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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

GNOSE: A Deformação da Palavra

A DEFORMAÇÃO DA PALAVRA

O som do canhão, seu estampido, destrói os vidros de uma janela. Por outro lado, uma palavra suave apazigua a ira ou a raiva. Já uma palavra grosseira, inarmônica, causa pesar, melancolia, tristeza ou ódio, etc.

Diz-se que o silêncio é ouro, porém melhor é dizer: É tão ruim falar quando se deve calar, quanto calar quando se deve falar.

Há silêncios delituosos, há palavras infames... Devemos calcular com nobreza o resultado das palavras faladas, pois muitas vezes ferimos os outros com palavras proferidas de forma inconsciente.

As palavras cheias de mal intencionado sentido produzem fornicações no mundo da mente. As palavras arrítmicas geram violência no mundo da mente cósmica.

Jamais se deve condenar a alguém com a palavra porque não se deve julgar a ninguém nunca. A maledicência, a intriga e a calúnia têm enchido o mundo de dor e amargura.

Se estamos trabalhando com a superdinâmica sexual, temos de compreender que as energias criadoras estão expostas a todo tido de modificações. Estas energias da libido podem ser modificadas em poderes de luz ou de trevas. Tudo depende da qualidade das palavras.

O homem perfeito fala palavras de perfeição. O estudante gnóstico que quer seguir pelo caminho da revolução da dialética tem de se habituar a controlar a linguagem. Precisa aprender a comandar a palavra.

Não é o que entra pela boca o que causa dano ao homem e sim o que sai! Da boca sai a injúria, a intriga, a difamação, a calúnia, o debate, etc. Tudo isto prejudica ao homem.

Evite-se todo tipo de fanatismo porque com ele causamos muito dano ao homem, ao próximo. Não somente se fere aos demais com palavras grosseiras ou com finas e artísticas ironias, mas também com o tom da voz, com inflexões arrítmicas e inarmônicas.


Fonte: Fragmentos Gnósticos

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