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quinta-feira, 3 de abril de 2014

RELIGIÃO - BÍBLIA - Contribuição dos Medo-Persas na formação do contexto do Novo Testamento



Quando Ciro dominou a Babilônia proclamou um edito de liberdade aos filhos do cativeiros, permitindo-lhes voltar a Jerusalém. Além desta bênção o exílio contribuiu fortemente para o estabelecimento das seguintes contextos:

1. Destruição da idolatria - o cativeiro babilônico curou para sempre os judeus do pecado da idolatria

2. Reflorescimento do exclusivismo judaico - Os judeus se consideravam limpos, e imundos os demais povos. Este exclusivismo degenerou em orgulho, que tem aspectos negativos e positivos. Foi o fomentador das bárbaras rivalidades com os samaritanos.

3. Cisma Samaritano - Fruto de rivalidades comerciais, preconceitos raciais e preconceitos religiosos.

4. Observância da Lei Mosaica - Com o sofrimento oriundo do cativeiro babilônico, o povo voltou-se espontaneamente para a Lei do Senhor. Queriam obedecer o Senhor em tudo. Assim a Lei voltou a ter um lugar todo especial no coração e na vida do povo.

5. Surgimento do Escribismo sagrado - Os cativos possuíam poucas cópias da Lei e, como os sacerdotes não conseguiam realizar a quantidade de cópias necessárias, um grupo de leigos consagrados levantou-se para copiar a Lei. Escrevendo-a, foram se familiarizando com ela e, aos poucos, tornaram-se intérpretes da Lei. No Novo Testamento, eram chamados de "escribas" ou "doutores da Lei", constituindo um partido ao lado dos fariseus.

6. Mudanças do Sacerdotismo - Durante o exílio, o sacerdotismo sofreu radicais transformações. No tempo de Moisés era uma questão puramente religiosa. Agora, depois do exílio, uma questão puramente política. O lugar do sumo sacerdote transformou-se numa posição política e reservada aos protegidos dos dominadores.

7. Mudanças no culto público - Devido à ausência do Templo sagrado, destruído no início do cativeiro, os judeus passaram a observar rigorosamente outros aspectos do culto público no exílio: a circuncisão e o sábado. Introduziram em seu ritual os banhos purificadores, quatro dias especiais de jejum (Zac. 7:5 e 8:19). Depois do exílio, muitos judeus não voltaram para Judá, espalhando-se por outras partes do mundo (a Diáspora judaica). Impelidos em seus corações a prestarem cultos ao Senhor, começaram os judeus, cada um em suas cidades, a se reunirem em casa de uma família, onde liam o Velho Testamento, oravam, cantavam Salmos e comentavam a Lei. Era o surgimento das sinagogas, das quais o apóstolo Paulo muito se valeu para anunciar o Evangelho. Reverdecimento da Esperança Messiânica à Matéria que permeia todo o VT, baseando-se na promessa de Deus em Gn 3:15. As promessas feitas a Abraão, a Isaque, a Jacó e posteriormente a Davi. Nos períodos de crise espiritual, onde os judeus eram derrotados, reverdecia a esperança messiânica, o anseio pelo cumprimento das inúmeras profecias a respeito do Messias, líder que libertaria os judeus de todo o jugo e opressão.


Postado por Jair Souza 




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