6 Uma das dificuldades adicionais da aceitação da Messianidade de Jesus
Nazareno, além do fato dele não ser descendente de David Melech (pois os
evangelhos dizem que José era apenas seu pai adotivo, e nessa situação nem
mesmo ele poderia ser aceito na Congregação de Israel, por ser um bastardo Devarim 23.2), é o tempo decorrido desde sua vinda
e o não - cumprimento das profecias que, na visão dos Profetas de Israel,
teriam imediata realização como promessas messiânicas. O cristianismo falhou em
tudo. O cenário do mundo atual, a par das desgraças perpetradas pelos
professores seguidores do Nazareno contra o nosso povo, comprova a fraude que o
cristianismo tem patrocinado para a sofrida humanidade. É por isso que nós -
judeus, não podemos assimilar essa fé decadente, essa farsa gritante e aceitar
o espúrio messias dos Cristãos. Precisamos ser livres do ideário cristão,
porque suas expectativas são falsas, seus ensinos contradizem a nossa Torah e
nós, judeus, temos todo o arcabouço da sabedoria infinita para nos guiar até à
chegada do nosso Mashiach, cuja vinda anelamos todos os dias.
IV AS CONTRADIÇÕES QUE A TRAMA NEOTESTAMENTÁRIA NÃO
CONSEGUIU APAGAR.
4.1 O simples exame dos escritos do Novo
Testamento, que servem
de base para a fé de cerca de dois bilhões de seres humanos, dá conta de que
não resistem a uma análise até singela. Pela aplicação do método de Shlomoh,
para a interpretação dos textos sagrados, comparado
uma coisa com outra, para a respeito delas formar o meu juízo (Kohelet Eclesiastes) 7:27, Verificaremos que cada
comparação, seja dos textos do Novo
Testamento com os do
TANA CH (a Bíblia Judaica), bem como nos próprios
textos da bíblia cristã entre si, a confusão é grande, às vezes as discrepância chegam a ser ridículas. O
lamentável é que há judeus se voltando para essas coisas espúrias, abandonando
o povo escolhido, justamente quando os sinais da chegada do verdadeiro
Mashiaach já apontam o despertar da era Messiânica. Por isso, a necessidade de
uma reeducação de famílias de judeus assimilados, ou em processo de abandono da
Torah, para que tomem conhecimento do perigo espiritual que estão correndo, ao
acreditarem em mentiras e tramas nem sequer bem urdidas.
4.2 Como judeu, além do método de Shlomoh, acima mencionado, temos as Treze Regras do Rav Yishmael, para a segurança das interpretações (Ver Sidur da
ED. Sêfer, pp. 302, 303). Usando-se esse método, qualquer tentativa para colher
alguma conciliação entre os textos neotestamentários mostra-se debalde.
Realmente, o Novo
Testamento deve ser
abandonado como literatura inexpressiva, em questões de Revelação Divina! A
total desarmonia entre os textos cristãos e até mesmo com a história secular é
gritante a cronologia não consegue acompanhar os eventos e não raro evidencia
uma estranha necessidade de fazer-se opção entre teses antagônicas. Esse quadro
é também evidente em discrepância doutrinárias. Assim, por exemplo, um membro
da Igreja Adventista pode encontrar, no Novo
Testamento, respaldo
para não comer comidas imundas (2 Coríntios 6:17, 18 7:1) mas, um membro da
igreja batista também encontrará guarida para o ensino de que é possível comer
comidas proibidas pela Torah (Ver 1 Coríntios 10:25 Marcos 7:18-20). É possível
acreditar que não é necessário nenhuma caridade para um crente salvar-se
(Efésios 2:8,9 Romanos 4:5), como é possível verificar que outro escritor exige
as boas abras para a salvação! (Tiago 2:14-26) ao que tudo indica, a oração do
Nazareno, em favor da unidade de fé dos seus seguidores, não foi ouvida! (João
17:20-23). É difícil conciliar as várias doutrinas cristãs em conflito, no
elenco de suas diversas seitas antagônicas, e retirar do Novo Testamento algo que
pudesse compelir com a nossa Torah simplesmente não sobra nada!
4.3 Uma maneira de compreender bem a triste situação do Novo Testamento é
levantar-se a contextualização dos ensinos, a partir dos evangelhos, do livro
de atos, das cartas e do livro do Apocalipse. A surpresa é grande, diante de
tantas contradições. Nesse sentido, recordamos o que escreveu o discípulo
Lucas, ao dizer que pesquisara todas as coisas para fazer seu relato
evangélico: Visto que
muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós
se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas
oculares e ministros da palavra, igualmente a mim me pareceu bem, depois de
ACURADA INVESTIGAÇÃO DE TUDO DESDE SUA ORIGEM, dar-te por escrito,
excelentíssimo Teófilo, UMA EXPOSIÇÃO EM ORDEM, para que tenhas plena certeza
das verdades em que foste instruído (Lucas
1:1-4). A impressão que se tem, logicamente, é que o Evangelho de Lucas, diante
de tais palavras, esgotou todo o ensino de Jesus e seria mais completo do que
todos os demais evangelhos. Mas isso não é verdade. Trata-se de claro sofisma.
4.4 Com efeito, o mais importante milagre de Jesus, relatado no Evangelho de
João, ou seja, a ressurreição de lázaro, após quatro dias de decomposição de
seu cadáver (João 11:1-53), não mereceu uma única linha no Evangelho de Lucas,
apesar de ele Ter feito uma acurada
investigação de tudo desde sua origem. Seria
Lucas o o médico
armado mencionado por Paulo como um de seus companheiros
e viagem? (Colossenses 4:14). Nesse caso, como médico, Lucas não engoliu a
magnitude desse assombroso milagre. Ou nada havia, na época em que compôs seu
relato, sobre esse fantástico fenômeno sobrenatural. É estranho ainda, o fato
de ter Lucas deixado de incluir, em seu exaustivo trabalho, nada menos que
quatorze parábolas de Jesus, encontradas em outros evangelhos: 1) a do joio 2)
a do tesouro escondido 3) a pérola de grande valor 4) a rede de pescar 5) o pai
de família e o tesouro 6) o credor exigente 7) os trabalhadores 8) os dois
filhos 9) as bodas 10)
as dez virgens 11) os dez talentos 12) as ovelhas e os bodes 13) o pai de
família e os servos 14) e a semente (ver Mateus 13:24-30:13:44-52 18:23-35
20:1-16 21:28-32 22:1-14 25:1-46). Lucas também como os
demais evangelistas sinópticos não incluiu
a história da mulher adúltera, relata em João 8:1-11, embora esse relato, antes
de estar no Evangelho de João já tivesse sido exposto no Evangelho de Lucas e
dali retirado. Segundo a antologia de Lewis Browne, Sabedoria de Israel, essa
história é de origem grega. A simples leitura desse texto, porém induz o leitor
a inferir que Jesus acreditou que uma mulher fosse capaz de adulterar sozinha,
ou ele era machista e parcial, pois nada perguntou sobre o homem adúltero (ver
Devarim [Deuteronômio] 22:22) o relato insinua que o Templo Sagrado possuía
chão, sem piso, onde Jesus pudesse escrever (João 8:2, 6, 8), e apresenta a
condenação da mulher como procedimento que pudesse ser levado à execução sem o
pronunciamento dos juizes! (Devarim 1:16, 17 16:18-20). Não admira que tal
texto esteja sendo expulso do Novo
Testamento como
espúrio!
4.5 Por isso, causa perplexidade a simples leitura de explicação, como a do Dr.
Lucas, de que seu evangelho conteria tudo desde
sua origem, toda a
história e ensinos do Nazareno. Mas Lucas equivocou-se, ou certamente não teve
acesso a muitos escritos sobre Jesus, hoje conhecidos, porque somente seriam
escritos muito mais tarde, por supostos discípulos, que não tendo escrito nada,
tornaram-se famosos escritores mesmo assim. Veja-se, por exemplo, o caso do
pseudônimo dado ao apóstolo João, sem que nada comprove ser ele o tal discípulos que Jesus amava (João 13:23 19:26 20:2 21:24). Seria mesmo João
esse discípulo tão destacadamente amado? Ora, esse título especial jamais
caberia a João, e sim, como de todos sabido, ao discípulo Lázaro, sobre quem
está escrito: Mandaram,
pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor está enfermo aquele a quem amas (João 11:3). Esse amor era muito particular.
Quando Lázaro morreu, Jesus chorou, e veio o reconhecimento desse amor pelos
presentes: Vede o
quanto o amava (João
11:36). Assim, o único discípulo a merecer tal distinção era Lázaro, não João.
Por ser o discípulo amado e destacado protagonista dessas histórias, que se
encontram no atual Evangelho de João, inclusive a de sua própria ressurreição,
desconhecida dos demais evangelistas, Lázaro está muito mais habilitado a ser o
autor de grande parte desse evangelho, particularmente porque, tendo
ressuscitado, conforme o relato seria sobre ele mais apropriada lenda de que o discípulo a quem Jesus amava... não morreria (João 21:20-23). Com isso, constatamos que até
mesmo a autoria dos relatos não é fidedigna. Quanto mais seu conteúdo e
veracidade histórica!
4.6 Quanto ao elenco de contradições, desarmonia entre si e inúmeras agressões
aos textos do Tanach, o Novo Testamento é
incomparável. Talvez somente o Corão livro
sagrado dos muçulmanos, que confunde Miriam, irmã de Moisés, com Maria, mãe de
Jesus possui mais sandices. Adiante, uma pequena lista
desse triste cenário que, a bem da verdade, desautoriza ser o Novo Testamento uma Palavra
do Criador para a Humanidade. De fato, da Torah foi dito: A Torah do Eterno é perfeita e restaura a alma o
Testemunho do Eterno é fidedigno, e dá sabedoria aos simples. Os Preceitos do
Eterno são corretos e alegram o coração o Mandamento do Eterno é puro e ilumina
os olhos (Tehilim
19:8, 9, texto hebraico). Com forte certeza, aprendemos, como judeus, que na
Torah, nos Profetas e nas Escrituras inspiradas, dadas aos nosso Povo, não há nenhuma coisa contraditória, nem perversa.
Todas são corretas, para quem as entendem justas, para os que acham o
conhecimento (Mishley
[Provérbios] 8:8, 9). O mesmo, evidentemente, não se pode dizer do Novo Testamento.
V ALGUMAS PÉROLAS
NEOTESTAMENTÁRIAS - CONFUSÕES E CONTRADIÇÕES SEM FIM. AS FALSAS PROFECIAS DE
JESUS NAZARENO. A IDENTIFICAÇÃO DO VERDADEIRO MESSIAS DE ISRAEL.
5.1 Para comprovar-se o elenco de contradições, falsas profecias, confusões e
não raro a má fé dos autores do Novo
Testamento, no vão
esforço de tornar a nossa Torah obsoleta e, assim, apresentar as escrituras
cristãs como sucedâneo do que se habituaram a chamar de Velho Testamento, ou seja, a
Bíblia Judaica, basta fazer uma simples leitura e comparação dos textos abaixo
citados. Infelizmente, até mesmo esse cotejo causa medo nos cristãos e nos
chamados judeus
messiânicos, porque
suas crenças simplesmente desabam, ao primeiro contato com a falta de
inspiração Divina de seus escritos sagrados. A lista abaixo, como se percebe,
não esgota o tema. Das centenas de contradições, escolhemos algumas, para
meditação dos leitores.
5.2 Naturalmente, os exegetas da fraude não se cansarão de tentar explicar o
inexplicável, para convencer os crédulos de que o Messias já veio há quase dois
mil anos atrás, embora as profecias fidedignas sobre a Era Messiânica somente
agora começam a fluir, com a aproximação dos tempos designados como Acharit
Hayamin com a
entrada de Israel, como Nação organizada, no cenário mundial, com o retorno dos
Judeus a Terra de
nossos ancestrais, com a crescente onda de anti-semitismo despontando nos
horizontes sóciopolítico e econômico das nações, com o despertar dos Judeus
para a Torah, inclusive os descendentes dos convertidos a força ao cristianismo, e, mais a frente, com a
breve restauração da Profecia em Israel e a construção do Terceiro Templo no
Monte Moriah. Por isso, simplesmente, não seria possível ver-se em Jesus o
nosso Messias, porquanto, nos seus dias, no primeiro século da Era Comum, diferentemente
do que todos os israelitas esperavam, não floresceu o justo e nem se viu a
esperada abundância de paz e nenhum Governo messiânico foi estabelecido! (Salmo
72:7, no texto hebraico 72:8). Além disso, Jesus morreu algo que não esperamos
de Rei-Messias, procedente da casa de David (Isaías 9:7 Daniel 7:14 Salmo 61:6,
7, no texto hebraico 61:7, 8) Anelamos, com fervor, pelo dia em que nosso
Messias Se manifestará, para a felicidade de todos os descendentes de Noé!
5.3 Em questão de identificação do Messias de Israel, é vital analisar algumas
das exigências fixadas no Tanach. Os
pré-requisitos messiânicos são amplos, e está bem claro que Jesus não satisfez
a nenhum deles ele apareceu no cenário fora do tempo, não concretizou a
libertação de Israel, não reuniu as Tribos dispersas, não pôde restaurar o
Templo, porque em sua época não estava destruído, não estabeleceu a paz entre
as Nações e, ao contrário, seus professos seguidores, nos últimos vinte
séculos, promoveram guerras sem fim, inclusive as duas Guerras Mundiais, além
da incessante perseguição dirigida contra os Judeus. Do elenco de exigências
que o candidato a Messias deverá satisfazer, de maneira plena, cabal,
convincente e definitiva, registramos doze. Elias: a) O Messias é Judeu (
Números 24:17 Deuteronômio 17:15 18:15) b) ele é descendente da tribo de Judá
(Gênesis 49:10) c) ele é descendente do rei David (2 Samuel 7:11-29 Salmo
89:29-37 Jeremias 23:5 33:17 1 Crônicas 17:11) d) ele é descendente do rei
Salomão (1 Reis 9:4, 5 1 Crônicas 22:9, 10 2 Crônicas 7:18) e) não pode ser
descendente de Jeconias (Jeremias 22:24-30) f) ele reunirá e restaurará as
tribos dispersas de Judá e de Israel, unificando as duas casas (Isaías 11:1,
10-12, 16 27:12,13 43:5, 6 Jeremias 3:18 50:4 Ezequiel 37:16-25) g) sua vinda
está associada a construção
do Terceiro Templo, que será símbolo da Aliança de Paz (Ezequiel 37:26-28
Isaias 2: 1-4) h) o Messias, com a sua chegada, vem aos que abandonaram o
pecado e acabará com a maldade e a pecaminosidade (Isaías 59:20, 21 60:21
Jeremias 50:20 Ezequiel 37:23 Sofonias 3:13 Malaquias 3:19 [4:1, texto cristão]
i) a Humanidade alcançará a plena consciência da Vontade Divina (Isaías 11:1, 9
40:5 Habacuque 2:14 Jeremias 31:31-34 Joel 3:1. 2 (2:28, 09, texto cristão) j)
o reinado do Messias na Terra resultará em serviço universal da Humanidade ao
Criador, com paz total entre os homens e na natureza, e todos falarão um só
idioma e estarão felizes com as abundantes provisões de toda ordem (Sofonias
3:9 Isaías 2:2-3 11:1-9 65:25 Miquéias 4:1, 2 Zacarias 9:10, 16 14:9 Salmo
72:8-18 Oséias 2:20 Ezequiel 36:29, 30 Amós 9:13) k) ocorrerá a ressurreição
física e espiritual dos mortos (Isaías 26:19, Ezequiel 37:12-14 Daniel 12:2 Jó
19:25-27 33:25-28) e 1) o Messias trará o fim das doenças e da morte! (Isaías
35:5, 6, 10 25:8 Oséas 13:14). Nos últimos vinte séculos, a História
encarregou-se de provar que Jesus não satisfez as profecias messiânicas. Ele
não é, definitivamente, o nosso Mashiach!
5.4 No tocante às falsas profecias de Jesus Nazareno, não nos esqueçamos que
basta uma palavra falsa para que o pretenso profeta seja rejeitado não merece nosso temor (Deuteronômio 18:20-22). É
obvio que os exegetas cristãos tentam, desesperadamente, emprestar
interpretações diversas para as falsas profecias de Jesus. Não convencem,
porém, dada a clareza meridiana de tais enfoques pseudoproféticos. Basta
conferi-los:
a) Mateus 16:28: Em verdade
vos digo que alguns aqui se encontram que de maneira nenhuma passarão pela
morte até que vejam o filho do homem no seu reino. Seria a farsa da transfiguração o reino? Fiquemos
com Daniel 2:44, sobre o Reino do Messias ser real, capaz de destruir os
governos adversários
b) Mateus 10:23: Em verdade
vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o
filho do homem. Talvez,
por isso, os missionários e os judeus
messiânicos estão
loucos para imigrar a Israel, porque, afinal, essa pregação já dura quase 2000
anos e precisa ser finalizada, já que os primitivos pregadores ser finalizada,
ainda não concluíram seu trabalho em todas as cidades israelenses. Como não
existe outro cenário, Jesus mentiu e é mais um falso profeta
c) Mateus 24:14: E será
pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as
nações. Então virá o fim. E o
evangelho já foi pregado em todo o mundo? Sim! responde o
apóstolo Paulo: não vos
deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes, e que foi pregado a
toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro (Colossenses 1:23). E por que o fim do mundo não
veio? Porque Jesus mentiu! E mentiu feio mesmo: Em verdade
vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça (Mateus 24:34). Onde será que está morando uma
pessoa sequer daquela geração, que ouvi a mensagem de Jesus? Tem que sobrar ao
menos um... ou era bluff! Jesus é um falso profeta!
d) João 12:32: E eu, quando
for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo. Por que será que os chineses e os indianos uma grande parte da Humanidade não foi atraída por Jesus? Por que o islamismo
está crescendo mais do que o cristianismo?
5.5 Ora, que falsas profecias são essas? Todos os discípulos de Jesus morreram,
devem ter percorrido todas as cidades de Israel e pregaram no mundo todo, como
disse Paulo! Mas nada aconteceu. Seriam tais vãs promessas sinais
identificadores do Messias? Querem que nós, judeus, acreditemos em tais
mentiras pela fé? Como explicar a nós, judeus, que, há quase dois
milênios, mesmo quando impedidos de orar nesse lugar sagrado, contemplamos o
muro das Lamentações, o nosso Kotel, como prova evidente de que um dia o Beit
HaMikdash será reedificado diante de
falsa profecia de Jesus de que nada sobraria do Templo? Ora, as pedras do Kotel
HaMaaravi continuam umas sobre as outras. A profecia de Jesus falhou
espalmadamente: Em verdade
vos digo que não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada (Mateus 24:2). As pedras estão lá contradizendo o Nazareno!
5.6 Há, ainda, algumas coisas intrigantes nos ensinos e condutas de Jesus que
causam espécie, quando se considera a grande expectativa construída pela igreja
cristã de ser ele o Messias. Vejamos alguns fatos:
a) Jesus era capaz de amaldiçoar uma figueira, simplesmente porque a pobre
árvore estava sem frutos, porque não
era tempo de figos (Marcos
11:13). Que maldade antiecológica! Que violação da Torah! (Deuteronômio 20:19).
Será que os cristãos dirão que o vento era simbólico e representa a rejeição de
Israel? (Lucas 13:6-8) Ou Pedro está com a razão, ao ter observado que até as
raízes das figueiras secaram? (Marcos 11:20, 21). Ora, se tais raízes secas são
o Judaísmo, como querem alguns teólogos, o cristianismo, que, alegadamente,
teria origem nessas raízes, estaria em grandes apuros! (Romanos 11:16-18)
b) Jesus tem compromissos com a família? Parece que não: Se alguém vem a mim, e não odeia seu pai, sua mãe,
sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs, sim, até a própria vida, não
pode ser meu discípulo (Lucas
14:26). Os cristãos correm para explicar: odiar, ou seja,
amar menos, conforme
nota marginal desse texto, nas traduções. Diferentemente do profeta Elias, que
permitiu a Eliseu despedir-se de seus pais e amigos (1 Reis 19:19-21), Jesus
não mostrou compaixão com um prospectivo seguidor, que alegou sua preocupação
com seu pai falecido: Permite-me
ir primeiro sepultar meu pai. Respondeu-lhe, porém, Jesus: Segue-me, e deixa
aos mortos o sepultar os seus próprios mortos (Mateus
8:21, 22). Jesus, ademais, proibiu que seus seguidores chamassem o genitor de pai (Mateus
23:9), o que o Criador não fez (Gênesis 2:24 Êxodo 20:12). Os verdadeiros
Profetas discordam do Nazareno, quanto a essa proibição estender-se também a esfera espiritual (2 Reis 2:12 6:21 13:14). Não
admira que os parentes de Jesus o considerassem louco! (Marcos 3:21)
c) os cristãos aplicam a Jesus a nomenclatura de Isaías 9:6 assim, ele seria o Príncipe da Paz. Custa
acreditar, diante e suas palavras: Não penseis
que vim trazer paz a terra não
vim trazer paz, mas a espada. Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai
entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra (Mateus 10:34,35). Não admira o ódio reinante na
História, entre cristãos e deste para com os chamados pagãos. De fato, o
mestre mandou os discípulos adquirirem até espadas, para certa ocasião! (Lucas
22:35-38). Jesus, no fim das contas, manda que seus seguidores matem os Judeus,
seus inimigos (Lucas
19:27)
d) as profecias falam do Messias como alguém preocupado com o destino de toda a
Humanidade, pois falaria de paz aos não-judeus (Zacarias 9:10 Isaías 9:7). Mas
Jesus, ao contrário, não estava muito preocupado com os gentios, proibindo seus
discípulos de pregarem para os outros povos (Mateus 10:5-7). Com efeito,
comparou uma gentia desesperada, que lhe suplicava ajuda, aos cachorros, sem
direito algum! (Mateus 15:21-26)
e)Jesus levantava-se contra fatos históricos, na tentativa de confundir seus
ouvintes, como fez no seu discurso sobre o maná. Segundo a Torah, o Eterno
prometeu fazer chover pão do céu [lechem mim-hashamayim] para os hebreus (Êxodo
16:4, ver também Salmos 78:24 105:40, texto cristão 78:25 105:41, texto
hebraico). Mas, Jesus afirmou, categoricamente: Em verdade
vos digo: Não foi Moisés quem vos deu o pão do céu. O verdadeiro pão do céu é
meu Pai quem vós dá. Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram. Eu sou o pão
vivo que desceu do céu se alguém dele comer viverá eternamente (João 6:32, 49, 51). A mensagem ficou sem sentido:
os hebreus comeram o pão do céu, e morreram os cristãos, mesmo comendo o seu verdadeiro pão do céu, continuam mortais. Que disparate!
f) Jesus se comparava a um ladrão (Mateus 24:43, 44) apesar dos malefícios
dessa comparação (João 10:10). Ademais, não achava preocupante o terem chamado
de comilão e beberrão, se ele dava razão para isso (Mateus 11:19), embora tal
conduta o atingisse moralmente (Provérbios 23:20, 21) e ofendia a incolumidade
pública em questões de higiene e purificação (Lucas 11:37, 38 Mateus 15:2),
desrespeitando a autoridade divinamente constituída! (Deuteronômio 17:8-13).
5.7 Realmente, se as pessoas levassem a sério os ensinos de Jesus e imitassem a
sua conduta (João 13:15), a Humanidade estaria cheia de mutilados pela fé
(Mateus 5:29, 30) de famílias destruídas pelo ódio (Lucas 14:26 Mateus 10:35)
de covardes, sem senso de dignidade (Lucas 6:29) de miseráveis e perdulários,
por de perderem o reino dos céus (Mateus 19:21-24) de homens cadastrados
(Mateus 19:12) de subnutridos, por tantos jejuns (Mateus 5:20) Lucas 18:12) de
ladrões justificados pelo mau exemplo (Marcos 11:1-6 João 13:15) de
destacadores da autoridade constituída! (Lucas 13:31,32) de espancadores nas
igrejas (João 2:15) e de porcos endemoninhados (Marcos 5:1-17). De fato, causa
espécie certa análise da conduta do mestre!
5.8 Convém, ainda, fazer um breve registro da desonestidade das citações
parciais do Tanach no Novo Testamento. Se parte
essencial do texto é omitida, um novo ensino ou aplicação do texto é omitida,
um novo ensino ou aplicação profética deturpada vem a lume. Como já visto, isso
ocorrerá com o texto de Oséias 11:1, citado em Mateus 2:15, onde se lê apenas a
Segunda parte do versículos de Oséias 11:1. Ademais, o verbo está no passado,
porque se refere a libertação
dos hebreus no Egito. Um outro exemplo é a citação de Isaías 42:1-4, em Mateus
12:18-21. O texto de Isaías 42:4 (muito mal traduzido pelos cristãos, por
motivo óbvio) é omitido na parte que declara: não será
ferido [morto ver
Levítico 24:17, onde ocorre o mesmo verbo hebraico ych´heh], nem correrá [ou se
ausentará] até pôr na Terra a Justiça. Como Jesus
foi ferido e morto, e foi ao Céu, segundo os evangelhos, sem que a Terra
experimentasse a prometida Justiça, o escritor de Mateus (ou seu reescritor)
retirou essa parte do texto, para evitar mal-entendidos. Mas está claro: Jesus não é o Messias, se essa
aplicação de Isaías, pelos cristãos, estivesse correta. Ademais, sobre esse
texto, recorda-se que nas Bíblias cristãs há título explicativo acima de Isaías
42:1 O Servo do
Senhor, reportando-se a Jesus mas, no mesmo capítulo 42,
acima do verso é cego e surdo, as Bíblias
cristãs substituem o seu messias por Israel: Lamento
sobre a cegueira de Israel, dizem. Ou
seja, se a matéria é boa, é aplicada a Jesus, se contém repreensão, aplica-se
aos judeus! Esse expediente de ocultar o restante do texto foi muito explorado
por Paulo, como em seu argumento de que Jesus é filho primogênito de D-us, em
Hebreus 1:5 onde cita parte de 2 Samuel 7:14: Eu lhe serei
pai, e ele me será filho. E o
restante do versículo? E quando ele
cometer iniqüidade, irei corrigi-lo com vara de homem, com açoites de filhos de
Adão. Tal exercício, portanto, é desonesto - ou o
versículo todo se aplica a Jesus, ou, não.
5.9 De todo o conjunto de defeitos neotestamentários, citamos apenas alguns,
abaixo, além dos acima abordados, com comentários, recomendados que sejam lidos
os textos indicados, para patentear-se a visão caótica desses escritos, que são
tidos como inspirados
por D-us.
Facilmente, o pesquisador descobrirá que a Humanidade vem acreditando em
fraudes religiosas, que causaram tantas guerras e mortes, e principalmente
tanta hostilidade e brutais perseguições contra o Povo de Israel, porque jamais
nosso Povo deixou de crer na sagrada Torah, para ser manipulado por invenções
humanas. Eis alguns exemplos dessa estranha situação, que permeia todo o Novo Testamento,
desqualificando-se como Palavra de D-us:
a) Contradições, falsas profecias e confusões nas palavras e condutas de Jesus,
ou nos relatos sobre ele:
Nenhum comentário:
Postar um comentário