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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

GNOSE - Sobre-Individualidade

A SOBRE-INDIVIDUALIDADE

Precisamos nos “desegoistizar” para nos individualizar e depois nos sobre individualizar. 
Precisamos dissolver o eu para ter o Centro Permanente de Consciência.

O Eu Pluralizado gasta torpemente o material psíquico em explosões atômicas de ira, cobiça, luxúria, inveja, orgulho, preguiça, gula, etc.

Morto o eu, o material psíquico acumula-se dentro de nós convertendo-se no Centro Permanente de Consciência.

Hoje em dia, o ser humano, melhor diríamos, o bípede que a si mesmo se autoqualifica de humano, é realmente uma máquina controlada pela legião do eu.

Observemos a tragédia dos enamorados. 

Quantos juramentos! 

Quantas lágrimas! 

Quantas boas intenções!

E em que fica? 

De tudo não resta senão a triste lembrança. Casam-se, passa o tempo, o homem enamora-se de outra mulher ou a esposa enamora-se de outro homem e o castelo de cartas vai ao chão. 

Por quê?

Porque o ser humano ainda não tem seu Centro Permanente de Consciência.

O pequeno eu que hoje jura amor eterno é substituído por outro pequeno eu que nada tem que ver com dito juramento. Isto é tudo. Precisamos nos converter em indivíduos e isto só é possível criando-se um CPC.

Precisamos criar um CPC e isto só é possível se dissolvendo o Eu Pluralizado.

Todas as íntimas contradições do ser humano seriam suficientes para tornar louco qualquer um que as pudesse ver num espelho. A fonte de tais contradições é a pluralidade do eu.

Quem quiser dissolver o eu terá de começar conhecendo suas íntimas contradições. Infelizmente, as pessoas encantam-se em enganarem a si mesmas para não ver suas próprias contradições.

Quem quiser dissolver o eu terá de começar deixando de ser mentiroso. 

Todas as pessoas são mentirosas elas mesmas. Todo mundo mente a si próprio.

Caso queiramos conhecer a pluralidade do eu e nossas perenes contradições, devemos não nos auto enganar.

As pessoas se auto enganam para não verem suas contradições internas.


Todo aquele que descobre suas íntimas contradições sente vergonha de si mesmo e com justa razão.

Compreende que não é ninguém, que é um infeliz, um miserável gusano da terra.

Descobrir nossas próprias contradições íntimas já é um êxito porque nosso juízo interior liberta-se espontaneamente, permitindo que vejamos com clareza o caminho da individualidade e da sobre individualidade.


FONTE Fragmentos Gnósticos



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